Capítulo 18

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- ANJO! – Alec me chacoalhou, à quanto tempo ele estava me chamando – Julia! O que houve?

Ele estava sério, preocupado, até bravo. Eu o olhei sem conseguir responder, apenas entreguei a pequena caixa para ele. Primeiro ele não demostrou reação nenhuma, mas analisou tudo, então arremessou a caixa para o outro lado do quarto. Ele estava com a expressão fechada, testa franzida, mas seu maxilar estava trincado, ele estava furioso. Então ele olhou no me rosto. Seus olhos suavizaram um pouco, mas ainda havia fúria ali.

- Julia – ele disse pausadamete – Damien não conseguirá nem olhar seu rosto, porque eu arrancarei seus olhos antes!

- Alec. . .

- Anjo – ele segurou meu rosto com as mãos – Ele não te tocará! Nem chegará perto de você!

- Como ele me achou?

- Ele bebeu do seu sangue, ele vai ser capaz de te encontrar por um tempo. . .

- E agora? – eu perguntei quase sussurrando.

- Ele virá atrás de você e morrerá por isso!

- Ele disse que eu sou. . .

- Você Não É Dele! – Alec disse enfatizando cada palavra – VOCÊ É MINHA!

Talvez para me provar isso, ele me beijou. Me puxou para ele, me prendendo a seu corpo, o que foi ótimo para mim. Eu precisava mesmo daquilo, daquele cuidado.

- Venha - ele me puxou até o banheiro, me ajudou a me despedir e tirou quase todas as suas roupas, ficando de cueca - Hora do banho.

Ele estava muito cuidadoso e carinhoso, me ajudando no banho, sem malícia ou outro sentido, apenas carinho.

- Eu sei o que você está fazendo e obrigada por isso - eu disse depois de estar abraçada com ele por um tempo, embaixo da água.

- E o que eu estou fazendo? - ele acariciava minha cabeça, meu rosto.

- Você está cuidando de mim, me mostrando que está comigo... Eu não sei o que faria se eu não tivesse você - eu disse olhando em seus olhos.

- Você nunca vai precisar saber o que faria sem mim, porque eu nunca vou te deixar - ele disse com seus lábios já quase encostados no meu.

Beijar Alec tinha dois efeitos contraditórios em mim.

O primeiro era a calma. Acalmava meu espírito e mente. Me fazia esquecer esses problemas e tudo mais envolvido. Me dava paz.

O segundo era a adrenalina. O puro tesão. Me fazia quere-lo desesperadamente. Como se meu corpo estivesse prestes a entrar em combustão. Eu precisava dele!

Agora!

- Júlia -ele praticamente rosnou, ainda entre meus lábios - estou tentando ser um cavalheiro e você não está ajudando!

- Não quero que você seja cavalheiro! - respondi do mesmo jeito, sem descolar meus lábios dos seus.

- Júlia... - Ele disse em tom de aviso.

- Eu quero você - eu disse pausadamete, olhando em seus olhos.

- Foda-se o cavalheirismo!

Ele me ergueu, me prensando contra a parede e invadindo minha boca com a sua. O frio da parede nas minhas costas, contrastavam com o calor que vinha do seu corpo

Não houveram muitas preliminares, naquele momento eu precisava dele dentro de mim, só isso.

Ele entrou dentro de mim de uma vez só. Gemi alto quanto ele fez isso. Ele estava forte, intenso.

Não me preocupei se eu estava barulhenta, se eu gemia e gritava. Se alguém em outro quarto podia me ouvir. Eu estava tão perto de gozar, que mataria alguém se nos interrompesse.

Mas Alec sempre foi um lazarento cruel. Toda vez que eu estava quase lá, na hora que eu mais gritava e gemia, ele diminuía a velocidade, quase parando, para não me deixar gozar.

- Para com isso - eu choraminguei depois da terceira vez.

- Eu gosto de te ver se contorcendo desesperada- ele disse no meu ouvido.

- Me deixa gozar...

- Não...- ele atacava meu pescoço. Minhas pernas envoltas da sua cintura, ele entrando e saindo devagarinho de mim.

Não pensei muito, só que necessitava daquilo. Então, pegando-o de surpresa, cravei meus dentes no seu pescoço.

Ele ofegou e gemeu. Ele sentia o mesmo prazer que eu sentia quando eu o mordia. Seu sangue invadiu, deliciosamente, minha boca.

Agora ele também não conseguia manter o controle. Suas investidas em mim eram violentas, minhas costas batiam contra a parede, mas eu não me importava. O único momento em que eu descolava minha boca do seu pescoço, era pra gemer alto. Aliás, Alec não gemia, ele grunhia. O que me excitava ainda mais.

Então eu cheguei. Gozei mordendo seu pescoço, furiosamente. Ele veio logo em seguida, rosnando.

- Você. . . Joga. . . Sujo! - Ele disse de olhos fechados, sua testa encostada na minha.

- Você quem começou - eu retruquei.

- Outro banho? - ele perguntou me colocando no chão.

- Sim - eu sorri, minha perna ainda trêmula.

O banho foi até calmo, houveram algumas gracinhas, mas tudo bem. Depois eu me enrolei na toalha e caí na cama. Não achei que fosse conseguir dormir, mas apaguei sem perceber.

Eu levantei minha cabeça do travesseiro quando ouvi o som do meu celular. Ele ainda estava no bolso da calça, no chão do banheiro. Me levantei bufando e fui até lá. Alec dormia tranquilamente.

- Oi Quel - atendi minha irmã - Tá com saudades já?

- Panaca - a voz dela estava rouca de sono - Vocês vão almoçar com a gente, né?

- Sim - eu não queria, mas Alec achava melhor.

- O Márcio pediu pra gente encontrar com eles no restaurante dos pais do Cris, vocês podem passar pegar o Hugo e eu?- os pais do meu cunhado são os dono de um ótimo restaurante.

- O entulho já acordou?- era assim que chamávamos meu irmão. Carinhosamente, claro...

- Mais ou menos, tá resmungando lá no quarto. Se eu for lá, vou quebrar a cara dele.

- Tudo bem, vou chamar o Alec.

- Me chamar para o que?

- Puta que pariu! - Alec estava atrás de mim - Faz isso não! Assim você me mata do coração!

- Acho que ele ainda te mata de outra coisa – Raquel falou pelo telefone com aquela voz maliciosa.

- Cala a boca – eu disse pra ela, porque Alec podia escuta-la. Ele também tinha uma "super audição" – Pra irmos encontrar minha família.

- Claro – ele respondeu

AngelusOnde histórias criam vida. Descubra agora