i do ♡ 2jae

2.9

oi oi oi! a gente sabe que faz um tempão desde a ultima att então correndo contra o tempo antes que alguem case ou apareça com filho, veio aí a quase finale de I Do!! tá chegando pessoalllll

rápida retrospectiva: 2jae bem namoradinho sim senhor > a sogrona bate na porta

boa leitura!

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Im Minjung era conhecida por ser uma mulher de presença marcante.

Os cabelos sempre bem arrumados, roupas ajustadas à sua silhueta esbelta e o olhar intenso – que Jaebeom herdou – atraíam a atenção em qualquer ambiente que estivesse. Era uma mulher naturalmente ríspida, com uma língua mais afiada que uma faca, sempre com uma resposta guardada na manga nas situações mais inusitadas que pudessem vir a acontecer. Mas pela primeira vez em muitos anos, as palavras não tinham resposta alguma àquela situação. 

O pedido de divórcio feito por Jonki lhe pegou de guarda baixa. Foi durante um jantar, numa quarta-feira meio acinzentada como qualquer outra na vida conturbada que estava confortável em seguir, que ele largou o prato de comida e anunciou que iria custear os gastos com advogados e tudo mais que fosse necessário para dar um ponto final naquele relacionamento. "Só quero dar um fim às coisas antes que fiquem feias, em respeito à nossa história", foi o que ele havia dito quando a mulher, surpresa, perguntou o porquê de aquilo estar acontecendo de maneira tão abrupta.

Naquela mesma noite, enquanto Minjung lidava com a falta das palavras, ele saiu do quarto que dividiam e na semana seguinte saiu da casa definitivamente. Alugou um loft perto do escritório de advocacia que trabalhava há quinze anos e aparecia às vezes na casa antiga só pra cuidar da pequena horta improvisada porque sabia que a futura ex-mulher não faria a tarefa.

Não houve gritos, nenhuma discussão acalorada, corações partidos ou lágrimas. Isso meio que confirmou para Jonki sua decisão.

Minjung não sabia o que sentir. 

No fundo do peito, já sabia que o seu casamento já tinha acabado há tempos, mas ainda assim não imaginava que o marido simplesmente iria embora. Ela acreditava que eles sustentariam a relação já estabelecida pelo resto da vida, assim como todos os amigos que tinham, ainda que fosse apenas para dizer que estavam ali um do lado do outro. Um divórcio seria a gota d'água para a imagem que os Im tinham. O escândalo do casamento de seu filho já tinha os deixado em maus lençóis, o que dirá ser uma divorciada recém-chegada aos sessenta anos.

Fora que, ela ainda estava em choque com a situação toda. Era como se estivesse observando tudo ruindo como uma espectadora, não uma personagem principal. Tentava revisar em sua cabeça onde havia perdido o controle de tudo, sem se dar conta que o motivo da ruína era exatamente esse: sua personalidade controladora, que por ironia, era presa ao que as outras pessoas iriam pensar.

Apesar de ter formado uma família cedo, se consolidou como um grande nome na arquitetura local. Aplicava as medidas perfeitas que havia aprendido com a profissão em seu lar. Jaebeom, seu filho único, lhe saiu bem ainda que tivesse o ar de aventura que seu marido sempre carregou nos olhos. Quando esse olhar se apagou, ela soube que algo estava errado.

O vazio que lhe acometeu com a partida de Jonki era devastador. A casa não era mais preenchida com as melodias que ele murmurava enquanto regava as plantas, não tinha mais cheiro de café que ele sempre passava as tardes e a poltrona ocupava um espaço ridiculamente gigante na sala agora que passava os dias ociosa. Os almoços no domingo não eram mais elaborados. Ela não tinha mais um olhar acalentador direcionado para si antes de dormir, nem ninguém lhe ajudaria a tomar decisões de cores em seus projetos. Mas a parte que mais lhe doía era o fato de que não era devastador da forma que deveria ser. Ela só sentia falta de uma pessoa agradável como Jonki era, não necessariamente estava com o coração partido pela perda de um grande amor ou nada desse tipo. Aquela realização fazia com que se sentisse constantemente sufocada.