Angelus

Capítulo 24

-Anjo! Pare!

-Agora é Anjo? Enfia esse Anjo no teu. . .

-Julia! - ele me segurou pelos pulsos, me impedindo de continuar socando ele. E o pior, o cretino ria! - Calma!

-Calma o caralho! - eu gritei e tentei dar uma joelhada no saco dele, mas ele foi esperto e conseguiu evitar - Alec, eu juro, eu quero te matar!

-Mas eu não fiz nada! - ele continuava rindo de mim -Não fez mesmo! - eu consegui me soltar dele, eu andava pelo quarto, eu queria encontrar algo para jogar na cabeça dele- Você deixou que ela. . . aquela VACA te agarrasse!

-Eu não deixei, ela só me pegou de surpresa. . .- ele desviou do travesseiro que joguei nele. Travesseiro é muito leve! Eu precisava de algo maior - Júlia, põe isso de volta no lugar!

- Claro! -então joguei o abajur que eu tinha pego do criado-mudo e joguei nele. O abajur se espatifou na parede, Alec cambaleou para o lado, com a mão no rosto. . . merda! - Alec!

Eu corri pra perto dele, eu queria mata-lo, não machucá-lo. . .

-Você ta bem? - aí o maldito começou a rir - Seu babaca imbecil! - ele segurou meus pulsos, antes que eu tentasse soca-lo, me virou rapidamente, me prendendo contra a parede.

-Gosto quando você fica brava - ele disse a centímetros do meu rosto - Você com ciúmes parece uma gata selvagem e eu quero muito ser arranhado por você.

-Eu quero arrancar seu couro- ele aproximou sua boca ainda mais da minha. Eu estava tentando me controlar, não cair na provocação dele, mas era quase impossível conseguir isso quando sentia sua ereção encostando em mim.

-Você pode arrancar o que quiser de mim - ele disse contra meu pescoço, seus lábios roçando na minha pele - meu sangue, meus gemidos, minha existência. . .

-Você é um cretino- eu respondi revoltada comigo mesmo. Não é fácil resistir a ele.

-Sim, mas um cretino que você ama. . .

Ele deu leves mordidas no meu pescoço, subindo até meu maxilar, chegando na minha boca e a atacando. Nada de beijos calmos e castos, ele já começou forte e exigente. Segurava minhas mãos com apenas uma sua, a outra na minha cintura, me puxando em sua direção, me colando no seu corpo.

Sua boca esmagava a minha, eu cheguei a sentir gosto de sangue e era o meu, porque se fosse o dele eu já tinha surtado. Ele soltou minhas mãos, me pegando no colo e me fazendo envolver sua cintura com as pernas. Ele me prensava contra a parede, sua ereção raspando num ponto meu que estava me deixando louca. Eu não aguentei e agarrei seus cabelos. Eu estava com tanta raiva, que puxava seus cabelos e o arranhava sem medo e ele gemia na minha boca. Ele gemia e eu gemia também. Uma das de suas mãos foi para o meu seio, por debaixo do top que eu usava, a outra acariciava minha coxa. Sua boca desce para meu outro seio, me alucinando ainda mais. Minha gengiva coçava, eu queria tanto morde-lo.

Ainda com meu seio na boca, ele olhou em meus olhos com aquele olhar que dizia tudo o que ele queria e deu um sorriso muito malicioso, Então soltou meu seio colou sua boca na minha.

-Se você quer, é só morder- ele disse com os lábios entre os meus. Eu queria e muito! Eu ainda muito puta com ele, mas eu queria tanto. . .Eu precisava. . .

Então alguém bateu na porta, Alec gemeu de frustação.

-Júlia! Alec! Abram a porta, por favor!

-O que ele quer? - Alec perguntou, ele ainda me segurava no seu colo, sua boca no meu pescoço.

-Falar alguma coisa- eu disse me soltando dele.