-O que foi?- Anna me pergunta batendo uma mão na outra para tirar os farelos do lanche.
-Nada!- digo deixando de encara-la. -Vamos pra casa.
Ligo o carro e Anna segura seu celular próximo a mim para que eu pudesse ver o GPS para leva-la em casa. Fomos em silêncio, apenas com o som das músicas que havia colocado.
Passo pela empresa de Jones e à algumas quadras depois o celular diz que chegamos no destino.
-Você mora bem perto do trabalho, isso é bom!- digo estacionando em frente ao seu apartamento.
-Sim, principalmente por que eu não tenho carro e nem moto. -ela sorri ligeiro e tira o cinto.
-Olha, me desculpa pelo champanhe, eu...
-Relaxa! Eu também não te vi, não precisa pedir desculpas.- ela diz me encarando.
-Então desculpa se caso eu fiquei reparando onde estava molhado.- digo e ela olha para baixo, para seus seios.
-Nada que você já não tivesse visto... Ou provado.- franzo o cenho e aperto o volante com força.
Essa garota é doida.
Ela da um sorriso malicioso e encosta sua cabeça no banco me encarando de lado.
-Quer entrar?- ela diz me fazendo ficar em silêncio por um tempo.
-Não acho uma boa ideia.
-Por que não? Já nos conhecemos e já fizemos isso antes.
-Exatamente!- digo e me aproximo bem de seu rosto. -Sei onde estou me metendo.
-Eu já te pedi desculpas e possou tanto tempo... Eu não sou mais aquela idiota. -ela diz cruzando os braços.
-Tá bom.
-O que?- ela diz brava.
-Nada.
-Nossa que ódio de você... Se eu não quisesse dar pra você, eu te bateria!- Arregalo os olhos e ela tampa a boca. Nos encaramos por um tempo até começarmos a rir feito dois bobos.
-Eu gostei de te ver, Anna!- digo e me aproximo dando um beijo em sua bochecha. -Espero que possamos nos encontrar em outra ocasião.
-Deixa eu te provar.- Anna diz me olhando séria, levanto uma das sobrancelhas e presto atenção. -Quer sair comigo?
Cerro os olhos a encarando um pouco. É óbvio que eu quero sair com ela! Eu teria entrado se ela insistisse um pouco mais, mas por que? Por que eu sou tão bobo por essa mulher? Ela é doida!
-Eai?
-Tá bem.- digo e ela sorri. -Mas eu quero fazer certo desse vez.
-Como assim?- Anna pergunta franzindo a testa.
-Não vamos transar. -digo e vejo o semblante de decepção nítido no rosto dela.
-Por que não?
-Porque sim!
-Porque sim não é resposta.- ela diz aumentado a voz, brava. -Me diz por que?
-Pra você não me afastar de você!
Ela fica em silêncio e vejo que agora não está mais decepcionada e sim triste. "Merda", penso.
-Eu afastei muita gente, Steve. Você não foi o único.- ela diz com voz baixa e triste e eu não consigo tirar os olhos dela, me sinto culpado dela estar assim.
-Mas por que você afastou?- pergunto calmo colocando minha mão em sua coxa.
-Porque eu me reprimi! Eu fiquei com medo de tentar, que nem deixei oportunidade nenhuma surgir.
-Oportunidade de quê?
-De me apaixonar. -Ficamos em silêncio, um silêncio curto porém constrangedor. -Acho melhor eu entrar!- ela abre a porta e antes que se levante eu toco seu braço.
-Anna.- digo e ela se vira para mim.
-Diz.
-Quando vamos sair?- pensei muito no que falar e quando fiz vejo que teria sido melhor ter ficado quieto.
-Não sei... Pode ser sexta? -ela diz e eu aceno positivo com a cabeça.
Não sei se ela está sentindo o mesmo que eu, mas há uma tensão entre nós. Ela não saiu ainda, talvez sinta o mesmo. Anna morde os lábios inferiores e eu não consigo parar de olhar sua boca gostosa.
-Tem certeza que não quer entrar?- ela diz e eu a olho rápido nos olhos. Vejo que ela encara minha boca fixamente, sinto uma vontade insana de beija-la.
-Eu...
Não consigo terminar seja lá o que iria dizer. Anna se aproxima com rapidez e me beija colocando suas mãos pequenas e delicadas em meu pescoço, puxando e me fazendo aproximar mais dela
Seus lábios são suaves mas seu beijo é agressivo, como se estivesse morrendo de vontade de me beijar.
Passo minhas mãos pela sua cintura e a puxo com força a fazendo vir para cima de mim. Ela solta um grunido enquanto me beija, me fazendo deseja-la ainda mais.
Minha mão direita sobe suas costas chegando em sua nuca, entrelaço meus dedos em seu cabelo e o seguro com força dando um leve puxão para trás.
Não consigo controlar minha ereção e ela sente, dando um sorriso lateral durante o beijo.
Ela se afasta um pouco, ainda com a testa colada na minha. Vejo que está sem ar devido ao beijo, eu também estou.
A olho nos olhos e ela faz o mesmo. Anna entrelaça seus dedos atrás do meu pescoço e se afasta para ter melhor visão do meu rosto.
-Tem certeza?- ela diz sorrindo e em seguida mordendo os lábios. Essa mulher acaba com meu psicológico.
A observo em cima de mim, sentada no meu colo, sua respiração está ofegante, consigo reparar pelos seus seios que sobem e descem de forma notável.
Eu poderia come-la aqui mesmo. Ela não faz ideia da vontade que eu estou de fazer isso...mas não posso.
-Tenho.- seu semblante muda, não sei se é vergonha, decepção ou confusão. Toco seu rosto o trazendo mais perto do meu.
-O que foi?- ela pergunta me olhando de um jeito fofo.
-Eu quero fazer certo!- digo e ela me olha atentamente. -Não quero que me afaste de você outra vez. Não quero correr esse risco.
-Steve, eu já pedi desculpas...já falei que mudei.-ela diz franzindo o cenho.
-Eu sei, mas eu também mudei.- digo e ela levanta as sobrancelhas. -E se nós vamos sair, eu quero fazer certo e não transar antes do primeiro encontro.
-Primeiro encontro?- ela questiona cruzando os braços. -Quem disse que será um encontro?
-Eu estou dizendo.- digo sério e Anna trava a respiração por pouquíssimos segundos me encarando.
-Tá bem!- ela sai do meu colo e desce do carro fechando a porta e olhando pela janela. -Então até o nosso "primeiro encontro"!
-Até lá, baby!- digo e ela sorri se desapoiando da janela e indo para a porta de entrada do apartamento.
A espero entrar e ligo o carro para ir pra casa. Essa noite foi ótima. Espero ser a primeira de muitas!
𝐌𝐢n𝐡𝐚 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐚 𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐚 𝐛𝐢𝐜𝐢𝐜𝐥𝐞𝐭𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐬𝐞𝐦 𝐟𝐫𝐞𝐢𝐨, 𝐝𝐚𝐢𝐦𝐞 𝐮𝐦 𝐥𝐞𝐧𝐜̧𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐜𝐚𝐛𝐞𝐢 𝐝𝐞 𝐜𝐡𝐨𝐫𝐚𝐫.🤧
𝐧𝐚̃𝐨 𝐝𝐢𝐬𝐬𝐞 𝐩𝐨𝐫 𝐨𝐧𝐝𝐞.🤭
𝐕𝐨𝐭𝐞𝐦 𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞𝐦 𝐨𝐤, 𝐛𝐣𝐬𝐬
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑹𝒆𝒔𝒊𝒈𝒏𝒊𝒇𝒚𝒊𝒏𝒈 - 𝑨𝒏𝒏𝒂 𝑳𝒊𝒍𝒚
FanfictionSabe aqueles traumas que não te deixam dormir? percorrem sua cabeça e seus sonhos te fazendo revirar na cama? O amor não é tão fácil e compreensivo de ser sentido e a agressividade nunca será uma forma de amar. Neste livro Anna Lily Miller terá que...