Capítulo 7

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  • Dedicado a D
                                        

- Julia! Julia! JULIA!

Alec me sacudia, me tirando daquele horrível pesadelo.

- Alec? Alec? - eu o agarrei o mais forte possível, eu precisava me sentir segura. Pressionei meu rosto contra seu peito, senti seu cheiro, senti seu abraço. Ele afagava meu cabelo, me dizia que tudo estava bem, que ele estava ali. Mas não era o suficiente pra mim, eu precisava demais, precisava me sentir viva, mesmo que, tecnicamente, eu não estivesse.

Foi sem pensar, puxei Alec e o beijei. Eu precisava dele em mim!

Ele não reclamou, pelo contrario, ele retribuiu sem hesitar. De um certo modo, ele parecia precisar de mim, quase do mesmo jeito que eu precisava dele. De novo foi voraz e forte, intenso. Logo éramos uma confusão de braços e pernas, de gemidos e sussurros. Chegar ao ápice não era só vontade, era uma necessidade.

- O que houve, Anjo? - ele me perguntou depois que ficamos um tempo deitados, abraçados.

- Foi um sonho, mais pra pesadelo. Eu estava presa num corredor, era muito longo e todas as portas estavam trancadas. Tinha alguém me perseguindo, ele gritava que eu devia morrer, que eu não ia estragar os planos dele, que ele me encontraria e me mataria. . . foi muito real! Eu podia sentir alguém atrás de mim, Alec. Ele falava sério, ele quer me matar!

- Calma, Anjo. Ninguém vai fazer nada contra você! Eu não vou permitir! - eu o abracei de novo.

- Alec, por que você estava molhado?- eu perguntei depois de um tempo curtindo aquele sentimento tão bom de proteção.

- Eu estava tomando banho quando ouvi você se debatendo.

- E você saiu correndo pelado mesmo?- não pude evitar de rir um pouco.

- Não pensei na hora- ele deu de ombros, mas também riu - Venha, vamos tomar banho.

- Alec, eu não tenho roupa limpa para vestir - eu disse enquanto levantava para ir pro banheiro.

- Precisamos resolver isso - então ele me levanta no colo e me carrega pro tal banho.

- Vamos lá Alec, só um pouco de diversão- Edgar provocava.

- Esqueça Edgar, não quero te quebrar ao meio hoje- Alec respondeu, mas acho que ele também se divertia um pouco.

- Qual é? Virou um covarde? Que tal um jogo pra esquentar as coisas?

Estávamos numa sala de treinamento, Edgar tentava convencer Alec a lutar com ele, mas Alec não parecia muito afim não.

- Vocês são loucos!- eu gritei.

- Que jogo?- Alec perguntou.

- Toda vez que eu te acertar, digo uma coisa do seu passado pra Julia, que tal Anjinho?- Edgar resolveu que ia me chamar assim agora.

- Eu gostei- respondi rindo.

- E você da corda pra ele? - Alec também riu- Tudo bem Edgar, mas e quando eu te acertar?

- Você pode falar algo do meu passado- Edgar ofereceu.

- E porque ela ia querer sobre o seu passado? - Alec perguntou.

- Eu quero!- eu gritei em resposta.

Alec s evirou para mim, provavelmente pra perguntar porque eu queria saber sobre o passado do amigo dele, mas Edgar foi mais rápido e, se aproveitando da distração, acertou um soco , muito forte, na cara de Alec, tanto que ele quase caiu.

- Seu namorado era o soldado mais forte e experiente dos Céus, as missões mais difíceis eram sempre passadas para ele, porque ele nunca falhava. Ele. . .- Edgar não teve tempo para terminar de falar, Alec deu umas rasteira tão rápida, que ele caiu de costas no chão.

AngelusOnde histórias criam vida. Descubra agora