Capítulo 10°

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𝐒𝐭𝐞𝐯𝐞

Estava descendo as escadas da boate e na minha frente havia uma mulher teimosa e muito, mas muito gostosa descendo também.

Tinha acabado de transar com ela e mesmo que não estivéssemos sóbrios eu iria me lembrar com certeza dessa foda!

Paramos e ela me encara sorrindo... tão fofa, nem parece que pediu para que eu a fodesse a alguns minutos atrás.

Andamos até o bar e me apoiei na bancada, ela sentou no banquinho e chamou o barman para pedir água.

Sua amiga Débora e Karen vêm em nossa direção, Débora quase corre em direção a Anna e agarra a amiga.

-Onde você estava capivara?- Débora diz para Anna que sorri, mas não consegue achar uma resposta para dar a amiga.

-Fui mostrar o restante da boate para ela. - digo tentando ajudar.

Débora me encara cerrando os olhos e com uma sobrancelha erguida.

-Tava dando né safada?- ela diz para Anna que quase se engasga tomando  água.

-Larga de ser curiosa Débora!- ela fala para a amiga e passa a língua no lábio inferior. -De fato ele me mostrou a boate.

-Sei... De qualquer forma, acho melhor nós irmos, podemos dividir o táxi com Karen, ela disse que sua casa não é tão longe do nosso hotel.- Débora diz e Karen balança a cabeça em concordância.

-Se quiserem, eu posso levar vocês.- me ofereço.

-Não precisa.- Anna diz me olhando, mas logo desvia o olhar quando a encaro.

Pisco um pouco confuso, mas já percebi que com ela preciso insistir um pouco.

-Não é problema nenhum para mim, levar vocês!- digo.

-Anna e sua mania de negar as coisas, nós aceitamos!- Débora diz balançando a cabeça para Anna.

-Certo! Esperem aqui, vou pegar as chaves com meu motorista.

𝐀𝐧𝐧𝐚


Não acredito no que fiz, não acredito no que fizemos. Minha ficha caiu quando tomei aquele copo d'água. Meu Deus, ele é praticamente um estranho e eu dei pra ele... Mas tudo bem, foi apenas uma transa e nada de mais.

As meninas apareceram e Débora ousou aceitar a carona de Steve para casa, que vontade de matar essa garota.

Ela me encara e Karen faz o mesmo só que com um sorriso malicioso no rosto.

-Sabemos que você tava dando. - Débora diz me fazendo corar.

-É gata, você está suada e toda vermelha, isso só significa duas coisas.- diz Karen e Débora concorda com a cabeça.

-Quais duas coisas?- pergunto.

-Ou você estava correndo uma maratona...-Karen diz.-Ou estava fazendo sexo!- Débora completa.

Bufo me entregando e elas sorriem.

-Que seja, todo mundo faz sexo com todo mundo hoje em dia, comigo não seria diferente.- digo e viro o rosto para a direção que Steve foi, que demora toda é essa.

-Eu sei que pra você é diferente Anna, só não seja uma babaca.- Débora fala e me faz encara-la séria.

-Como é que é?- digo brava.

-Você sabe muito bem!- ela responde e antes mesmo que eu pudesse dar uma boa resposta ou um soco na cara dela Steve chega.

-Vamos?

-Graças a Deus, não sei por que demorou tanto.- digo indo na frente.

Ele me olha e Débora da tapinhas no seu ombro.

-Nem tente entender!- ela o aconselha.

Entramos no carro, nós três fomos atrás, não queria sentar ao lado dele. Não falei nada durante o percurso, nem ele, apenas Débora e Karen que conversavam feito maritacas, aparentemente já fizeram amizade.

Deixamos Karen em sua casa que era bem próximo do nosso hotel e seguimos caminho.

Steve estacionou o carro e descemos.

-Tchau Steve, obrigada pela carona.- Débora agradece e entra no hotel.

-Tchau Steve.- digo e sigo até a porta mas ouço a porta do carro bater e a voz dele me faz parar.

-Espere um pouco.

Me viro e o vejo vindo em minha direção, mas não se aproxima tanto.

-Por que mudou de humor do nada?- ele me pergunta.

-Bipolaridade!- respondo séria.

Ele bufa, mas não parece bravo, só confuso, passa a mão atrás da cabeça e olha para o lado.

-Foi algo que eu fiz que você não gostou?- ele me pergunta me olhando de volta e eu só não queria estar nesse lugar.

-Não, só não tenho nada pra falar com você.- digo e ele me parece surpreso. A pronto, um homem não consegue deixar uma mulher em paz depois de uma foda?

-Não entendo você...- ele diz e isso me estressa.

-Não tem nada pra você entender.-digo franzindo a testa e continuo.- Transamos, ótimo! Mas foi só isso, não te devo satisfação e muito menos quero que você fique em cima de mim querendo saber o que não deve!

Ele se afasta um pouco me olhando indignado, franze a testa e se vira indo em direção ao carro.

-Sabe, eu entendi você agora.- ele diz e abre a porta do carro. - Você é o tipo de pessoa que faz sexo com qualquer um quando quer transar, e tá tudo bem! Mas não precisa tratar ninguém com desdém só por que está mal humorada ou é infeliz.

-Tchau pra você também Anna.- ele diz e entra no carro arrancando e indo embora me deixando ali parada.

Subo as escadas do hotel, prefiro ir de escadas do que de elevador para poder pensar melhor em tudo que aconteceu essa noite.

Chego no quarto e Débora está sentada na cama me encarando já de pijama.

-O que você disse a ele?- ela me pergunta, mas não estou afim de conversar, ou melhor, de discutir agora.

-Estou cansada, só quero tomar banho e dormir. - digo indo em direção ao banheiro.

-Amiga, eu sei que você teve problemas com um homem em específico no passado, mas não significa que todos os outros serão assim.- Débora diz enquanto tiro minha roupa para tomar banho.

-Eu não vou saber se são ou não.-digo e entro embaixo do chuveiro. -Não vou me relacionar com nenhum para não ter a possibilidade de saber!

Sinto a água cair pesada no meu corpo, imagino a cara da Débora agora mas não ligo. Não é por que transei com um homem que tenho que ter um relacionamento com ele, eu sou uma mulher livre.

𝐍𝐚̃𝐨 𝐜𝐫𝐮𝐜𝐢𝐟𝐢𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐚 𝐀𝐧𝐧𝐢𝐧𝐡𝐚, 𝐩𝐨𝐫 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫 𝐤𝐤𝐤𝐤 𝐞𝐮 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐫𝐢𝐚 𝐮𝐦 𝐩𝐚𝐧𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐬𝐞 𝐟𝐨𝐬𝐬𝐞 𝐯𝐨𝐜𝐞̂𝐬 𝐫𝐬💖

𝐯𝐨𝐭𝐞𝐞𝐞𝐞𝐦𝐦

𝑹𝒆𝒔𝒊𝒈𝒏𝒊𝒇𝒚𝒊𝒏𝒈 - 𝑨𝒏𝒏𝒂 𝑳𝒊𝒍𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora