Capítulo 54°

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Todos os funcionários que restam o encaram.

Ele entra pela porta da frente, são exatamente sete e quarenta e cinco da manhã. Ele veio assim que soube... da grande merda que aconteceu.

*tapa na cara*

-Oi pra você também, pai!- digo.

-Que merda você fez? Esperava isso do seu irmão, não de você!

Leon está do meu lado, não saiu daqui desde ontem. Ele mesmo com seus muitos defeitos, não merece o desprezo desse velho.

-Oi pai.- Leon diz de cabeça baixa.

-E o que você faz aqui? Veio compartilhar da desgraça do seu irmão? Vamos, temos que resolver isso.- Ele passa entre nós e sobe para o escritório, o seguimos em silêncio, Leon mais ainda.

-Certo meu filho, desculpe aquela cena lá embaixo, mas preciso que você entenda, é nosso nome que está em jogo!- Meu pai diz apoiado com as mãos na mesa. -E que bagunça é essa nessa sala?

-Não é nada!- digo e Leon ri de cabeça baixa.

-O que foi seu idiota? Está rindo do que?

-Não, nada.

-Bom.- ele se senta e estende as mãos para que eu e Leon nos sentemos nas poltronas da frente. -Rosália é um problema...- ele diz baixo mexendo na gravata.

-Por que?- pergunto e ele levanta o rosto rápido.

-Orá... por que? Já olhou as revistas? Sites de fofoca? Ela já espalhou por aí que está grávida e que possivelmente o filho é seu!

-Por que não leva ela pro México de volta?- Leon sugere.

-Está louco?- Goberman diz e eu e Leon ficamos confusos. -Quero dizer... não podemos, ela fez a bagunça aqui, temos que resolver isso aqui!

Ele para um pouco pra pensar.

-Se bem que, talvez funcione...- ele diz.

-Levá-la para o México?- questiono.

-Levar você para o México!- ele diz como se fosse a melhor solução para os nossos problemas.

-Não!- me levanto e vou para trás da poltrona, apoiando minhas mãos nela.

-Por que não? Mamãe vai adorar e se bem que não é má ideia!- Leon diz para mim.

-Está vendo?- meu pai diz. -Até o burro do seu irmão gostou da ideia!

-Ta bom pai, vou pensar sobre isso.

-Pense bem meu filho, também preciso de você no nossos negocios.

-Nossos não, seus!

-Irmão, pela mamãe...- Leon diz baixo. -Ela deve saber, deve estar preocupada.

-Ja disse, vou pensar!- digo e vou ate a porta para abri-la. -Vamos, tenho coisas para fazer!- estendo a mão para fora para que eles saiam.

-Vou ficar no meu hotel, sabe onde me encontrar! Irei depois de amanhã, te aguardo. -Meu pai diz e sai.

-Eu cuido das coisas. -Leon diz e eu aceno com a cabeça.-Mas você tem coisas mais importantes para fazer.

-O que?

-Ir atras de Anna!

-Poxa vida, ela deve me odiar!- digo passando as mãos no cabelo.

-Possivelmente! Mas você gosta dela não é?- ele pergunta.

Balanço a cabeça com olhar de cachorro abandonado.

-Então vai atrás dela! O não você ja tem, agora vai atrás da humilhação!- ele diz e eu dou uma leve risada.

O abraço e ele desce.

-A proposito, vou levar Gertrudes pra passear... no seu carro!

-Leon!- digo sério e ele desce as escadas correndo.

Fecho a porta da sala e vou arrumar a bagunça. Me lembro de cada toque, cada beijo e cada momento com a minha baixinha.

Merda...

Saio da sala rápido para chegar rápido até Leon.

-O que foi? Vem não, não me bate.- ele diz trancando as portas do carro com ele dentro.

-Cala a boca imbecil, preciso que me leve até o apartamento de Anna!

Ele sorri e abre a porta, entro e coloco o cinto.

-A propósito, coloque uma toalha no banco, não quero pegadas e nem sujeira de cabra no meu Porsche!- ele acente com a cabeça e acelera.

Chegamos em frente a seu apartamento. Leon estaciona em frente a uma floricultura antiga e uma senhora acena para nós que retribuimos com um sorriso.

Repiro fundo.

-Tá tudo bem?- Leon me pergunta.

-Mais ou menos.- Passo a mão na gola da minha blusa.

-Relaxa, o máximo que pode acontecer é você levar um soco na cara!- Leon diz e o olho sério. -Mas seria só isso! Eu acho...

-Ok.

Desço do carro e fecho a porta.

-Vou te esperar, vai que temos que sair as pressas daqui!

Me viro e vou para o apartamento. Confesso que estou nervoso, não sei o que esperar de Anna Miller. Ontem não esperava aquela reação que ela teve, ela é imprevisível e isso me fez gostar mais dela e de sua personalidade doida e nenhum pouco instável!

Bato na porta umas três vezes até ouvir a chave ser virada na parte de dentro.

-Oi?

-Oi Steve. -Karen me recebe na porta. -Ela ainda está dormindo.

-Como ela está?- pergunto preocupado.

-Ela foi dormir cedo ontem, não falou nada pra gente... mas como em compensação outras pessoas falam...- ela levanta o celular numa matéria que está num site de fofoca. -Já sei que talvez será papai.

-Não é meu!

-Você não tem certeza. Mas esperamos que não seja.- ela diz e fecha a porta.

-Posso entrar?- digo e ela pensa por alguns minutos.

-Tá bem! Estou indo trabalhar, tenho que acompanhar um senhor num almoço de negócios. Já fiz café, Antonella também está dormindo.- aceno com a cabeça e ela me para antes que eu entre. -Tome cuidado, ela é forte, mas isso não significa que ela não sinta nada.

Karen sai e me deixa entrar. Estou na cozinha, parado em cima do tapete da entrada que esta escrito "sinta-se em casa, mas lembre-se que não está!".

Muito a cara da Anna!

Ando mais um pouco, até o corredor e vejo uma porta aberta. Me aproximo e vejo Anna deitada, coberta em seu enredo branco.

Seu rosto é lindo e delicado, minha vontade é enchê-la de beijos.

Me aproximo e ajoelho ao lado da cama, perto do seu rosto lindo.

Sua respiração é calma e doce. Sua pele sem maquiagem, sem qualquer coisa é perfeita!

Ela murmura e abre os olhos bem devagar, percebendo minha presença ali.

-Oi.

𝐄𝐮 𝐬𝐥𝐚, 𝐨 𝐣𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐬𝐨𝐮 𝐜𝐚𝐝𝐞𝐥𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐝𝐞𝐥𝐞𝐬 𝐧𝐚̃𝐨 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚 𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐜̧𝐚 𝐞́ 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞!

𝐒𝐢𝐠𝐚𝐦 𝐚 𝐩𝐚𝐠𝐢𝐧𝐚 𝐝𝐨 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨 𝐧𝐨 𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐠𝐫𝐚𝐦:

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𝑹𝒆𝒔𝒊𝒈𝒏𝒊𝒇𝒚𝒊𝒏𝒈 - 𝑨𝒏𝒏𝒂 𝑳𝒊𝒍𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora