C A P Í T U L O 18 △ POR LEO

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A bebida que corria pelas minhas veias me deixava fora de mim, mas eu estava consciente. Eu bombardeei rápido demais dentro daquela garota, minha pulsação estava elevada e os jatos de minha liberação foram tão intensos que gemi alto demais. Ela gemeu alto também, bebemos juntos, trepamos juntos.

            Enquanto caminhava cambaleando até a faculdade, encontrei Scott e Chloe juntos. E quando clareei minha visão, pude vê-los se beijando. Meu corpo estremeceu e um sentimento novo passou pelo meu ser. A raiva foi canalizada e eu estava quase indo bater em Scott. Mas ele foi embora rapidamente. Meu pés pareciam de borrachas, mas fui até o quarto de Chloe com raiva nos olhos.

            Assim que ela abriu a porta, ela parecia tão branca e assustada ao me ver que eu até pensei se ela tinha visto um monstro. Ou eu era o monstro.

— Leo — ela sussurrou assustada.

            Aproximando da porta, cambaleei ao empurrá-la pra dentro do quarto e fechando a porta atrás de mim. Eu a fuzilava com o olhar.

— Satisfeita por eu não ser o único que te beijou?

            Franzindo a testa, ela enrijeceu os ombros.

— Você viu — ela confirmou.

— É, eu vi — reagi. — Sabe o quão ridícula você é, Chloe?

            Ela ergueu as sobrancelhas e cruzou os braços.

— Nossa, Leo! Obrigada, mais alguma coisa?

— Sim, você é uma verdadeira puta — gritei.

            Senti a ardência na bochecha e o barulho do tapa da Chloe na minha cara.

— Você é ridículo — ela disse com nojo. Sua voz estava tremula e os olhos cheios de lágrimas. — Você é patético, Leo.

— Sou, é?

— É! — ela gritou ao se afastar de mim. — Eu era a puta que você estava comendo no meio da rua? Porque, pelo o que eu saiba, você estava aproveitando bastante.

— Você viu — concluí.

            Chloe me olhava estupefata.

— Você está bêbado — ela disse, mas uma lágrima caiu em seu rosto. Quando tentei aproximar, ela deu um passo pra trás. — Não.

            Derrotado, encostei as costas contra a porta e a observei limpar as lágrimas.

— Me perdoe, Chloe... ver você com Scott me fez perder a cabeça.

— Você transar com várias garotas da faculdade não me fez te chamar de mulherengo — ela soluçou. — Não me fez te acusar de suas ações. E muito menos “perder a cabeça”. Sabe por que?

            Ela aproximou e murmurou com nojo:

— Porque eu te respeitava como um amigo.

— Como assim? — perguntei depressa.

            Chloe afastou rapidamente quando fui até a ela.

— O que isso quer dizer, Chloe? — a segurei pelos braços.

— Não. Me. Toque.

            Deixei minhas mãos caírem nas laterais do meu corpo e precisei orar para não ouvir o que achava que ela iria dizer.

— Saia do meu quarto — ela murmurou ao se abraçar. — Agora!

— Chloe...

— Eu não quero mais te ver — ela disse entre dentes. — Eu não quero saber de você!

            Arregalando os olhos, eu me desesperei:

— Chloe...

— Saia! — ela gritou me empurrando para fora.

            Estava desnorteado, bêbado e zonzo. De repente, tudo pareceu um blackout e cai duro contra o chão.

            Acordando com uma dor de cabeça enorme, eu encolhi os olhos por conta da claridade. Eu estava no meu quarto, mas como eu parei ali? Sentindo dor pelo corpo inteiro, notei que estava com a roupa trocada. Sentei na cama devagar e gemi ao sentir dores. Encontrei os olhos de Alex, me encarando e estudando-me. O que eu fiz? Merda, vou levar uma bronca.

— Eu queria te bater agora mesmo, Crawford — ele disse ao olhar os dedos, formando um punho com a mão.

— Acho que eu aceito isso — gemi, apoiando os cotovelos na perna e coloquei a cabeça entre as mãos.

— Você se lembra de ontem?

— Flashes, apenas isso — suspirei.

            Notei que Alex se surpreendeu já que sempre lembro quando fico bêbado. Mas logo os flashes vieram e vi Chloe. Rapidamente eu arregalei os olhos e olhei para ele, me levantando.

— O que eu fiz, Alex? — quase gritei de desespero. — Como vim parar aqui?

— Chloe me ligou quando você apagou — ele disse ao se levantar. — Você é pesado e uma garota como a Chloe não conseguiria te levantar sozinha.

            Franzindo a testa, ele continuou:

— Encontrei Chloe sentada e encolhida com os olhos vermelhos — ele falou baixo. — Ela estava triste e decepcionada. Pediu que o levasse dali e eu o fiz.

— Com o que ela estava triste? — Meu corpo tremeu.

— Vocês discutiram — suspirou. — Você viu que Scott e Chloe se beijaram e surtou. Você disse coisas...

— O que? — gritei. — Pelo o amor de Deus, Alex...

— Você a chamou de puta e isso a quebrou! — ele gritou depois de mim. — Ela não quer te ver, cara.

— O que... mas eu... eu preciso vê-la — falei rapidamente saindo do quarto. Minhas mãos tremiam.

— Leo — escutei Alex me chamar.

— Leon — escutei a voz do meu pai, firme e dura. — Você não vai.

— Mas... pai...

— Meu filho, você vê o que acabou de fazer? — ele franziu a testa. — Chloe é uma garota de ouro, Leonard. E você a deixou escapar.

            Ouvir aquilo fez meus olhos arderem.

— Eu não posso perde-la, pai — sussurrei ao sentir a lágrima cair.

            Caindo sentado no chão, eu trouxe meus joelhos pra perto e apoiei os cotovelos novamente na perna pra colocar a cabeça entre as mãos. O desespero, culpa e dor me corruíra. Passei a mão pelo cabelo, agarrando, amassando, despenteando... eu chorava de soluçar. Quando meu pai veio até a mim, eu solucei:

— Oh, Deus... eu a perdi. Eu perdi a Chloe! O que eu vou fazer?

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Sim, eu chorei ao escrever esse capítulo... don't kill me! kisses x

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