Capítulo 26

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— O que você tinha na cabeça? — eu bati em Edgar de novo.

— Não foi minha culpa! — ele tentava de defender- Ele me mandou uma mensagem dizendo que estava vindo para cá, não só pro Brasil, mas precisamente para o Rio!

— E você não conseguiu nem nos avisar? — Aurora estava ameaçadora.

— Loirinha, eu nem te conheço — Edgar falou.

— Mas me conhece! — eu bati de novo nele — Não custava ter nos avisado ou avisado a Li!

— Não deu tempo! — ele justificava — Olha, eu tentei fazer com que ele mudasse de ideia, mas não deu. E eu não tinha a menor ideia que ia encontrar com vocês na praia justo hoje! Aliás, o que estão fazendo aqui?

— Não te interessa! — Aurora respondeu.

— Anjinha, essa sua amiga tem cara de psicopata!

— Edgar — eu disse entredentes — estamos sendo caçadas, ameaçadas e quase fomos mortas muitas vezes nos últimos dias, não nos provoque! O que fazemos agora?

— O que sempre fazemos quando eles se encontram — Edgar disse.

— Eles já se encontraram outras vezes? — Aurora perguntou, eu também não tinha entendido.

— Em mais de dois mil anos? Claro que sim, mas assim que ele vai embora, ele se esquece dela- Edgar disse com pesar.

— Depois de todo esse tempo? — eu perguntei.

— Sim. . . — Edgar disse — Parece que algumas histórias de amor não são para acontecer. . .

— Você também não! — eu falei.

— O que?- ele se assustou.

— Até eu entendi que você é apaixonado por alguém e não poder ficar com a pessoa - Aurora cruzou os braços.

— Eu? Não. . .imagina. . .

— Edgar, quem é? — eu perguntei.

— Dá para voltar o foco na Li? — ele sugeriu.

— Certo, mas quando resolvermos isso, quero saber a verdade! — eu disse apontado o dedo para a cara dele.

— O que faremos agora? — Aurora perguntou.

— Nossa tarde na praia já era- respondi- Melhor voltarmos para casa.

— Sim — ela concordou comigo.

Voltamos para perto dos outros, Lyn e Andrea riam de alguma história que Perseu contava, Li olhava o mar.

— Galera, melhor irmos — Aurora disse —Temos coisas para fazer ainda...

— Onde estão hospedadas? — Perseu perguntou.

— Na casa da Li — Lyn respondeu distraída.

— Então vou acompanha-las, posso? — Ele perguntou sorrindo.

Li ainda olhava o mar, ela semicerrou os olhos, bufou e deu de ombros.

— Claro, por que não? — Ela respondeu irônica, mas acho que eles não entenderam a ironia.

As meninas voltaram no carro de Li, que disse estar cansada demais para dirigir e deu as chaves para a Andrea. Edgar foi com o seu carro e Perseu nos seguiu com a moto dele.

— Olha esse cara... Uau — Lyn apontou para ele, parado do nosso lado no semáforo, na sua enorme moto estilo de corrida.

— Uau mesmo!

AngelusOnde histórias criam vida. Descubra agora