Capitulo 61°

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𝐒𝐭𝐞𝐯𝐞

Saio com meu pai pela porta de entrada de sua casa, deixando Anna e minha mãe sozinhas.

Acho que dona Linda gostou dela, então já me sinto melhor em ficar fora por pouco tempo...

Assim espero.

Entro no carro com meu pai e seus seguranças. O motorista pega partida e saímos pelo portão.

-Vamos encontrar um pessoal antes de ir ao nosso compromisso. -ele diz e acento com a cabeça ficando em silêncio.

Paramos em um casarão antigo, parece abandonado.

Entramos e há três carros estacionados um do lado do outro. Quatro homens estão do lado de fora a nossa espera.

O motorista estaciona e meu pai e eu, junto com os seguranças saímos do carro.

-E então, qual o caso?- meu pai os questiona tirando um charuto de seu palifo e o acendendo sem olhar para os homens.

-Parece estar na correira a pouco mais de um ano. Aqui está a descrição. - um dos homens começa a falar e me entrega um pacote. - Ele é bom e está desviando dinheiro da empresa que trabalha com ajuda de alguns dos nossos.

Meu pai tira o charuto da boca e o encara.

-Estão nos traindo?- o homem acente com a cabeça. -Quem?

Ele entrega cinco fotos na mão de meu pai que as observa com atenção.

-Até o final da semana isso já estará acabado!- ele diz e nos viramos.

-Espera. -outro homem se aproxima, com seu segurança atrás. -Precisamos que ele seja morto hoje, se não amanhã!-ele diz sério e meu pai fica curioso.

-Ele não só desvia dinheiro não é? O que mais ele fez?

-Ele é um Americano, vai ver na descrição. -Abro o pacote e vejo o sujeito. -Ele se aliou a alguns dos nossos prometendo reviravolta se o ajudassem a ficar poderoso.

-Um sonhador.- meu pai o interrompe.

-O problema é que ele está passando por cima de qualquer um pra conseguir o que quer.- meu pai fica arisco. -Não sei por que ele se envolveu com nosso pessoal, mas para ter a obediência deles, os que não aceitaram ajudar, ele os matou.

Meu pai arregala os olhos e se cala.

Toma de minha mão a foto do cara e encara o homem novamente.

-Ele está mexendo com nossa família.

-Pai.

-Vamos dar um jeito nisso, confiem em mim...- meu pai diz mas o interrompo, coloco a mão sobre a foto e o encaro.

-Daremos um jeito!- digo sério e ele sorri, concordando com a cabeça.

-Certo, vocês tem no máximo um mês. Precisamos que ele seja, antes que mais alguém se corrompa!

Nos cumprimentamos dando as mãos e os homens vão embora.

Entramos no carro e esperamos alguns minutos.

-Pai, eu preciso te falar uma coisa.- digo para ele.

-Primeiro eu Steve!- ele diz arrumando o palito e se sentando ereto. -Gostei da iniciativa que teve! Sempre soube que você seria um sucessor.

-Não pai.- digo o interrompendo e ele se surpreende. -Eu não quero mais fazer isso, nunca mais. Esse será meu último trabalho.

-Mas meu filho...

-Não pai. Eu ja me decidi, não quero isso pra minha vida, não quero isso pro meu futuro! Espero que respeite isso, se não também não me importo.

Um silencio paira entre nós. Até os seguranças e motoristas ficam em silêncio.

-okay Steve.

Respiro fundo e me concentro.

Enquanto o motorista liga o carro para encontrarmos a localização do sujeito, pego meu celular do bolso da frente e mando mensagem para Anna.

"Oi baby.
Consegui falar com meu pai, nem acredito que consegui! Estou aliviado, chegando em casa eu te conto o que aconteceu."

Envio e levanto os dedos.

Encaro atentamente o celular e...

Que se foda!

"Eu te amo!"

Envio e desligo rapido o celular.

Ja falei que a amo antes, mas ela não deve ter escutado.

Também não sei se é cedo, ou se ela sente o mesmo ou não... mas que se dane!

Sinto um quebra-molas que me faz voltar a mim e me concentro no serviço que vamos fazer. Estou ansioso, não para exterminar alguém, mas sim por que logo isso terá fim!

-Estamos quase chegando senhor.- o motorista diz e eu me estremeço.

Sempre fico assim antes de um serviço.

Um frio na barriga surge. Está chegando a hora!

O carro para.

Estamos em frente a uma casa grande, os portões se abrem.

Já sabem o que viemos fazer aqui.

Alguns homens grandes estão em frente a porta de entrada.

No meio deles um homem alto, bem vestido com um terno azul e com um sorriso sarcástico no rosto nos aguarda estacionar.

Meu pai tira de dentro do pacote as informações do homem e deixa apenas o contrato.

Esse contrato é como se fosse uma boia e nós, tubarões.

Quem esta fora das regras da máfia, não faz parte mas se intromete nos negócios, ou coisa parecida, é encaminhado a nós... ou melhor dizendo, ao meu pai.

A pessoa tem duas alternativas:

Aceitar as regras que impomos, trabalhar para a máfia ou parar com os trabalhos no México.

Ou ser executado...

Enfim.

Saímos do carro e ficamos frente a frente do homem do pacote.

-Estava esperando vocês meus amigos.

-Não somos amigos Sr. Betani, estamos aqui para tratar de negócios. Negócios esses que você não está sabendo lidar direito.

-Roger, não me chame de Betani, somos mais intimos que você pensa. Por favor, me chame de Paul! -ele diz arrumando o colarinho e chegando mais perto.

-Temos um contrato aqui para você.- levanto o pacote e o encaro. -Assine e não terá consequências ruins!- digo sério e ele se aproxima com um sorriso irônico.

-E se eu não quiser?- ele pergunta.

Coloco a mão na cintura e seus seguranças apontam com rapidez suas armas para mim.

Os dois seguranças de meu pai se aproximam, mas logo retiro a mão e as ergo.

-Não precisamos brigar, se não formos nós, será os outros.- meu pai diz erguendo as mãos devagar.

-Podemos fazer isso do jeito fácil, ou do jeito difícil. Você escolhe!- digo dando alguns passos para frente e estendendo a mão como sinal de calma.

-Nhé..... escolho o difícil!- Paul diz tirando sua pistola prateada com agilidade de sua cintura e apertando o gatilho.

𝐒𝐞𝐦 𝐩𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝐚𝐩𝐞𝐧𝐚𝐬 𝐬𝐢𝐧𝐭𝐚𝐦 𝐚 𝐜𝐞𝐧𝐚...

𝐕𝐨𝐭𝐞𝐦 𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞𝐦

𝑹𝒆𝒔𝒊𝒈𝒏𝒊𝒇𝒚𝒊𝒏𝒈 - 𝑨𝒏𝒏𝒂 𝑳𝒊𝒍𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora