O dia de serviço se seguiu normal e recebi uma aceitação maior dos meus colegas de trabalho, graças a Sabina e Sina. Com exceção de Valeria, todos estavam ouvindo minhas ideias.
Mas minha ansiedade estava atacada, principalmente porque sabia que faltavam pouco para voltar para casa com Joshua. Então logo chegou o momento de irmos embora.
Josh bateu na porta e entrou, eu ainda estava arrumando a bolsa.
-Vamos, baixinha - ele me chamou sorrindo.
-Sim, capitão - eu disse.
Sabina e Sina me lançaram um olhar brincalhão e deram risadinhas disfarçadas. Fingi não ver e segui o rapaz até o carro.
Ele abriu a porta do carro para eu entrar, como um grande cavalheiro.
Dentro do carro ele pegou minha mão e começou a dirigir com nossos dedos entrelaçados.Achei fofo.
Ele não soltou minha mão, fosse para mexer no volante ou mudar a marcha.
Conversamos sobre a empresa e falei que estava tendo dificuldades em assimilar tudo relacionado ao marketing.
Eu participava do marketing da empresa, mas não era minha tarefa principal, então meu conhecimento era bem básico.
-Não se preocupe com isso, meu bem - ele disse, me confortando. - Eu acredito em você, por isso te indiquei.
Eu sorri pra ele.
-Obrigada por acreditar em mim - eu disse.
Ele finalmente estacionou o carro na vaga e se aproximou de mim.
-Sempre acreditei em você - ele disse e em seguida meu deu um beijo delicado.
Josh me dava confiança para fazer o que eu quisesse e estar com ele me dava coragem de seguir minhas próprias vontades, principalmente porque ele estaria lá comigo. Ele me apoiava em qualquer decisão e eu sabia que poderia contar com ele sempre que precisasse.
Eu confiaria de olhos fechados em Josh.
Saímos do carro e ao chegarmos na entrada do prédio demos de cara com Bailey parado a minha espera.
Ele olhou para nossas mãos entrelaçadas e bufou.
O rapaz se aproximou e me entregou uma caixa cheia de bugigangas antigas que pertenciam a mim. Não era nada importante, mas logo notei que ele usou aqueles objetos como desculpa para vir até meu prédio.
-Bolachinha, trouxe suas coisas - ele me chamou pelo apelido de quando começamos a namorar e isso me rendeu alguns calafrios.
Ouvir o apelido me lembrava do momento em que nosso namoro estava indo bem. E essas lembranças me causavam raiva.
-Obrigada - eu disse, apenas.
Ele me lançou um enorme sorriso.
-O que acha de irmos naquele restaurante que sempre me chamou, podemos conversar um pouco e colocar o papo em dia - ele falou.
-Não, obrigada - eu o cortei.
Josh estava inquieto ao meu lado e parecia pronto para atacar Bailey assim que fosse necessário.
-Ah, vamos bolachinha, você queria tanto ir lá - Bailey choramingou.
-Não quero ir mais, até porque o Josh me levou lá semana passada - eu disse.
Josh relaxou ao meu lado, pelo menos um pouco.
Bailey estava furioso, mas ignorei e entrei dentro do prédio, indo em direção ao elevador.
-Essa cara é um porre em - Josh falou, me alcançando facilmente com suas longas pernas.
-Realmente - eu concordei.
Ele me abraçou por trás e colocou o queixo sobre a minha cabeça. Seus braços me envolviam de forma protetora e ele parecia preso em seus pensamentos.
Algo o deixava preocupado.
-Relaxa - eu o confortei, colocando minha mão sobre a sua.
Ele acomodou o rosto ao lado do meu e pelo reflexo da porta do elevador eu o vi sorrir.
-Isso é bom - ele disse.
-O que é bom? - perguntei.
Ele beijou a lateral do meu rosto e me aproximou ainda mais do seu corpo, mantendo o abraço bem firme.
-Concordo, isso é bom - eu disse, entendo ao sua testa se vingou.
-Desculpa, não quero forçar nada com você - ele falou. - Sei que dissemos que iriamos deixar fluir. Então.. se eu estiver forçando a barra me avisa - ele falou.
Realmente tinhamos combinado, mas para mim aquilo era tudo o que eu queria. Mesmo que por alguns dias eu me iludisse com as suas ações, ainda assim, eu aproveitaria o máximo possível.
Porém, o que me deixava intrigada é se esse era seu comportamento com todas as mulheres que passaram por sua vida ou se era algo exclusivo nosso.
Não tinha como eu saber, mas a dúvida me traziam pensamentos tristes e por alguns momentos me peguei pensando se esse relacionamento me faria bem.
-Não se preocupe - eu falei. - Gosto do que estamos tendo.
Ser sincera era a melhor forma de lhe responder.
Ele girou meu corpo em seu abraço e ficamos com os rostos a centímetros de distância.
-Você parece preocupada - ele disse passando o dedo levemente sobre a minha sobrancelha.
-Pensando em nós - eu disse.
-Pensar em nós te preocupa? - ele brincou.
Eu dei uma risada fraca, mas ele não se convenceu.
-Não vamos nos preocupar com isso agora - ele começou. - Vamos curtir isso da melhor forma possível. Se ficar muito preocupada vai ficar achando que me deve alguma coisa e você não me deve nada.
Eu olhei para ele e percebi o quão intenso seus olhos poderiam ficar.
-Você tem tanta confiança assim que a gente vai dar certo? - perguntei.
Ele sorriu, confiante.
-Por que eu quero que dê certo - ele concluiu.
Seu olhar estava ainda mais intenso.
As palavras que ele disse acertaram meu coração de forma carinhosa e eu senti que poderíamos ser tudo que desejassemos.
E eu o desejava.
Seus lábios pousaram delicadamente sobre os meus.
Havia ternura em seu toque.
Aquele beijo não era como os outros que se era possível identificar um enorme desejo. Esse roçar de lábios trazia uma nova sensação. Era algo tão puro e genuíno.
Ele se distanciou um pouco e colocou os dedos em meus lábios.
-Sem sombra de dúvida, esse beijo foi o melhor da minha vida - ele voltou a me beijar.
Eu entendia o que ele queria dizer.
Aquele beijo era o melhor da minha vida também.
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💽|Tão ficando boiolas já
💽|Amanhã tem mais, fé!
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𝐎 𝐈𝐑𝐑𝐈𝐓𝐀𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐎 𝐐𝐔𝐈𝐍𝐓𝐎 𝐀𝐍𝐃𝐀𝐑 ❱ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ
Fanfictionღ|| Quando tudo parece perdido na vida de Any, ela descobre que as coisas podem piorar ainda mais. Largada pelo ex sem explicações, ela é arremessada na sarjeta e passa a contar apenas com a ajuda de sua melhor amiga, Joalin. O que ela não contava...