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Jaebeom havia ido dormir as três da manhã daquela sexta-feira, – ou ele deveria considerar sábado? – logo, a última coisa que planejava fazer naquela manhã nublada e fria, perfeita para esquecer que o mundo lá fora existe enquanto assiste algo bobo na tv tomando chá, era arrumar a casa.

Sim, Bambam e seu maldito bom humor matinal acompanhado do instinto de decorador haviam batido em sua porta as 10 da manhã, o que era praticamente madrugada para Jaebeom, que lutou muito para conseguir largar o aconchego da cama para dar atenção ao amigo.

Maldita seja essa fase fitness e good vibes do tailandês, que agora acordava de madrugada para caminhar e fazer sabe-se lá o quê.

Inicialmente ele havia ido lá só para dar um oi mesmo, mas ao adentrar o apartamento do moreno teve praticamente um chilique com a bagunça. Ele ia ficar só no sermão se ao chegar perto da estante não tivesse visto uma foto de Inhyung no meio dos porta-retratos ali.

— Im Jaebeom, o que significa isso?! – indagou histérico com o porta retrato em mãos. — Levante agora, precisamos purificar este lugar!

Bem, aquilo pegou o moreno de surpresa.

Com todos os acontecimentos recentes, ele ao menos lembrou – ou teve tempo de prestar atenção – da foto da mulher ali entre as fotos da família. Um arrepio percorreu por sua espinha ao olhar a imagem. Se lembrava exatamente de como foi registrar aquele momento.

Fechou os punhos com força e se levantou de uma vez para pegar o porta-retrato e jogar na lixeira da cozinha.

— Você tem razão. Preciso me livrar de muita coisa aqui. – disse determinado quando voltou a sala e o amigo apenas assentiu em resposta.

[...]

— Seu ingrato, eu te dei isso de presente em 2014 e ainda tá na caixa. – Bambam reclamou.

— Não é como se eu fosse usar incenso todo dia, né? – justificou.

A melhor parte de arrumar qualquer bagunça é sentar e ver aquela coisa que você não usa faz séculos e não joga fora porque tem um certo apego. Os dois já estavam ali no chão do cômodo em meio a bagunça decidindo o que jogar fora, o que repassar e o que ficaria de fato ali.

Havia uma caixa ali no meio com as coisas que foram dadas por sua ex-noiva ou que lhe lembravam ela, Bambam havia dito que deveriam ser separadas para "um ritual" no fim do dia. Ele resolveu não questionar, mas pelo que conhecia o amigo provavelmente iriam queimar usando Bad Romance de trilha sonora.

— Há, olha isso! – o tailandês apontou para a polaroid. — Porque diabos você ficou loiro? Quem incentivou essa tragédia capilar? – perguntou entre risos.

— Hey! Me pareceu uma boa ideia na época, tá? – se defendeu. — Lembra quando você ficou loiro também? Aquilo sim foi uma tristeza. – retrucou e Bambam fez um biquinho por uma fração de segundos.

— Queria que Mark estivesse aqui pra eu reviver aquele cabelo de miojo dele. – suspirou. — Falando nisso, onde ele tá?

— Ele provavelmente jogaria na nossa cara que foi o único que combinou com o cabelo loiro. – observou. — Eu falei com ele ontem e ele disse que ficaria ocupado o dia inteiro. Provavelmente dormindo.

— Ah, entendi. – o mais novo assentiu. — Estou com fome, o que tem aí pra mim? – se levantou indo em direção ao armário. – Porra Jaebeom, não tem nem pão aqui. – abriu a geladeira em seguida encontrando apenas um jarro de água. — Você tá passando fome?

— Fiquei com preguiça de fazer as compras ontem e só pedi um delivery. Me perdoe, madame. – ironizou.

— Não acredito que eu vou ser obrigado a mandar o Jackson comprar algo pra mim. – falou em um falso tom de indignação, pegando o celular de um dos bolsos. — Você não se importa dele vir almoçar com a gente, certo?

i do ♡ 2jaeOnde histórias criam vida. Descubra agora