Tenha cuidado com o amor. Ele distorce suas ideias e faz você pensar que em cima é embaixo e que o certo é o errado. — Rick Riordan, batalha do labirito
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O dia do baile seria hoje, embora as meninas estivessem muito chateadas comigo, elas não me deixaram na mão.
Meu vestido é branco com algumas pedras douradas sobre ele, as meninas e eu demoramos quase uma semana para encontrar o vestido perfeito.
— Vai esperar o Daniel aqui no quarto ou no baile? — Letícia pergunta enquanto colocava um batom vermelho sobre sua boca.
Daniel tinha se tornado um grande amigo nesses poucos dias; ele sempre me deixava na porta da sala de aula e me trazia milk-shake todas as manhãs, mesmo estando frio.
Eric olhava a cena e revirava os olhos, achava engraçado seu mal humor sempre que Daniel aparecia com o milk-shake.
— Chloe, Ana e eu queríamos te contar uma coisa. — as duas me olham sérias.
— O que? — paro de me olhar no espelho e me volto para as duas que agora estão de mãos dadas.
— Estamos juntas! — olho para elas e permanecemos em silêncio por alguns segundos até eu me levantar e ir abraçar as duas.
— Fico feliz por vocês. — Ana me apertou em seu abraço — de verdade, vocês formam um belo casal.
— Obrigada Chloe, pensei que você deixaria de ser a nossa amiga. — Letícia diz após eu soltá-la.
— Não, sou cheia de defeitos mas preconceituosa não é um deles.
Após dizer isso voltamos a fazer o que estávamos fazendo antes, Letícia retocando sua maquiagem, eu admirando o vestido em meu corpo e Ana fazendo um penteado em seu cabelo.
Pretendo me divertir e tirar Eric da minha cabeça, a noite de hoje tem tudo para ser perfeita.
— Prontas? — Letícia pergunta enquanto pegava seu celular e o colocava na bolsinha de mão.
— Quase. — Ana e eu respondemos juntas.
— Então, vai conosco ou vai esperar Daniel em seu dormitório? — Ana pergunta.
Se eu fosse direto para o baile teria uma pequena chance de me desencontrar com ele e eu precisava de um tempo para conversar com Cristina e resolver nossas diferenças.
— Podem ir, eu ficarei bem. — respondo finalmente já pronta, abraço as duas e me despeço. — nos vemos no baile.
Após sair do quarto de Letícia, subo as escadas em direção ao meu. O elevador estava lotado e eu não o esperaria esvaziar.
Abro a porta do quarto e encontro Cristina sozinha se arrumando em seu penteadeira. Ela me olha rapidamente e em seguida se volta para a maquiagem.
Me sento sobre a cama e a olho fazer um gatinho perfeitamente bonito.
— Onde aprendeu a se maquiar? — pergunto.
— Com a minha mãe, ela era maquiadora. — diz.
— E hoje em dia ela é maquiadora profissional?
— Ela morreu Chloe. — Cristina fecha a paleta de maquiagem com tamanha brutalidade fazendo um pouco do pó sair.
Engulo em seco.
— Seu pai a matou. — ela completa e eu me assusto.
Meu pai era um médico renomado, suas taxas de mortalidade eram quase nulas. Cristina era uma mentirosa que me odiava por um motivo tão banal, desisto de tentar ser amiga dela.
— Você não cansa de ser mentirosa? Me odiar, ok. Mas inventar algo assim sobre o meu pai você passou dos limites.
— É a pura verdade.
— E como meu pai matou sua mãe? — queria entender o motivo dela de culpar o meu pai.
— Minha mãe estava com um câncer super avançado e era considerado inoperável por todos os médicos que ela se consultava. Ela soube de um médico que fazia milagres, doutor Leandro Felipe que era famoso por fazer procedimentos indo contra todos. — era verdade, por mais que o paciente não tivesse chances alguma de sobreviver, meu pai sempre se arriscava para tentar salvar a vida deles. — ele encheu minha mãe de esperança e fez ela assinar um termo de responsabilidade, nesse termo a família dela não podia procurar a mídia ou delegacia caso contrário teríamos que indenizá-lo com 5 milhões de dólares.
Coloco minhas mãos sobre a boca sentindo as lágrimas cairem de meus olhos.
— Minha mãe resolveu insistir com essa cirurgia... embora eu tivesse implorando para ela desistir, ela teria mais alguns meses de vida antes do câncer se espalhar, ela poderia ter me visto se formar. — Cristina se mantia séria enquanto contava — minha mãe morreu na mesa de cirurgia, e como minha família é de origem humilde infelizmente não podíamos da com a língua nos dentes.
— Eu sinto muito, não sabia que meu pai causava esse transtorno nas pessoas.
— Não sente, você é igualzinha ao seu pai Chloe. Nos primeiros dias de aula eu não sabia que você era filha daquele monstro que se diz médico, e quando soube, quis te torturar de várias maneiras.
Fico de pé, foi um erro tentar me acertar com essa garota. Abro a porta e dou de cara com mais duas amigas dela.
— Pra onde você vai? Não vai não. — Cristina diz sorrindo. Tento correr, mas rapidamente sou pega pelas duas garotas, uma me pegou pelo pescoço e a outra imobilizou meus braços. — amarrem ela meninas, relaxa Chloe nós vamos nos divertir um pouco.
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Proibido
RomanceChloe é apenas uma garota cheia de sonhos, ela é inteligente e esperta e se deixa levar pelo badboy Eric namorado da sua melhor amiga Cristina. Eric era apenas um garoto quando perdeu seu pai, que segundo ele, o pai de Chloe o matou. Ele se envolve...