Proibido

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"A vida inteira me ensinaram a ser invisível." - America Singer.

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Chloe

A aula estava um tédio e Eric ficava o tempo todo jogando bolinhas de papel em mim.

Era bom ter finalmente amigos e pessoas em quem eu pudesse confiar.

O resultado da prova saiu ontem a noite e desde então não consegui criar coragem de entrar no site para verificar se fui aprovada ou não, embora eu esteja ansiosa, eu não conseguia entrar no site.

Eric tinha mandando um SMS perguntando como eu me sair na prova, o olho como se a resposta fosse óbvia. Ele sorriu e fez um gesto para que eu respondesse a mensagem.

"Ainda não entrei no site para olhar."

Eric fez uma cara de bravo e voltou sua atenção ao celular.

"Porque não?" - ele perguntou.

O professor chamou nossa atenção quando eu estava prestes a digitar a resposta.

- Chloe Davis e Eric Lima - o professor de Língua portuguesa se volta para nós dois. - fora da minha sala.

Eric com um sorriso no rosto pegou suas coisas e agarrou minhas mãos me arrastando para longe. Não pude processar o que acabará de acontecer, nunca tinha sido expulsa de nenhuma sala de aula e Eric pareceu não ligar como se isso não fosse nada demais.

Quando finalmente chegamos no corredor Eric se sentou sobre o chão sorrindo sem parar.

- Eu estava louco para sair daquela aula. - diz e se deita sobre o chão, Eric usou sua mochila como almofada.

- Como pode ficar tão tranquilo? - pergunto e o vejo cada vez mais relaxado.

- O professor nos fez um favor nos tirando daquela aula chata. - ele tira o celular do bolso da calça e pede para eu me sentar ao seu lado.

Me sento ainda preocupada por ter sido expulsa da aula.

- vamos ver se você foi aprovada. - ele diz e eu estremeço.

Talvez eu não tenha olhado por puro medo, o medo de voltar para casa dos meus pais me assustava muito.

- Espera - digo e Eric me olha sem entender. - se eu for aprovada faz um gesto de sim ou não.

- Como assim Chloe?

- Se eu fui aprovada você me abraça e se não, você aperta minha mão - digo, Eric sorrir colocando as mãos sobre o peito e me olha em seguida. - como um comprimento. - conclui.

- Você não existe tampinha. - diz. - Ok. Você que sabe.

Ele volta a mexer no celular e a olhar o maldito site da faculdade.

- Chloe Davis Santos. - ele diz o meu nome completo e cada vez mais eu me sentia aflita. Eric bloqueou a tela do celular e logo em seguida me encarou sério.

- E então?? - pergunto nervosa.
Pela cara que ele fez, eu já esperava o pior e isso de alguma forma não me deixava surpresa. Imaginei de todas as formas possíveis em eu reprovando nessa maldita prova.

Eric continuou com seu olhar sério sobre mim, só havia nós dois naquele maldito corredor, todos estavam em aula e por mais que muitos alunos ficassem fora da sala... aquele dia foi diferente.

Eric se aproximou de mim, talvez para me abraçar ou apertar minha mão.

Ele simplesmente chegou perto o bastante deixando nossos rostos a poucos centímetros de distância e me beijou, fiquei paralisada sem saber o que fazer e comi reagir. O que esse beijo queria dizer? Que eu passei, ou que ele simplesmente queria me consolar?

Retribui o beijo sentindo novamente a corrente elétrica percorrer por todo meu corpo, Eric acariciou meu rosto com o polegar enquanto nos beijávamos.

- Parabéns tampinha. - ele disse após pararmos o beijo, Eric colou nossas testas e sorriu para mim. - Você passou - ele continua.

Ouvir aquilo foi como se eu tivesse tirado todo o peso das costas.

Eu poderia continuar estudando aqui, com minhas amigas e ver o Eric todo dia. Eu não queria voltar para a prisão que é a minha casa, meu pai quando souber provavelmente vá fazer da minha vida um verdadeiro inferno na terra.

Abraço Eric e começo a chorar.

Eric me aperta em seus braços enquanto eu apenas chorava, finalmente vou poder escolher meu próprio caminho.

- Obrigada, por dizer e por ter acreditado em mim. - digo e colo nossas bocas em um beijo calmo.

Eu o amo. E talvez eu possa estar me precipitando e talvez eu vá quebrar a cara depois, que se dane. Passei metade da minha vida fazendo tudo pelos outros, deixando de fazer o que meu coração sente.

Me levanto e pego minha bolsa correndo pelo corredor.

- Onde você vai? - olho para trás e vejo Eric no mesmo lugar sem entender nada.

Apenas continuo correndo sem dizer mais nada, precisava contar a novidade a Letícia e a Ana