-Oi.- digo baixo.
-Oi...- ela diz.
-Vim ver como você está.
Ela se revira na cama é se senta passando as mãos nos olhos.
-Não sei responder isso.- ela diz calma.
-Tudo bem, você tem o direito de me odiar.- digo me levantando.
-Eu não te odeio...- ela diz e eu a olho surpreso, me sentando ao seu lado na cama. -Não tínhamos nada a um mês atrás, na verdade é nem sei se temos algo agora.- ela respira fundo. -Eu não quero te machucar e nem sair machucada, mas parece que eu atraio isso.
-Não, não fale isso. Você é maravilhosa, não se culpe por um erro que eu cometi por burrice. -digo passando as mãos em suas costas.
-O que somos?- ela me pergunta me olhando com os olhos mais lindos e brilhantes.
-O que você quiser que sejamos.- Toco seu rosto e o puxo para perto do meu. -Me desculpa, de verdade! Vou resolver isso, mas deixe me redimir.
-Como?
-Venha comigo.
-Para sua casa?
-Para o Mexico!
Ela me olha com os olhos esbugalhados, e sorri sem jeito.
-Você é maluco.
-Vem comigo! Vai ser como uma viagem de férias... e também irá conhecer meus pais.- digo e ela fica séria.
-Conhecer seus pais?- ela diz me encarando.- Não é cedo pra isso? E não acho que estejamos no nosso melhor momento pra isso.
-Por favor... eu preciso de você!- digo segurando suas mãos.
Ela me olha e encosta sua testa na minha, fechando os olhos.
-É bom que você se redimir mesmo nessa viagem!- ela diz e sorri.
Sorrio e a encaro.
-Posso te beijar?- pergunto passando a mão em seu cabelo.
-Talvez...- ela diz e sorri. -Vamos ter que resolver algumas coisas antes.
-Certo!- digo.-A propósito, vamos depois de amanhã.
-Como é?
-Meu pai está por aqui, ele que deu essa ideia de irmos para o México por uns dias.- digo mas ela parece não gostar. Anna se levanta e para na minha frente.
-Irmos? Seu pai nem deve saber quem eu sou Steve...outra coisa, isso é pra fugir?- ela questiona.
-Fugir de que?
-Da responsabilidade? Meu Deus.
-Não!- digo me levantando e indo para perto dela. -Não tem nada haver com fugir da responsabilidade. Já falei com meus advogados essa madrugada, vou pagar um exame de sangue pra Rosa.
-Então por que ele veio até aqui para te levar?- ela diz e bufo me sentando novamente.
-Ele a colocou na boate. Não sei o porque, mas ele a trouxe do México para cá e fez dela a meretriz da boate, ela é a única.- Anna se aproxima e toca no meu rosto, me fazendo olhar para ela. -Isso é uma das coisas que quero descobrir indo pra lá.
-Um favor?- Anna diz me deixando curioso.
-Como assim favor?
-Não sei, talvez seu pai deva um favor a ela.- ela diz passando as mãos em meu cabelo.
-Talvez... por isso quero ir.- digo.- E quero que vá comigo.
-Tá bom, vou conversar com Jones e te digo se tudo bem ir.
-Já conversei!- digo e ela me olha séria. -Vindo pra cá, enviei uma mensagem pra ele, ainda não viu mas disse que iria comigo pro México.
-E se eu não quisesse ir?- ela diz cruzando os braços.
-É uma escolha sua, só quis adiantar as coisas.
-Você não pode fazer isso!- ela diz brava e percebo que fiz merda... de novo.
-Eu sinto muito... de novo! Não foi minha intenção decidir por você, se quiser eu apago a mensagem.
-Não precisa, mas quero que pare com isso. Eu sei me virar!- aceno com a cabeça em sinal de concordância.
-Karen fez café antes de ir trabalhar. -digo tentando mudar de assunto.
-Tá bem, vou acordar Antonella, pode tomar café conosco se quiser.
-Tá bom, adoraria!- sinto que estou esquecendo. -Ai caramba!- digo alto.
-O que foi?
-Leon está lá embaixo me esperando, esqueci dele.
-Chama ele.-Anna diz. Mando uma mensagem para ele e em poucos minutos alguém bate na porta.
-Eu abro, é ele!- digo e vou até a porta para abri-la.
Ele me encara sério e sorri.
-Se você tá vivo isso é um bom sinal!- Leon diz e entra. -Eai Aly, como você está?- ele diz indo abraça-lá.
-Aly?- questiono.
-É a junção de Anna Lily, deer!- ele diz.
-Um gênio não compreendido.- Anna diz o abraçando e rindo.
-Obrigada por não ferir brutalmente meu irmão.- Leon diz ainda abraçado com Anna.- Mesmo ele sendo um idiota e merecendo todo o seu desprezo e rancor.
-Meu Deus, cale a boca!- digo sério e Anna ri.
-O que está havendo aqui?- Antonella surge na porta do quarto de Anna de pijama e esfregando os olhos.
-Ai papai!- Leon fala.
-O que vocês estão fazendo aqui?- ela os questiona séria.
-Relaxa, está tudo bem agora.- Anna diz indo para perto de Antonella.
-Você viu que é uma das notícias mais bombásticas das revistas?- Antonella diz me encarando.
-Infelizmente. -digo.-Mas meus advogados vão dar um jeito nisso. No final do dia não terá nenhuma revista e nem site de fofoca contendo meu nome.
-Mas é verdade o que dizem? Que você vai ser pai?- ela me pergunta.
-Sinceramente? Eu não sei, mas estou indo atrás disso.- digo e ela levanta as sobrancelhas.
-Que tal irmos tomar um café?- Leon fala.
-Acho uma ótima ideia!- Anna concorda.
Vamos para a cozinha e Anna nos serve. Enquanto comemos eu não tiro da cabeça o quanto essa pequena grande mulher é forte. Não sei se eu me perdoaria pelo que aconteceu, pela vergonha e por saber que é possível wu ser pai... meu Deus, eu nem consigo me imaginar sendo pai.
Não de uma criança que não seja da Anna!
Ela é uma pessoa insubstituível e com certeza alguém que nunca sabemos o que esperar.
Ela me serve uma xícara de capuccino e sorri ao me olhar a encarando, não consigo evitar. Mesmo que não saiba o que será de nós dois daqui pra frente, mas admirá-la é a minha maior paixão.
𝐀𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚.
𝐞𝐮 𝐩𝐞𝐫𝐝𝐨𝐨, 𝐟𝐝𝐬!
𝐬𝐢𝐠𝐚𝐦 𝐚 𝐩𝐚𝐠𝐢𝐧𝐚 𝐧𝐨 𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐠𝐫𝐚𝐦:
resignifying_universe
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𝑹𝒆𝒔𝒊𝒈𝒏𝒊𝒇𝒚𝒊𝒏𝒈 - 𝑨𝒏𝒏𝒂 𝑳𝒊𝒍𝒚
FanfictionSabe aqueles traumas que não te deixam dormir? percorrem sua cabeça e seus sonhos te fazendo revirar na cama? O amor não é tão fácil e compreensivo de ser sentido e a agressividade nunca será uma forma de amar. Neste livro Anna Lily Miller terá que...