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Você só consegue entender uma pessoa de verdade quando vê as coisas do ponto de vista dela.Harper Lee, o sol é para todos.

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Tatiane colocou álcool no meu corte que ela mesma causou, Daniel estava desacordado amarrado sobre a cadeira assim como eu.

Coitado, não merecia isso.

— Cristina disse que já estar vindo. — Suzane diz aliviada.

As meninas voltaram a ligar para o meu pai e marcaram para encontra-lo no refeitório, eu ficaria presa na biblioteca até elas irem embora junto com o dinheiro.

— Não precisamos mais dela. — Tatiane diz. — tenta acordar o mauricinho enquanto eu pego as coisas para darmos um fora daqui.

Suzane concordar e corre para o banheiro, ela volta com uma pequena jarra de água em mãos. Tatiane pegava suas coisas e as guardava na mochila.
Daniel acordou alguns segundos depois de levar a água diretamente na cara, ele me olhou e eu sussurrei que tudo iria ficar bem.

Mesmo não tendo certeza quando a isso.

Tatiane cortou a corda que mantia amarrada sobre a cadeira e deixou somente minhas mãos pressas. Olho para o meu vestido, a qual demorei tanto a escolher e o vejo completamente coberto de sangue.

Suzane faz o mesmo com Daniel.

— Sem gracinhas ou eu meto a faca novamente na sua namoradinha. — Tatiane ameaça Daniel.

Saímos com cuidado do dormitório descendo as escadas devagar para não fazer nenhum barulho, embora minha coxa estivesse machucada, eu sairia correndo o mais rápido que eu pudesse caso conseguisse.

O dormitório estava completamente vazio, a maioria estavam curtindo o baile dos calouros, enquanto eu... estava sendo mantida como refém.

São exatamente três da manhã, em alguns momentos a biblioteca costumava está bem cheia de vários alunos espalhados sobre o local. Mas hoje, o que somente era possível de ver era a escuridão dominada sobre o lugar.

Tatiane e Suazane continuaram nos arrastando até o fim do corredor, elas nos amarram de novo e nos fizeram nos sentar sobre o chão.

— Fica de olho neles enquanto eu busco a grana com pai da patricinha. — Tatiane diz a Suzane que rapidamente concorda com ela.

Com mãos e pés amarrados Daniel e eu não iríamos conseguir ir a nenhum lugar, tudo que nos restava agora seria esperar.

— Desculpe, você não devia está passando por nada disso. — digo me sentindo envergonhada.

— Tá brincando? Já posso colocar no meu currículo que já fui mantido como refém. — ele tentou sorrir, mas rapidamente seu sorriso se desfez. — ela acertou em cheio minha cabeça.

— Tanto que você desmaiou.

Daniel e eu começamos a rir baixinho, não era bem essa ideia de encontro romântico que eu tinha em mente.

— Veja pelo lado bom, podemos contar isso a nossos amigos e filhos no futuro. — Daniel sussurra.

Nem nos beijamos e ele já pensava em filhos, isso aqui foi de 8 a 80 em menos de dois minutos.

Fico sem graça, mais graças a Deus não tivemos tempo para ficarmos sem jeito. O telefone de Suzane tocou e ela correu para longe da gente  finalmente nos deixando sozinhos.

Foi nesse momento que resolvo gritar por ajuda.

— SOCORRO — Grito enquanto tentava me soltar das cordas, mas era impossível.

— SOCORROOO — Daniel e eu gritavamos juntos.

— Não adianta Chloe, acho que ninguém irá nos ouvir.

— SOCORROO!! — Grito inúmeras vezes. Ouvimos um barulho e foi aí que continuei. — SOCORRO, POR FAVOR NOS AJUDE.

Eric surgiu em meio a escuridão, ele estava usando terno sem a gravata e seus cabelos que sempre viviam baguncandos estavam perfeitamente bem alinhados. Derrepente, todo meu medo e angústia desapareceu vendo ele ali.

Ele correu para tentar desamarrar minhas mãos.

— O que aconteceu tampinha? Você está bem?

— Estou — digo, ele me analisou como se quisesse verificar de que eu estava realmente bem.

Eric concordou e soltou Daniel também.

— Suas amigas ficaram te procurando durante a festa, quem fez isso com vocês? — Eric pergunta. Me levanto com a ajuda dele e mal consigo me manter de pé graças a terrível dor que agora era nítido de se sentir sobre minha coxa.

— Cristina e suas amigas. — Daniel responde.

— Ela foi longe de mais. — Eric diz e me pega no colo. Me tirando daquela biblioteca. — não se preocupe, não irei deixar mais ninguém encostar em fio de cabelo seu.

O que ele queria dizer com aquilo?

Embora eu estivesse preocupada com Daniel, ele pareceu estar bem. Tirando a pancada sobre sua cabeça, ele conseguia  andar normalmente.

— Chloe, vou ao meu quarto tomar um banho, você vai ficar bem? — Daniel pergunta e eu concordo.

— Pode ir, obrigada e desculpa toda essa confusão.

— Nos vermos amanhã. — Daniel diz.

Eric continuou comigo em seus braços, eu precisava ir ao hospital e tomar algum medicamento para dor.

— Me trocou por ele? — Eric pergunta enquanto me achávamos seu carro no estacionamento.

— Nós nunca nem começamos um relacionamento Eric. — respondo sendo sincera.

— Por enquanto.

Eric abriu a porta do carro e me colocou sentada sobre o banco com cuidado. Queria entender a cabeça dele, num minuto ele é um grosso e no outro ele é super fofo.

ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora