XXXIV: Nós PT.2

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*DAKOTA NARRATING*

Pude sentir o gosto de sangue, nada inteligente da minha parte confiar em uma pessoa desequilibrada, os transtornos mentais dela iam além da minha compreensão, sem dúvidas. Eu já não sabia mais o que fazer para sair daqui, já que ela não saia de perto de mim.

- Eu não estava tentando te enganar! Any, por favor para e me escuta, você sabe que vai tudo desmoronar na nossa cabeça bem agora e quando a polícia chegar aqui eles vão te prender... Eu não sei o que eu fiz para você, mas me perdoa!

- Você sabe que esse não é o problema, eu não tenho inveja de você, eu não tenho ódio de você, eu te amo e se eu não posso ter eu vou te destruir, até não sobrar mais nada!

Ela gritava sobre os barulhos da escola e das madeiras em chama indo ao chão, com a arma já apontada para minha cabeça e meus gritos suplicando pela vida ela me olha nos olhos e pede para que eu diga minhas últimas palavras.

- Espera, por favor! Se é isso que você quer então eu vou te amar, eu vou largar tudo e ficar com você, a gente pode sair daqui juntas! Podemos ir para qualquer lugar que você quiser, qualquer um eu juro nunca tentar te deixar.

Ela se aproximou de mim com os olhos inchados.

- Eu sei que é tudo mentira, eu sei que você nunca iria largar aquele medíocre do Chris...

Em meio a sua fala eu a cortei, projetei meu corpo para frente e pressionei meus lábios contra o dela, primeiro seus olhos se abriram em espanto e logo em seguida se forçou mais contra mim, deixando a arma cair ao chão. Com meus olhos fechados com força reprimindo meu medo e nojo daquele monstro que ela era afastei meu corpo.

- E agora? Você acredita em mim?

Ela ainda me olhava incrédula, a mesma não respondeu e tentou repetir seu beijo, mas inclinei a cabeça em negação.

- Agora eu quero que você me mostre que eu posso confiar em você, depois disso você pode ter o que quiser de mim.

Com essa fala a mesma já começou a desatar os nós que me prendiam da cadeira, mas minhas mãos permaneciam amarradas. Ela me levantou com brutalidade e com a arma de fogo novamente em suas mãos.

- Se você tentar alguma coisa eu te jogo debaixo do fogo!

Okay?...

Saímos doque parecia ser a antiga sala desativada de jornalismo, onde nós tivemos nossos primeiros contatos, maldito dia... fomos correndo em meio a fumaça que já substituía todo o oxigênio naquele lugar. Lágrimas de dor, de tristeza rolavam em minha face, porque essas coisas estavam sempre acontecendo comigo?

Quando eu finalmente encontrei um amor, que poderia tanto dar certo quanto errado acabar nisso, eu já estava cansada de morrer tantas e tantas vezes por dentro, nunca parava de piorar. A melhor coisa que eu teria feito era ter morrido naquele hospital, melhor para o Chris, e todo o resto que ainda se lembrava de mim.

Passando por aqueles imensos corredores em chama eu me lembrava dos nossos momentos neles, nossos tão curtos e tão marcantes momento, nossas trocas de olhares, seu sorriso matinal, as carícias trocadas as escondidas.

Minha respiração ofegante e minha cabeça confusa já não sabiam quais cenas eram reais e quais eram uma falsa projeção de memórias, o corpo dele caminhava até mim, tentando enxergar a sua frente, não é possível! Por favor não venha!

- Dakota! Espera, volta aqui!

Any também havia ouvido seu chamado e acelerou seus passos, eu não queria que ele colocasse sua vida em risco, não novamente, por favor.

•Meu professor, minha obsessão•{Chris Evans}Onde histórias criam vida. Descubra agora