Proibido

♥︎2

" Não confunda, querer muito ter alguém por se sentir sozinho(a), com realmente gostar de alguém de verdade, pra ter pra toda ou boa parte da sua vida.". - Mauro Henrique.

♥︎

A aula finalmente havia acabado, e eu seguia tranquila pelos corredores até ouvir alguém gritar por mim.

- Como você anda rápido tampinha. - Eric diz fingindo está ofegante.

- Meu nome é Chloe e não tampinha. - digo.

- Tampinha combina mais com você. - ele sorriu e aquele sorriso mexeu com todas as minhas estruturas possíveis. Maldito, além de ser lindo tem um sorriso mais perfeito ainda.

- Não sou baixinha para você me chamar assim. - era verdade, eu tinha 1.70m de altura, o que para alguns eu era bem alta. Mas talvez não para ele, Eric aparentava ter 1.90 para cima.

- O que vai fazer hoje a noite? - ele pergunta como se estivesse interessado.

- Estudar o conteúdo da aula de hoje.

- Nada disso, você precisa conhecer meus amigos. - ele diz - ele vão adorar esse seu jeito... sério.

Arqueio uma das minha sobrancelhas e analiso a situação. Talvez eu vá ser a piada do grupo, então logo dispenso o convite e tento caminhar de volta para o meu quarto.

- Vamos tampinha, vai ser legal. - Eric tenta me convencer a ir, por que ele está sendo tão legal comigo? - se você não gostar eu te trago de volta.

Ok, talvez eu devesse ir.

Afinal, estou sem amigos aqui até o momento.

- Em qual andar você tá? - ele pergunta com as mãos no bolso. Eric parecia tão relaxado naquele momento, não parecia o mesmo mal educado que esbarrou em mim pela manhã.

- 24 do 33 andar.

- Uau, se não tivesse elevador eu estaria ferrado. - Sorrir mais uma vez. - passo por lá as dez, não se atrase.

E se vai sem esperar por nenhuma resposta minha.

Que tipo de festa começa as dez da noite? Pretendo ficar por meia hora e em seguida vou embora. Não quero ter problemas em acordar para meu segundo dia de aula, amanhã as aulas seriam no período da manhã.

Quando chego ao quarto vejo Cristina colocando alguns quadros na parede, ela parecia ser bastante ligada com a família.

- Como foi a aula? - ela pergunta alinhando perfeitamente o quadro sobre a parede.

- Legal - jogo minha bolsa sobre o chão e me sento na cama para tirar os sapatos. - tem um babaca na minha aula, ele me convidou para sair hoje a noite e conhecer os amigos dele.

Cristina me olha fazendo uma cara engraçada e finalmente me olha.

- Se ele te convidou para conhecer os amigos dele, talvez, não seja tão babaca assim.

Eu gostaria de acreditar nisso, Eric não parecia ser do tipo de cara que dá uma de simpático.

Não o conheço e nem quero conhecer.

- Que seja, ainda assim... só vou hoje e nem quero demorar.

- Você é sempre assim? - Cristina cai na gargalhada.

- Assim como?

- Tão certinha.

Certinha?

Não diria isso, eu apenas gosto de evitar problemas. E Eric parecia encrenca, nem o conheço e não conseguia evitar a atração que sentia por ele.

Meu pai me ensinou que por ser filha de quem sou, eu deveria dá sempre o exemplo. Uma notícia mal falada de mim resultaria em milhões de dólares perdidos, e fora que mancharia a imagem perfeita da minha família.

- Eu tive uma criação bastante rígida. - digo e tento comentar algumas das regras dadas pelo meu pai. - meu pai nunca me deixou sair com meus amigos, ir a escola sozinha, ouvir músicas que são consideradas bobagens dos adolescentes.

- Isso é tão triste.

- Você se acostuma com o tempo. - forcei um sorriso e busquei minha mochila sobre o chão afim de estudar a matéria de hoje.