Capítulo 12

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Alec não estava afim de conversar, ele parecia preocupado. Não era grosso comigo, mas era vago. Não insisti, ele precisava de um tempo só dele e eu respeitei isso. Aumentei o som do carro e fiquei viajando nas músicas.

Dizer que tudo aquilo era loucura é repetitivo, eu sei, mas... Não! Aquilo não era loucura, não era pesadelo, não era um sonho! Era a minha vida! Minha história!

Já tinha passado da hora de eu aceitar isso, sou uma Vampira e meu namorado é um Anjo Caído!

- Estamos no Rio? - perguntei boquiaberta depois de ver uma placa - Rio de Janeiro?

- Sim- ele deu um leve sorriso da minha surpresa.

- Rio! Eu nunca vim aqui! Sempre quis. . . Oh Meu Deus! Rio!

- Você nunca veio aqui?

- Nunca! Será que podemos ver o Cristo? Ir pra Copacabana?

- Calma! - ele riu de mim.

- Desculpa, eu tô muito empolgada! - ri de mim mesma - O que viemos fazer aqui?

- Lembra que eu te falei que só tinha dois amigos de verdade? Um é o Edgar o outro é essa amiga que estamos indo na casa dela.

- Porque estamos indo na casa dela?

- Vou me encontrar com Edgar, tenho que resolver certos negócios. Por isso você vai ficar com ela enquanto isso.

- Não preciso de babá - eu fiz careta e ele levantou a sobrancelha.

- Sem discussão e já estamos chegando.

Estávamos num bairro residencial, parecia normal, classe média. Alec estacionou em frente uma casa rosa com detalhes brancos. Tinha muros altos e portão fechado, não dava pra ver nada do lado de fora. Alec tocou a campainha três vezes seguidas bem rápido, alguns segundos depois o portão foi aberto.

- Bom dia, em que posso lhes ajudar?

Um rapaz alto nos atendeu, ele tinha os cabelos pretos e com aquele corte da moda que dava uma espécie de franja pra ele. Mas sabe o que ele tinha de diferente? Não tinha camiseta! Peito nu (coberto de tatuagens), calça preta, levemente justa, e sapatos preto. E, para completar o visual, gravata borboleta preta! Sim, gravata! Borboleta!

- Vim ver a Li- Alec falou.

- A Senhorita Li está indisponível no momento- foi nítida a mudança de comportamento do rapaz quando o Alec perguntou por ela.

-Diga a ela que Alec está aqui, tenho certeza que ela vai me receber- Alec insistiu.

- Como eu disse- o rapaz não parecia estar gostando nem um pouco da insistência do Alec- ela não está. . .

- E como EU disse. . .- Alec estava ficando bravo.

- Moço- eu interrompi, aquilo podia virar uma briga – viemos de muito longe para ver a Li, eu realmente preciso falar com ela. Você pode chama-la, por favor? – fim minha cara de "boa moça" e o rapaz sorriu pra mim.

- Tudo bem, posso ver se ela poderá receber vocês. Me sigam- então ele entrou na casa.

- Se comporta- eu sussurrei para Alec.

- Se esse cara continuar sorrisos pra você, não garanto.

- Fala sério- revirei os olhos.

Ficamos esperando na sala, era bem grande. O sofá vermelho em formato de U em frente a uma enorme TV que ficava na parede. As paredes eram claras, contrastando com os móveis escuros, ficava tão legal e moderno que achei encantador.

AngelusOnde histórias criam vida. Descubra agora