XXIV: S.O.S

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Meu ouvido zunia quando ele forçava minha cabeça contra a parede, suas mãos asquerosas prendiam meus braços para trás, eu não podia mover nem meus cotovelos, tentava o chutar, mas falhava miserávelmente.

Meu ouvido zunia quando ele forçava minha cabeça contra a parede, suas mãos asquerosas prendiam meus braços para trás, eu não podia mover nem meus cotovelos, tentava o chutar, mas falhava miserávelmente

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– Para de se mexer sua puta! – Disse entre dentes, ignorando minhas lágrimas de desespero e dor. – Já que você não vai colaborar, vai ter que ser do jeito difícil.

No mesmo instante, sinto meu corpo de jogado ao chão, como um simples objeto, sinto uma dor aguda quando sua bota vai de encontro ao meu abdômen, fazendo o gosto de sangue vir a minha boca. Eu nunca havia parado para pensar que algo assim, tão surreal estaria acontecendo comigo, parecia um pesadelo, um pesadelo onde os segundos se tornaram horas.

Ele me bateu tantas e tantas vezes que não podia mais me mexer, eu não tinha mais forças, minhas lágrimas podiam diluir o sangue que saia do meu nariz. E quando ele se deu conta da minha total vulnerabilidade, se abaixou devagar, tentando abrir minha blusa, eu fechei os olhos, fechei porque se eu olhasse mais um segundo para aqueles olhos congelados eu iria pedir para morrer, mas eu ainda não podia morrer, precisava viver, precisava lutar para acordar todas as manhãs e superar aos poucos a marca desse evento na minha vida, e eu sei que lá, ao meu lado, estará Chris, o homem da minha vida, me ajudando a passar por isso.

Minha visão começa a ficar turva, e meu sentidos não funcionam mais, como se meu corpo estivesse se desligando, se esse é o meu fim eu não sei, estou cansada de mais para pensar em qualquer coisa. Não era minha hora de dizer adeus, por favor, ainda não...

*NIKKIE WESTBROOK ON*

Após ver Dakota sair do quarto às pressas, fico meio preocupada, ok! Nem tanto, fiquei até feliz por ela ter ido, assim Chris poderia olhar mais pra minha beleza. Acontece que eu sabia que aqueles dois tinham um lance, eu poderia não gostar do Senhor Evans, mas eu estava tão entediada ultimamente, então porque não ir atrás da confusão?!

Não era preciso ter provas ou ver com os próprios olhos para saber que ela tinha uma queda por ele e ele correspondia àquilo, dava para ver na forma como ele olhava pra ela nas aulas, parecia que a qualquer momento eles iriam se despir e foder alí mesmo, no meio de todo mundo, e é por isso que as vadias daquele lugar tinham tanta inveja de Dakota. Não por ela ter o professor gato, mas sim por ser diferente de todas elas, por ser amada de verdade, e não precisar colocar um silicone até o queixo aos 17 anos para chamar atenção.

– Nikkie! – Chamou o teatcher, me tirando de meus próprios pensamentos.

– Sim?! – Sorrio.

– Você pode ir ver como sua colega Dakota está? – aí que droga! – Por favor! – Disse ele com o olha sério.

– Claro que sim, professor. – Digo já saindo da sala.

Passo pela porta e pela sala onde o restante do alunos estavam conversando, caminho pelos corredores, vendo inúmeras portas, talvez ela tivesse ido embora... De repente passo pela porta do banheiro e ouço sons estranhos, que alguém se debatendo. Dou meia volta e devagar tento puxar a maçaneta, mas ela não se movia.

Encosto meu ouvido a porta, mas de nada adiantou, o barulho parou aos poucos, como um animal que acabara de ser abatido. Aquilo estava me incomodando demais, se a Dakota estava ali eu não poderia simplesmente ignorar. Corro até um carrinho de limpeza que estava encostado ali, pego um bolo de chaves e volto até a porta do banheiro, da maneira mais silênciosa possível eu tentei chave por chave.

Quando finalmente abri, entrei pelo corredor que dava acesso às pias onde a cena mais indescritível e triste estava a minha frente. Um homem, um homem com roupa do hospital com as mãos em uma pobre garota, uma garota que sangrava por todas as partes do corpo após um surra incansável, Dakota estava no chão, parecia sem vida. Eu não pensei duas vezes e gritei.

Gritei até meus pulmões arderem.

– ALGUÉM, SOCORRO! ALGUÉM! DAKOTA! DAKOTAAAAA.

Eu não a conhecia, nunca tentei ser amiga dela, mas eu também sou mulher, também sei que no mundo dezenas de mulheres passam por isso todos os dias, mas só nos damos conta quando a coisa está diante de nossos olhos. Quando são pessoas próximas a nós sofrendo, ou então quando somos nós mesmas, com o corpo largado em um asfalto, frias, sem alma, porque tudo que nos constituía fora violado.

Tudo aconteceu em um flash, eu abri a porta, olhei, gritei, enquanto meus pensamentos não paravam, meus instintos agiam por mim, gritar mesmo com aquele homem tentando tapar minha boca era o que eu podia fazer, implorando para que alguém chegasse logo.

Talvez meu pedido tenha sido atendido, um barulho estrondoso ressoou, o homem que me segurava agora estava caído no chão, sangrando, com a mão no peito, Bucky olha para mim por alguns instantes e se direciona a Dakota, pega ela em seu colo, lágrimas escorriam pelo rosto de todos nós, enquanto ele chamava por ela e, aos poucos mais pessoas foram chegando.

Talvez meu pedido tenha sido atendido, um barulho estrondoso ressoou, o homem que me segurava agora estava caído no chão, sangrando, com a mão no peito, Bucky olha para mim por alguns instantes e se direciona a Dakota, pega ela em seu colo, lágrim...

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Ele segurava o corpo desfalecido de Dakota em seus braços, correndo para a emergência, não podiam esperar se quer mais um instante, o diretor o segue, enquanto todos olhavam para mim sem entender, mas a única pessoa que precisava que alguma satisfação era Chris, que chegou tarde a procura de quem mais amava.

*NIKKIE WESTBROOK OFF*

A polícia chegou, todos chegaram, mas deviam ter chegado quando Dakota era quem clamava por ajuda, quando ela ainda carregava em seu ventre a vida, quando possuía dentro de si a coisa mais pura que o amor de dois seres humanos podem gerar...

•Meu professor, minha obsessão•{Chris Evans}Onde histórias criam vida. Descubra agora