i do ♡ 2jae

2.2

Youngjae não escrevia um diário, mas tinha certeza de que, se escrevesse aquele dia, estaria intitulado como "pior dia ever".

Duas semanas haviam se passado desde que Jaebeom tinha voltado para casa — mesmo que ele passasse tanto tempo ali, que nem parecia que tinha de fato ido. E desde o dia da mudança o Choi roía as unhas em ansiedade para ver a mãe do rapaz.

Jaebeom tentou lhe acalmar diversas vezes, dizendo que daria tudo certo e que seria tudo muito bom e divertido, sempre tratando de o distrair com beijos no fim da conversa.

E, apenas para conhecimento geral, o Im havia adquirido uma outra mania, essa muito apreciada pelo Choi: aqueles apertos firmes em suas coxas quando se beijavam.

Não que o mais novo ficasse muito atrás, descobrindo também o quanto era agradável arranhar a pele do namorado sob a camisa, sentindo Jaebeom sorrir entre o beijo e ele próprio sorrindo também.

Jackson dizia que os dois pareciam adolescentes com hormônios explodindo, mesmo que ainda não tivessem feito nada demais.

Todos aqueles beijos quentes demais conseguiram seu objetivo em distrair o mais novo, e Youngjae até tentou se convencer de que tudo ficaria bem enquanto Jaebeom dirigia com um sorriso no rosto até a casa de sua mãe quando o dia chegou.

Infelizmente para o Choi tudo de positivo que poderia sentir em relação àquela visita foi por água abaixo quando, assim que abriu a porta e deu de cara com o filho o abraçando de lado, a mulher perguntou com a testa franzida:

— Quem é você?

Youngjae teve vontade de enterrar sua cara na neve naquele momento e Im sentiu-se desconfortável com o tom de sua mãe.

— Oi pra você também, mamãe. — Jaebeom forçou um sorriso. — Esse é Choi Youngjae, meu namorado. Jae, essa é minha mãe, Minjung.

Youngjae estaria mentindo se dissesse que não precisou se controlar muito para não começar a tremer naquele momento. Ser apresentado como o namorado realmente era de deixar qualquer um nervoso.

— É um prazer, Minjung. — o Choi se curvou em respeito à mais velha que fechou a cara para si.

— Senhora Im pra você. — o corrigiu sem nem mesmo se importar em fingir não estar desgostosa.

Claro que o mais novo quis entrar no carro e dirigir ele mesmo para casa, mesmo que não soubesse nem como ligar o automóvel, mas mesmo assim sorriu e assentiu.

Ele nem precisou entrar na casa para sentir que o restante do dia seria uma droga. Minjung não fez a menor questão de dar atenção a si, quase como se não estivesse ali, abraçado a seu filho.

Quando o pai de Jaebeom chegou, Youngjae achou que suportaria aquilo até o fim da visita, mas foi nesse ponto que a mulher começou a falar com o marido, totalmente alheio, sobre "sua filha postiça" e que "ninguém nunca vai substituir ela" assim que Jaebeom apresentou o namorado.

— Você viu que ela cortou o cabelo, Jae? — perguntou ao filho. — Eu vi no Facebook, ela 'tá linda.

O Im mais novo pressionou os dedos em suas têmporas.

— Mãe, você pode parar com isso? — pediu irritado em certo ponto.

— Ah, perdão, Jae. — riu. — É que ainda não acredito que deixou alguém como ela escapar.

Youngjae apertou o tecido da blusa de Jaebeom inconscientemente.

— Vamos embora. — Jaebeom disse para o mais novo.

— Mas já? — Minjung se intrometeu.

— Deixa o garoto, Min. — o Im mais velho finalmente se pronunciou. — Se eu pudesse também iria embora. — completou, num tom que Youngjae não soube se era brincadeira ou não.