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Não importa qual seja a verdade, as pessoas vêem o que querem ver.Gossip Girl

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— Sabia que iria passar. — Letícia diz e me abraça em seguida.

— Fiquei com tanto medo. — digo entre o abraço.

— Você é uma ótima aluna Chloe. — Ana diz — não sei porque ficou tão nervosa.

Eu sabia o motivo e ele se chamava Cristina. A confiança dela tirou de mim qualquer chance que tinha se formado na minha cabeça, ela também passou na prova.

— A gente precisa comemorar. — Ana diz empolgada e Letícia a acompanha na mesma empolgação.

— Não quero acabar com a alegria de vocês duas, Eric e eu já tempos planos para hoje. — digo sorrindo igual uma idiota.

— Planos? Que tipo de planos? — Letícia pergunta. — Você sabe que ele namora a Cristina e ela não é de esquecer o que você fez.

— Ele vai terminar com ela. — respondo.

Eric sente alguma coisa por mim, só não admite com palavras certas.

— Chloe se afasta do Eric, ele não presta e é como a Lê acabou de dizer.. Cristina é muito vingativa.  — Ana diz e se senta na minha cama.

Nós três estávamos no meu quarto conversando e contando todas as novidades, era raro Cristina aparecer durante o horário de aula.

— Vocês não o conhecem como eu, ele não é desse jeito.

— Nós nos preocupamos com você Chloe. — Letícia fala.

Eu entendia a preocupação delas, Eric era um mal educado comigo nos primeiros dias de aulas.

— Eu tô bem, não se preocupem. — digo e logo após vejo Cristina adentrar ao quarto com uma cara de raiva, ela joga a mochila sobre o chão e se deita sobre a cama nos olhando em seguida.

— Parabéns Chloe — diz — fiquei sabendo que você também passou. — seu olhar de raiva a poucos minutos atrás havia sumido e só o que era possível de se enxergar era seu sorriso de orelha a orelha.

— Obrigada. — respondo.

Eu e as meninas ficamos em silêncio, apenas olhando o celular e folheando alguns revistas velhas que eu havia trago comigo da minha casa.

— Pelo menos vamos dividir o quarto por mais cinco anos. — ela sorrir mais uma vez. — boa sorte, porque você vai precisar. — Cristina se levanta e entra para o banheiro nos deixando novamente sozinhas.

— Ela sabe de alguma coisa. — Ana cochichou.

— Tipo o que? — Letícia pergunta.

— De você e o Eric. — Ana completa e eu gelo.

.

Que Cristina me odeia não é novidade, mas saber de mim e do Eric me assustava. Eric e eu não tínhamos nada e o que rolou entre nós foram apenas três beijos que eu jamais pretenderia esquecer.

Eric me convidou para a sua casa.

A casa dele ficava fora do campus e era bastante muito bonita, tinha uma enorme piscina bem na frente da casa e três andares. Chegava a ser engraçado, porque ele não era como os outros estudantes, ele não vivia no campus, ele tinha um quarto no dormitório mas quase não fica por lá.

— Sabe cozinhar tampinha? — ele pergunta e eu faço um sinal de mais ou menos com as mãos.

— Meus pais nunca me deixavam chegar na cozinha ou seja, nunca aprendi a cozinhar uma coisa mais elaborada. — digo.

— O que acha da gente fazer uma pizza? Ou macarronada, quem sabe uma lasanha.

— A pizza parece ser uma boa ideia.

Eric abre os armário e tira de lá os ingredientes e algumas tigelas.

— Hoje tampinha... você vai botar as mãos na massa. — diz e em seguida joga o saco de trigo na minha direção, agarro o saco assustada e o vejo gargalhar.

Depois que Eric preparou a massa, ele me deixou decorar com molho, queijo, calabresa e entre outras coisas.

Ele colocou a pizza para assar no forno e nós dois ficamos sentando sobre o balcão da cozinha.

— Me fala sobre você. — dou um soco de leve em seu ombro.

— O que quer saber sobre mim tampinha? — ele pergunta me olhando.

Tudo!

— Seus pais, como veio parar aqui, o que te motiva, seus lugares e comidas favoritas. — Eu estava empolgada, Eric me fascinava de uma maneira que para mim ainda era desconhecida.

— Meu pai morreu quando eu tinha dez anos e minha mãe vive viajando a trabalho, mais sempre que pode ela passa um tempo comigo.

— Seu pai morreu de que? — minha curiosidade as vezes era bastante invasiva.

— Ele foi morto por um canalha. — me senti uma idiota por ter perguntado uma coisa tão pessoal, Eric pareceu triste por tocar no assunto que parecia o deixar ainda abalado. — não vale a pena nem ser mencionado. — ele diz e tenta sorrir. — mas e você??

— Ah, meus pais são muitos reservados... mesmo meu pai sendo quem é, ele não gosta que eu apareça para o público. — respondo.

— Eu vi algumas matérias sobre sua família. — Eric diz e eu fico surpresa.

— O que descobriu sobre nós apenas olhando as matérias?

— Seu pai Leandro Felipe é um homem muito famoso e aparentemente todos os conhece como um ótimo médico. — Era estranho falar do meu pai com outra pessoa, ainda mais com Eric. — alguma vez ele cometeu algum erro com um paciente?

— Não, meu pai nunca cometeu erros. — digo.

— Você não sabe.

— Meu pai pode ser tudo, mais nunca cometeu erros com os pacientes dele.

De repente, o clima pareceu ficar um pouco estranho e eu não entendia o motivo. Eric se levantou do balcão da cozinha e foi checar se a pizza estava pronta.

Pego o saco de trigo e jogo um pouco na direção dele, Eric usava uma camisa preta e o trigo deixou sua camisa completamente suja nas costas.

Começo a gargalhar igual uma louca e vejo ele limpando as costas.

— Não devia ter feito isso tampinha. — Eric pega um pouco do trigo e o joga em cima de mim me deixando com a aparência igual a de um fantasma.

— Você é ridículo. — digo e logo em seguida gargalhamos juntos.

ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora