Proibido

♥︎32

Isso é um bom sinal, ter o coração partido, quer dizer que a gente tentou alguma coisa. — Comer, rezar e amar.

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Eric se encontrava sentado no chão do último corredor da biblioteca, ele estava lendo um livro quando cheguei e imaginei o que se passava na cabeça dele naquele momento, provavelmente ele ria da minha cara.

— Podemos conversar? — pergunto, Eric da um sorriso ao me ver e me convida para me sentar ao seu lado, recuso e prefiro ficar em pé. — por que você mentiu pra mim?

— Sobre o que amor? — ele coloca o livro de volta na prateleira e se levanta.

— Sobre meu pai, seus sentimentos por mim? Eu fui apenas um plano de vingança? — pergunto sentindo novamente as lágrimas chegando, pisco várias vezes para não chorar mas foi inevitável.

Eric ficou em silêncio e isso só me confirmou que era verdade, pela primeira vez em muito tempo eu sentir raiva e ódio de alguém. Letícia tinha razão e eu me sentia uma idiota por não ter ouvido a minha amiga.

— Deixa eu me explicar.. A história não é bem assim. — Eric pega na minha mão, mas eu me solto dela. — Chloe por favor, eu não te usei.

— Nem mesmo para chegar até o meu pai e da minha família?

— No começo sim... Chloe por favor.

— Pensei que às pessoas estivessem erradas ao sei respeito, que elas só precisassam te conhecer antes de tirarem co conclusões erradas. Você só me provou que eu não devo mais confiar em você. — limpo algumas lágrimas que escaparam e tento não mais chorar.

— Isso era no começo Chloe, seu pai acabou com a minha família e também eu não te conhecia. — Eric se aproxima de mim e toca em meu rosto. — por favor acredite em mim.

— A história que meu pai me contou foi outra, ele disse que seu pai jamais esteve em uma mesa de cirurgia que fosse dele.

Eric solta um ar de riso, ele pega sua mochila tira do seu caderno uma foto e me entrega. Na fotográfica tinha um homem vestido com a bata do hospital e nela meu pai estava apertando a mão dele.

— Seu pai mentiu pra você Chloe. — Eric diz. — É verdade, eu te usei no começo para chegar até o seu pai e me sinto um idiota por isso, você não merecia isso. — ainda estou observando a imagem enquanto Eric fala — Por favor me desculpe, você foi a melhor coisa que já aconteceu comigo em anos.

Entrego a foto a Eric e não consigo me mexer, eu quero ir embora dali e esquecer tudo isso.

— Você é boa e eu preciso de algo bom na minha vida! — e sem avisar ele me beija, em sincronia e ritmo perfeito nosso beijo se encaixou.

Eu queria esquecer toda essa história e seguir em frente, mas estaria enganando a mim mesma se fizesse isso. Me afasto de Eric e ele me olhou confuso.

— Não dá, eu preciso de um tempo para assimilar as coisas.

Eric pareceu triste.

— Bom, então isso diz que você acredita na versão que seu pai o grande Leandro Felipe te contou. — Eric voltou a se sentar sobre o chão e não olhou mais para mim, apenas pegou um outro livro e voltou a ler.

Vou embora me sentindo chateada comigo mesma.

Ainda bem que as férias estavam se aproximando, provavelmente estou reprovada nesse período por ter faltado as aulas, tudo bem também, pelo menos eu não ficaria mais na mesma sala que Eric.

Quero ir embora daqui, meu pai pode estar certo, vim para essa universidade foi um erro e talvez cursar o meu curso longe de tudo isso pode ser bom. Conhecer um novo lugar e outras pessoas pode me fazer bem.