Ao mesmo tempo que nada parecia diferente, havia algo que não estava igual.
O gosto do beijo de Alec parecia mais forte, as coisas estavam mais quentes, tudo estava, ainda mais intenso. Seu toque na minha pele, por mais leve que fosse, me arrepiava, causava uma corrente elétrica. Meus lábios vagavam pelo seu corpo, umas de suas mãos se enrolou no meu cabelo. Ele dizia palavra desconexas, que me ascendiam ainda mais. Seu desespero em me tocar, era o mesmo porque ele me tocasse. Eu precisava de sua pele na minha, eu precisava dele.
Morde-lo não foi para me alimentar, foi por outra razão. A conexão que sentíamos quando eu o mordia, era incrível. Nos incendiava, seu gosto era o melhor de todos, altamente viciante. Alec era meu vício.
— Anjo. . . — ele gemeu. Eu tinha mordido a parte de dentro da sua coxa, sugando um pouco de sangue. Raspei meus dentes em sua pele, subindo até a lateral do seu abdômen, a quantidade de sangue foi bem pouca, mas seu gemido foi meu prêmio. Segui com minha língua, passando pelo seu peito, chegando até seu ombro e mordendo de novo. Ele ofegava por antecipação e gemeu quando meus dentes cravaram em sua pele — Chega de brincadeira! — ele rosnou e nos virou, ficando por cima de mim.
Me beijou vorazmente. Lembro de ouvir tecido sendo rasgado, dele ter me oferecido seu pescoço. Eu o mordi ao mesmo tempo que ele entrou em mim. Estar ali, com ele, de todas as formas prazerosas, saber que ele era meu, por toda a eternidade, era uma sensação impossível de descrever.
Alec era o meu paraíso.
— Anjo — Alec acariciava o meu cabelo — Você precisa me contar tudo o que aconteceu hoje.
— Preciso mesmo? — eu fiz careta, tudo estava tão lindo. . . ele ia pirar!
— Sim — ele passou a mão pelo meu rosto — Foi tão grave assim?
— Eu descobri porque todo mundo quer a tal joia e fiz uma coisa que você vai querer me matar. . .
— Júlia — ele me puxou, me fazendo encara-lo — Qualquer coisa que você tenha feito, foi para sobreviver. Eu não posso ficar bravo com você por isso.
— Então mantenha isso em mente — eu disse, ele ia brigar comigo — Vou começar pelo o que eu fiz, assim eu já falo isso de uma vez.
— Tudo bem — ele me respondeu, já sério.
— Quando eu estava lutando dentro do carro, eu mordi, meio sem querer, um dos soldados. Na verdade, ele que enfiou a mão na minha boca, então o mordi, para que ele me soltasse.
— Tudo bem — ele disse, ainda sério — Você fez isso porque precisava. . .
— Essa não foi a parte ruim — eu disse escondendo o rosto em seu peito — Eu aceitei a oferta de Cori e o mordi. . .
— Você o que? — ele me perguntou, eu senti a nota de raiva na sua voz.
— Eu bebi do sangue de Cori. . . mas eu juro que foi por necessidade!
— Julia! — ele levantou meu rosto, me fazendo ficar de frente com ele — Cori estava lá?
— Sim, mas ele apareceu só depois, ele não fez parte do meu sequestro. . .
— Como você pode ter certeza? — Alec estava tentando se controlar.
— Ele me falou. . .
— Vocês conversaram? — o controle dele estava acabando.
— Sim, mas foi pouco. Ele me disse que não concordava com aquilo e que eu estava fraca, por isso devia beber o sangue dele antes de. . .
— Você, deliberadamente, mordeu e bebeu o sague de Cori? — ele rosnou.
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Angelus
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