Capítulo 5°

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𝐒𝐭𝐞𝐯𝐞

Sou um homem muito ocupado, eu diria. Minha família comanda uma rede de cassinos, os mais famosos de Las Vegas e região. Para a expansão dos negócios fui mandado, sim… mandado vir para Nova York. Gosto muito da cidade, mas receber um e-mail do meu próprio pai dizendo para que me mudasse as pressas, sem ao menos olhar para mim antes, me chateou um pouco.

Mas isso não importa, não mais!

Além de cassinos, também comprei boates bem caras. Sou dono de muitos lugares de luxo e que dão prazer à carne humana, desde jogos a outras coisas mais.

Não são bordéis. Baladas são prazerosas e dependendo de como sejam, podem ser um ponto de encontro incrível. Por isso me esforço para que cada uma das minhas boates seja deslumbrante e que tire o ar de qualquer um que as visite.

Estou em uma delas hoje, vim verificar como está o andamento das contas e se os funcionários estão fazendo um bom trabalho. Sempre dou um feedback à eles ao final do expediente.

Estou com uma camisa branca que realça meus músculos e com uma calça social azul marinho que mostra bem minhas coxas quando flexionadas. Meus cabelos estão meio bagunçados e em uma das minhas mãos está meu blazer da mesma cor da calça, e na outra um copo de whisky.

Analiso a movimentação da minha boate em pé com os braços apoiados na bancada do bar.

Uma discussão parecia se formar no meio da pista de dança e meus olhos os encaravam com atenção.

Era um casal que discutia a princípio, mas vi que quando a mulher se virou o homem deu um tapa em sua bunda a fazendo voltar e começar a xingá-lo.

Resolvo me aproximar devagar enquanto ouço parte da discussão.

-Já passou dos limites.- a mulher diz com sangue nos olhos.

-Voltou né bebe? Imaginei que gostasse de levar tapas!- rebateu o cara que meu pai do céu, era muito babaca.

-Nossa, como você é ridículo, já procurou se olhar no espelho?

-Claro, pelado então você iria se impressionar.

-Até parece, precisaria de uma lupa para achar o que é que tenha aí embaixo.

-Eu sei que você quer ficar comigo, estava me provocando até agora enquanto dançava, acha que não percebi? Então por que não larga de ser birrenta e vem comigo.- O homem diz segurando o braço da mulher com força e juntando seu corpo ao dele.

-Me larga seu Idiota, me larga!

-Já chega!- Digo com uma voz alta bem perto dos dois.

-E quem é você?- O cara pergunta.

-Eu sou o do..- Antes que eu pudesse terminar ela diz apontando o dedo para o homem.

-Ele está comigo! Mas mesmo que não estivesse, você não deveria agir feito um homem das cavernas com as mulheres, seu babaca.

Cruzo os braços e a admiro com as sobrancelhas erguidas, deixando-a confrontá-lo sozinha.

-Você deveria controlar sua mulher. Que tipo de homem deixa sua companheira arrastar asa para outros caras?

-Ora, seu filho da put…- entrei na frente dela e encarei aquele sujeito com os olhos cerrados.

-Você acha mesmo que ela estava dando em cima de você? Você é cego ou é burro? -Digo

-Como é que é?

-Ouviu não ou também é surdo?- ela diz de trás de mim apontando o dedo por cima do meu ombro.

𝑹𝒆𝒔𝒊𝒈𝒏𝒊𝒇𝒚𝒊𝒏𝒈 - 𝑨𝒏𝒏𝒂 𝑳𝒊𝒍𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora