Capítulo 59°

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-Alô? Não...

Anna está ao telefone. Aparentemente pelo que estou entendendo, alguém invadiu seu apartamento.

-Larga de ser doida guria, ele foi regar minhas plantinhas enquanto você estivesse fora procurando emprego, não foi invasão.

A.

-Como assim ele esperou você chegar? Toni, o Leon tem sim uma cópia... o que?... ele te viu de toalha? Mas se foi de toalha só, tudo bem! Não, não é pra chamar a polícia. Larga minha faquinha... Toni? Não, Toni, não!- Anna entra no banheiro para continuar falando com Antonella, mas acho que é para que eu não seja cúmplice do assassinato de Leon.

Dou risada e alguns minutos depois ela sai do banheiro respirando aliviada.

-O que houve?- pergunto.

-Antonella saiu do banho e viu Leon em casa. Dei a minha cópia da chave pra ele regar minhas plantas já que ela vai estudar e procurar emprego de dia. Mas pelo que ela disse, "ele sabia que ela estava em casa e por isso entrou"... capaz!

Dou risada e ela me olha colocando as mãos na cintura.

-Eu não duvido nada que Leon sabia que ela estava em casa! -digo e ela bufa vindo para a cama onde estou deitado só de bermuda.

-Eles vão virar amigos?-ela pergunta deitando em meu braço.

-Claro! Ou eles se gostam ou eles se matam!- digo e rimos juntos.

-Vai sair com seu pai?- ela me pergunta séria.

-Não, por que?

-Ele disse que precisava de você.

Passo as mãos em seu cabelo e a olho fixamente.

-Você não se importa com isso?- pergunto.

-Não sei, mas... acho que não.- estendo as sobrancelhas surpreso e ela continua. -É que já vi e vivi tanta coisa, que pouca coisa me assusta.- ela termina, me deixando curioso.

-Tipo o que?- a questiono mas ela não fala nada, apenas desenha com seu dedo indicador em cima dos meus peitos.

Tudo bem. Tudo no seu tempo!

Puxo ela para cima, para que seu rosto fique próximo ao meu.

Ela sorri e me beija. Sua mão direita segura minha nuca enquanto a esquerda desce dos meus peito até a bermuda.

-Steve!- ouço alguém me chamar na porta.

Algumas batidas fortes e rápidas também.

-Que merda!- digo me levantando. -O que quer?- digo abrindo a porta.

-Ainda está de bermuda? Vamos, se arrume! Saímos em vinte minutos. - meu pai diz e vai com a cabeça para o lado, para ver Anna que está deitada na cama com seu vestido florido, com expressão sem graça.

Ele me olha e fica sério, se virando e descendo as escadas.

Fecho a porta e bufo.

Anna sorri e me puxa pela mão para que me sente na cama.

-Ei... vem cá.- me sento e ela me faz massagem. -Pode ir.- ela diz.

-Mas e você?

-Eu vou ficar bem! Vou fazer companhia pra sua mãe.

-Pode explorar a casa se quiser?

-Sério?- ela diz com os olhos brilhando feito uma criança, me puxando para trás.

-Sim... claro!- dou risada.- É uma casa enorme, duvido que irá conseguir ver tudo hoje! Quando chegar, te mostro onde costumava me esconder do meu pai...talvez possamos nos esconder dele e ficar a sós um pouco.- digo sorrindo e a beijo.

-Vou adorar... mas olha, conversa com seu pai! Se realmente não gosta do que ele te faz fazer, diga a ele. Mas diga certo, não "ain não tô disponível".- ela faz aspas com a mão e força uma voz grossa.

-Espero que esse não seja eu!

-A meu bem, é você sim.- ela ri.

-Aé? Agora você deu de me imitar foi?- me viro e a empurro para que se deite e subo em cima dela.

-Urrum!-ela murmura. -E ficou bem parecido.-ela ri e eu a beijo.

Ela me agarra, puxando meu corpo para mais perto do seu.

-Steve!- meu pai grita.

-aaAA, já vou!- digo bravo.

Anna ri e eu a beijo uma última vez antes de levantar e trocar de roupa.

Coloco uma blusa preta, uma calça social preta e e um blaiser, também preto.

-Deixou os homens de preto no chinelo.- Anna diz. -Falta só o óculos.- ela diz e ri. Se levanta e vem até mim.

-Se cuida tá?- digo a ela.

-Se cuida você!- ela me vira para ela e arruma meu blaiser.-E conversa! É o único jeito.

Concordo com a cabeça e ela sorri, me dando um beijo na pálpebra do meu olho.

-E você alcança?- digo a zoando.

-Ai, cale a boca.- ela diz me dando um leve tapinha no ombro. -A intenção era ser na testa.

-A não.- dou risada e ela até tenta ficar séria, mas não consegue.

-Volta logo pra me mostrar seus esconderijos.- Ela diz com voz sexy.

-Pode deixar!- A beijo. -Se cuida. Eu te...- digo indo para a porta e paro quando percebo a frase. -Eu te mostro depois...onde eu me escondia!- ela sorri.- Mas pode ir explorando sem mim, não demoro.

Saio e fecho a porta rápido.

Certeza que aquele sorrisinho dela é por que ela ouviu o que eu ia falar.

Quase dei uma bola fora, puta merda.

Mas será que seria tão ruim se eu dissesse?

Será que ela iria se assustar?

Esses pensamentos fogem da minha cabeça quando vejo meu pai em frente a escada, com mais dois homens me esperando.

Esses sim parecem os homens de preto.

-Vamos logo, já demorou demais!- meu pai diz ranzinza. -Depois temos que conversar.- ele diz.

-É... temos!

Ele estende a mão para mim e há uma pistola nela. A pego e coloco dentro da calça na lateral do quadril.

Olho para as escadas, para o andar de cima e vejo Anna, olhando de canto.

Mando um beijo para ela que sorri, saio e fecho a porta.

𝐀𝐝𝐨𝐫𝐨 𝐨𝐬 𝐦𝐚𝐟𝐢𝐨𝐬𝐨𝐬 🔥🔥🔥

𝐍𝐚̃𝐨 𝐬𝐞 𝐞𝐬𝐪𝐮𝐞𝐜̧𝐚𝐦 𝐝𝐞 𝐯𝐨𝐭𝐚𝐫, 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐚𝐫 𝐞 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢𝐫 𝐚 𝐩𝐚𝐠𝐢𝐧𝐚 𝐧𝐨 𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐠𝐫𝐚𝐦:

resignifying_universe

𝑹𝒆𝒔𝒊𝒈𝒏𝒊𝒇𝒚𝒊𝒏𝒈 - 𝑨𝒏𝒏𝒂 𝑳𝒊𝒍𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora