𝐎 𝐈𝐑𝐑𝐈𝐓𝐀𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐎 𝐐𝐔𝐈𝐍𝐓𝐎 𝐀𝐍𝐃𝐀𝐑 ❱ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ

Capítulo 23 - Cap. Bônus

VOLTEEEII LINDOS!

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(Narração feita por Josh Beauchamp)

Já havíamos ido em vários brinquedos e eu havia dado a ela todos os ursinhos de pelúcia que eu havia ganhado. Ela estava contente e ficava me arrastando de uma barraca a outra para aumentar sua coleção.

Agora, estavamos sentados em uma lanchonete dentro do parque e tivemos que usar as outras duas cadeiras para acomodar as pelúcias de Any. Eram mais de dez pelúcias e nós dois nos dividimos para carrega-las pelo parque.

Eu até havia tirado uma foto dela tentando segurar todas as pelúcias. Os brinquedos estavam praticamente engolindo ela. Postei em meu story com a legenda "Criança feliz" e um coração no canto superior.

Eu realmente estava no estágio de bobo apaixonado.

Tirei algumas fotos do parque e postei também, para que meus amigos não me zoassem tanto.

-Nosso lanche chegou - ela disse indicando a mesa.

Eu não percebi que estava com tanta fome até sentir o cheio do hambúrguer.

-O que quer fazer agora? - perguntei e depois dei uma gratificante mordida na comida.

Ela estava com um brilho tão intenso no olhar.

-Não sei, eu nunca me diverti tanto em toda a minha vida - ela falou, sorrindo.

Acho que aquela noite foi a vez que vi mais sorrisos vindos dela.

-Gosto de ver você sorrindo - falei sem pensar.

(A/N: Agr late)

Ela corou e abaixou a cabeça, como sempre fazia quando estava envergonhada. Continuamos comendo, agora em silêncio. Mas não era constrangedor, nos olhamos de vez enquanto e sorrimos um para o outro.

Ela estava presa em seus pensamentos e eu não quis incomoda-la.

-Ola, senhor - apareceu um jovem ao meu lado com uma cesta cheia de rosas. - Deseja comprar uma rosa para a sua namorada?

Gabrielly  encarou o menino, sem graça. Ela ficava ainda mais linda daquele jeito.

-Claro, me de uma por favor - eu disse.

Assim que paguei e recebi a rosa do rapaz, entreguei ela a Any:

-Para você, bebê - eu disse carinhosamente.

Ela pegou a flor da minha mão e a levou até o rosto para que pudesse sentir a fragrância. Seu sorriso, ainda nos lábios.

-Obrigada, Josh - ela falou.

Aproveitei sua distração e tirei uma foto daquele momento.

Ela parecia uma obra de arte ao segurar aquela rosa em frente ao seu rosto. Olhei a foto que tirei e suspirei apaixonado. Coloquei a foto como papel de parede do celular, para que eu pudesse admirar sempre que quisesse.

Okay, admito, eu estava muito babão.

Sempre critiquei meus amigos que ficavam melosos com suas namoradas e eles diziam que era normal quando você se apaixonava.

Eu não conseguia ser romântico com nenhuma mulher e, confesso, que fui um babaca com muitas delas.

Transar e ir embora, era meu principal dilema. Eu não poderia me apegar.

Das vezes que tentei esquecer Any Gabrielly, foi ainda pior. Eu estava sempre de mal humor e me perguntava constantemente o que ela via em Bailey. Quando ela finalmente me contou o motivo de ter aceitado ficar com aquele idiota, eu me senti péssimo.

Eu a achava bonita até mesmo quando usou aparelho no ensino médio. Eu a achei linda quando ela resolveu cortar o próprio cabelo sozinha e ficou todo estranho. Eu a achava bonita quando chorava e seu rosto ficava inchado.

E pensar que era só eu ter lhe contado como ela era linda aos meus olhos e, talvez, ela não tivesse que passar por toda a humilhação que passou com Bailey.

-No que está pensando? - ela perguntou.

Eu a encarei, ela estava com seu olhar inocente direcionado a mim. Era quase um convite.

-Eita, já são dez horas - eu disse, mudando de assunto.

Felizmente ela deixou passar e foi conferir o relógio em seu pulso.

-Verdade - ela disse tristonha. - Já temos que voltar.

Vi o desapontamento em seu rosto.

-Que tal um último brinquedo - eu disse apontando para a roda gigante.

Era um ponto crucial do romantismo o casal ir na roda gigante. E eu não poderia deixar esse clichê de lado.

Ela assentiu.

No caminho ela me puxou em outra direção, até encontrarmos uma cabine de fotos.

-Entre - ela me empurrou para dentro enquanto inseria cinco reais na máquina.

No primeiro flash: sorrimos.
No segundo flash: fizemos careta.
No terceiro flash: ela fez chifres na minha cabeça e eu fiz uma cara de bravo.
No quarto flash: abraçamos os ursinhos de pelúcia.
No quinto e último flash: eu a beijei.

Assim que a luz se apagou, eu não a soltei e continuei o beijo. Ela me deu abertura e entrelaçei nossas línguas.

Por fim, ela se afastou, sorrindo.

-Temos que ir - ela falou e eu fiz uma cara triste. - Em casa a gente termina.

Antes de sair da cabine ela piscou.

Aquilo deixou bem claro que não iríamos dormir tão cedo.

Eu a segui, confiante e cheio de desejo. Do lado de fora da cabine ela segurava a sequência de fotos que havíamos tirado. A minha favorita, com toda a certeza, era a última.

Ela sorriu para mim.

-Isso aqui fica comigo - ela disse e saiu em direção a roda gigante.

Foi fácil acompanhar ela e logo já estávamos dentro do brinquedo. Nossos colos estavam lotados de ursos de pelúcia, mas isso não me impediu de segurar a sua mão.

-Nunca imaginei que fosse do tipo romântico ela falou, de repente.

-E eu não era - falei enquanto a encarava.

Seus olhos estavam me analisando. Ela sempre fazia aquela expressão quando estava estudando minha reação.

-O que te fez mudar? - perguntou.

Era evidente que ela estava curiosa, mesmo que tentasse disfarçar.

-Não sei - eu disse, apenas.

Não poderia dizer que era ela o motivo da minha mudança. Eu não poderia confessar meus sentimentos assim tão repentinamente e principalmente depois de termos concordado em ir devagar.

Meu plano era simples: aproveitar esse tempo para conquistar Any.

-Ah - ela disse.

Gaby encarava o horizonte, pensativa.

Quando nosso tempo na roda gigante acabou, descemos do brinquedo e fomos em direção ao estacionamento.

No carro: silêncio.

Ela ajeitou a cabeça no vidro e fechou os olhos. Eu sabia que ela não estava dormindo, mas não a incomodei.

Quando finalmente chegamos ao apartamento eu a ajudei a colocar todos os brinquedos em seu quarto.

-Vou tomar um banho e te espero no quarto - eu disse. - Se quiser, é claro.

Dei de ombros e fechei a porta atrás de mim.

Idiota. Idiota. Idiota.

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Até breve💖

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