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Isso é um bom sinal, ter o coração partido, quer dizer que a gente tentou alguma coisaElizabeth Gilbert. Comer, rezar e amar.

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As meninas me amarraram e colocaram um pano junto com uma fita sobre minha boca, Cristina digitava algo sobre o celular bastante sorridente.

— Preciso que fiquem aqui de olho nela. — ela diz para as meninas. — Tenho que ir ao baile para não levantar suspeitas.

— E se alguém aparecer? — a garota loira pergunta roendo as unhas.

Cristina sorrir e toca em meu ombro antes de dar as ordens.

— Prendam junto com a Chloe, simples. — diz e sai do quarto sem olhar para trás.

Esperei tanto por esse dia, só para ser arruinado por uma mera coincidência do destino. Eu não tenho culpa das ações do meu pai e das mortes que ele causou, mas parece que as pessoas não entendiam isso.

Apenas quero estudar e ser uma garota como qualquer outra.

— Espero que ela não demore. — a garota loira disse. — sorte que ela prometeu pagar uma ótima bolada.

Arqueio as sobrancelhas e tento entender que tipo de bolada seria essa.

— Já sabe quanto vai querer suzane? — a outra garota pergunta para a loira, que parece se chamar Suzane.

— Nada de nomes Tatiane. — após dizer isso Suzane tampa as mãos com a boca reprovando a sua atitude.

Eu me debatia tentando me soltar e sair dali a qualquer custo, talvez Eric ou as meninas vão sentir minha falta e irão me procurar.

— Você não ouviu isso Chloe. — Tatiane agarra meu cabelo fazendo meu pescoço ir para trás.

— Cristina disse para não tocarmos nela. — Suzane diz.

— Foda-se o que a Cristina disse. — Tatiane agarra ainda mais com força meus cabelos. — ela só quer fazer uma vingança ridícula contra o pai da Chloe e arrancar dinheiro do velho.

— E o que você quer fazer?

— Pegar a grana e da um fora daqui antes que sejamos pegas.

Então era esse o plano, me prenderem para pedi o resgate ao meu pai? Que coisa mais sem pé nem cabeça, a começa que elas estão me fazendo de refém no meu quarto com várias outras pessoas no mesmo andar.

— Concordo com você, Cristina só quer vingança e também só quer ficar o Eric. — Suzane diz, enquanto pegava meu celular em cima da escrivaninha. — Qual a senha? — ela me pergunta e eu balanço a cabeça em negativo.

Tatiane parecia ser a mais louca entre as três, ela sacou um canivete e o colocou sobre meu pescoço me perguntando pela senha mais uma vez. Ela tirou a fita da minha boca e pressionou o canivete sobre meu pescoço.

— 3729 — respondo sentindo medo.

— Boa garota. — Tatiane deposita um beijo sobre minhas bochechas e eu me sento enjoada com tudo aquilo.

Nunca pensei que passaria por algo assim graças a popularidade do meu pai, depois de hoje faria o possível para me manter afastada de seus planos.

Talvez Cristina seja a tal pessoa que anda sabotando o meu pai.

— Vamos procurar pelo papai Leandro Felipe na agenda de contatos. — Suzane  diz. Após achar o número, Suzane liga para ele que não demorou muito a atender.

— Alô, filha? — meu pai diz do outro lado da linha.

— Chloe tá ocupada no momento — Suzane diz. — vamos direto ao assunto, eu quero trezentos mil dólares para liberamos a Chloe em segurança.

— Quem tá falando? — meu pai pergunta. — isso é algum tipo de brincadeirinha... é bom que saiba que isso não tem a menor graça.

— Você terá uma foto como prova. — Tatiane responde — tem duas horas para arrumar o dinheiro, bye bye Doutor.

As olhos espantada.

— Meu pai não tem esse dinheiro assim fácil. — digo.

— Ele tira do banco, esqueceu que seu pai é dono de uma fortuna?! — Suzane diz e após dizer isso alguém bate na porta.

Tatiane corre até mim colocando novamente o canivete sobre meu pescoço, 'sem gracinhas.' Ela sussurrou para mim.

— Chloe, você já tá pronta?? — Daniel pergunta do outro lado, meu coração se acelera em saber que ele não se esqueceu de mim e que talvez tivesse uma chance de eu sair dessas duas loucas.

— Tô aqui dentro Daniel. — respondo sentindo aquela maldita faça arranhar a pele fina do meu pescoço.

— Diga que ele pode entrar. — Tatiane responde.

Suzane o esperava ao lado da porta com um vaso em mãos, balança a cabeça em negativo.

Não poderia deixar que Daniel se machucasse por minha causa, ele não tinha nada a ver com isso.

Tatiane enfiou a faca sobre minhas coxas me fazendo gritar de dor e foi aí que Daniel abriu a porta pelo desespero dos meus grito e é surpreendido com um vaso na cabeça.

Daniel cai sobre o chão, vê-lo daquele jeito me fez chorar e gritar ao mesmo tempo pela dor.

— Feche a porta antes que mais alguém venha. — Tatiane ordena.

Enquanto Suzane fechava a porta, Tatiane tampou novamente minha boca com fita.

ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora