𝑨𝒏𝒏𝒂
Acordo tarde. Não vejo Débora, acho que ela desceu para tomar café. Vou ao banheiro fazer minha higiene matinal.
Coloco uma blusa fina preta e uma calça skin jeans com um cinto colorido e uma bota cano baixo vermelha.
Perfeita para Nova York!
Desço e vejo Débora tomado café enquanto olha seu celular, deve ser algum tabloide de fofoca.
Ela me encara e sorri de lado, da alguns tapinhas com a mão na cadeira, me chamando para sentar ao seu lado.
Pego um café, um lanche natural, dois croissants e uma torta de frutas vermelhas.
Estou faminta!
Sento ao lado de Débora, mas fico um pouco afastada dela, se ela lembrar de ontem estou frita.
-Eu não vou te morder não.- ela diz puxando minha cadeira para mais perto dela.
-Você sabe o que é melhor pra você.- ela diz soltando o celular e me encarando. -Não posso fazer com que o teu trauma vá embora, nem que o próximo cara que você se relacione seja perfeito.
Abaixo a cabeça mas Débora a levanta com as mãos.
-Você só não pode ferir outras pessoas emocionalmente como aquele defunto te feriu. Você é mais que isso e sabe disso!- ela sorri e me abraça, eu devolvo apertado.
Ela me solta sorrindo e enfia um croissant na minha boca.
-Já chega de melação ok? Vamos nos divertir hoje, fazer algumas loucuras, o que acha?- ela diz empolgada.
-Que tal um piercing?- dou a ideia e ela fica pensativa por alguns segundos.
-Acho ótimo! Onde?
-Sei lá, no mamilo?
Ela arregala os olhos e olha para os meus seios e em seguida para meu rosto.
-Você teria coragem?- ela me pergunta ainda com os olhos arregalados.
-Por que não? Acho tão sexy... Mas vamos ver.
Terminamos de comer e subimos para que ela pudesse se arrumar.
Debora coloca uma saia jeans e uma blusa verde fresquinha com mangas bufantes. Coloca a mesma tiara do outro dia e uma sapatilha preta.
-Ta doente?- pergunto para ela com uma sobrancelha erguida.
-Não posso me vestir que nem a pebleiagem mais não?- ela diz com as mãos na cintura fazendo expressão de brava.
Não aguento e começo a rir da sua cara que logo se junta a mim.
Terminamos de nos ajeitar e fomos para o centro, pegamos um táxi.
Estávamos destinadas a fazer piercing e Débora estava doida para ver se eu realmente teria coragem de furar o mamilo.
Paramos em uma loja que fazia tatuagens e piercings.
Débora já contou ao taxista o que viemos fazer e apostou com ele se eu realmente teria coragem de me furar.
-Tchau, Sr. Luiz, boa sorte com sua esposa!- Débora acena para o taxista que contou sua vida toda para ela durante o percurso.
O lugar é bem retrô, bem diferente.
Há vários quadros na parede. É legal ver como cada desenho completa o outro.
Minha barriga começa a formigar e sinto uma leve vontade de evacuar.
-Caralho, não quero mais!- me viro, mas Débora me impede.
-Nem vem! Já chegamos até aqui e eu apostei quarenta dólares que você furaria. Tá vendo como eu acredito em você?
-Você nem sabe se irá ver o taxista de novo.- digo tentando me esquivar do braço dela que está impedindo a passagem da porta.
-Não interessa, vai!
Abaixo a cabeça e faço bico, mas não a convenço. Vou até o balcão e um homem magro e todo tatuado nos atende.
-Como posso ajudar vocês?
-Eu gostaria...- antes que eu pudesse responder, Débora me interrompe com empolgação.
-Ela quer fazer um piercing nos peitão! -Diz e ri para o homem.
Ele me olha e eu concordo com a cabeça.
-Ok, pode escolher o piercing aqui no balcão, vou avisar que você será a próxima!- ele diz e sai para trás de uma cortina.
Escolho o mais simples. Débora não gosta muito. Cara dela!
O homem volta e nos chama para trás das cortinas, entramos e vemos uma moça, também toda tatuada. Com luvas e máscara, sentada ao lado de uma maca, nos esperando.
-Bom dia meninas, quem de vocês vai furar?
-Ela!- Débora aponta para mim que sorrio de nervoso. Vou para a maca e me deito erguendo minha blusa.
-Você vai sentir uma leve fisgada, ok?- a moça diz preparando o material.
Respiro fundo e ela começa a contar.
- Um... Dois....Tr.
-PUTA QUE PARIU!
𝑲𝒌𝒌𝒌, 𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂𝒎 𝒆𝒔𝒔𝒂 𝒄𝒐𝒓𝒂𝒈𝒆𝒎?🤭
𝒗𝒐𝒕𝒆𝒎 𝒆 𝒆𝒔𝒑𝒆𝒓𝒆𝒎 𝒑𝒐𝒓 𝒏𝒐𝒗𝒐𝒔 𝒄𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐𝒔 𝒓𝒆𝒄𝒉𝒆𝒂𝒅𝒐𝒔. 𝑻𝒐 𝒆𝒎𝒑𝒐𝒍𝒈𝒂𝒅𝒂 𝒉𝒐𝒋𝒆 𝒉𝒆𝒉𝒆
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𝑹𝒆𝒔𝒊𝒈𝒏𝒊𝒇𝒚𝒊𝒏𝒈 - 𝑨𝒏𝒏𝒂 𝑳𝒊𝒍𝒚
FanfictionSabe aqueles traumas que não te deixam dormir? percorrem sua cabeça e seus sonhos te fazendo revirar na cama? O amor não é tão fácil e compreensivo de ser sentido e a agressividade nunca será uma forma de amar. Neste livro Anna Lily Miller terá que...