Capítulo 10 - Pensamentos pecaminosos

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Eu ainda estava sentada em minha cama. Minha cabeça estava um turbilhão, cheia de coisas. Mas por mais que eu tentasse levar meus pensamentos para outro lugar, sempre voltando a ele.

Aquele beijo não acabou como eu queria.

Logo depois de toda a cena, Josh me soltou e voltou a dormir, como se nada tivesse acontecido. 

Eu, por outro lado, fiquei parada encarando-o por vários minutos. Minhas pernas estavam paralisadas.

Quando finalmente recobrei a consciência, sai correndo de volta para o meu quarto e me escondi debaixo das cobertas.

Não sei quanto tempo eu fiquei olhando pro teto, ou quantas vezes eu pensei no ocorrido. Só sei que minha noite foi longa.

Acordei, depois de muito esforço. Já eram mais de nove horas da manhã. Meu plano de dormir até meio dia tinha ido por água abaixo.

Minha cabeça latejava e pedia urgentemente por um remédio.

Encarei a porta, decidindo se iria ou não até a cozinha. Mas uma coisa é certa: não poderia ficar trancada no meu quarto pelo resto da vida.

Criei coragem e girei a maçaneta.

Josh ainda estava no sofá, porém já havia acordado e mexia em seu celular descontraído.

Ao me ver ele abriu um enorme sorriso.

-Bom dia, gatinha - ele disse descontraído.

O rapaz parecia não estar incomodado, então julguei que não lembrava de nada.

-Bom dia, loirinho - eu falei.

Ele voltou a mexer em seu celular, mas continuo conversando comigo:

-Você viu Jo saindo? - perguntou.

-Sim, eu acompanhei ela até o corredor - eu disse enquanto caminhava para a cozinha.

Ouvi ele resmungar algo como "Que falta de consideração, nem se despediu do irmão", mas ignorei o comentário.

Ele finalmente se levantou, esticando os membros do corpo para se alongar.

-A noite foi confortável? - perguntei, tentando obter alguma informação.

Ele estalou as costas e me seguiu até a cozinha, sentando a mesa.

-Até que sim - ele falou em tom sonolento. - Um pouco dolorido, mas nada que um bom alongamento não resolva.

Ele parecia mais cansado do que aparentava e tentava não demonstrar, mas as olheiras lhe entregaram.

-Aceita um café? - perguntei.

Ele abriu um enorme sorriso.

-Por favor - falou.

Eu sabia pouco sobre os utensílios da cozinha e procurei em todos os cantos pelo coador de café.

O loiro deu uma risada e se levantou vindo na minha direção. Eu estava próximo a pia e ele se aproximou por trás. Quando já estava bem perto, ele ergueu o braço e alcançou o coador que estava no armário sobre a pia.

Senti que minhas bochechas ferveram com a proximidade de seu corpo. Ele me entregou o coador com um sorriso malicioso no rosto.

Suas pupilas estavam dilatadas e eu desviei o olhar, tentando respirar um pouco mais controladamente.

-E esse rosto corado? - ele zombou.

-O seu fedor está me fazendo passar mal - eu disse, tentando disfarçar.

𝐎 𝐈𝐑𝐑𝐈𝐓𝐀𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐎 𝐐𝐔𝐈𝐍𝐓𝐎 𝐀𝐍𝐃𝐀𝐑 ❱ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏOnde histórias criam vida. Descubra agora