Pode se ouvir da sala do trono um grito estridente. E na sala do trono pode se ver xicaras sendo arremeçadas às grossas pilastras. Pode se ver o trono de mármore de forma côncava e estatura baixa vazio pois Bárbara está ocupada demais andando de um lado ao outro, para completar sua peça dramática.
-Bando de - ela se controla. Não são os guardas á que ela deve xingar - maldito Jackie, malditos Rigbys malditos! Ao raio que o parta!- berra escandalosamente.
Pâmela apenas observa com certo receio. Ela realmente não é fácil de se lidar quando nesse estado, mais do que o normal.
-Quem estava responsável por servir os recrutas?
-O criado bella mas ele foi encontrado morto esta manhã. Tivemos dois servos mortos e uma escrava desacordada na cozinha.
Ela suspira.
-Obrigada. Obrigada por serem um bando de incompetentes! Saiam daqui!
Anda pelos corredores depressa. Talvez por prudência ou por estarem ocupados em outros afazeres, não havia ninguém pelo corredor principal.
-Minha senhora fique calma, por favor!
-Eu não te permiti falar!- ela berra, a fazendo encolher. Bárbara suspira tentando manter a calma.
-Obrigada, Pâmela. Você não pode fazer nada por mim, apenas vá pedir à alguma daquelas carmesianas um remedio... Não! melhor não. Apenas va preparar o meu banho! Nem tivemos tempo pra isso.
-Sim, minha senhora. - Ela diz desgostosa. Faz uma mesura e segue caminho oposto. Bárbara atravessa o corredor com desgosto, pois sente que as estátuas de mármore dos heróis zombam de sua nova derrota. Vai á varanda olhanso as nuvens do amanhecer. Ela respira o ar frio. A vontade de se jogar nunca foi tão grande. O seu estômago dói profundamente, mas não mais do que o do homem que a espiona sorrateiramente. Lance sai do corredor principal e vai descendo as escadarias até a ala de recrutas. Ele quer chorar, o que ele se tornou? Como pode ir tão baixo? Além de traidor é agora assassino.
Bate da porta, e Derick abre, de camisola. Enxugava os olhos.
-O que foi escravo?
-É tão difícil lembrar o meu nome?
Ele entra ao passo que Derick fecha a porta e vai se jogando na cama. Sente o corpete lhe apertar quando o faz.
-Eu espero ganhar minha liberdade.
-Você foi bem longe por ela, eu vou cumprir minha parte. Se for pra desonrar minha palavra eu poderia só ter te forçado e cortado sua lingua para não falar com ninguém.
-Levantaria suspeitas.
Derick vira-se sorrindo escarnecedor.
-Eu nunca sou pego. Nunca. - retira da gaveta da escrivaninha uma garrafa de madeira com desenhos de grifo grafados e serve em um a taca de bronze em cima do móvel.
-Vem, beba comigo.
-Eu passo.
Derick toma o seu copo e bebe.
-Viu? Sem veneno. - diz limpando a borda da taça e entregando para o escravo que bebe lentamente.
-Enfim. Quando Bárb se acalmar, eu vou comprar você.
-Vai se foder, isso não estava no combinado.
Derick o cala com um tapa em seu rosto.
-Você tá começando a abusar.
-Me desculpa, senhor.
Derick sorri pleno.
-Como eu ia dizendo, vou comprá-lo, ai poderei libertar você sem qualquer suspeita.
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A Charada Do Omicron: A Colecionadora De Conchas
FantasyE se em um dia fatídico você acordasse em um local estranho com o corpo repleto de hematomas? E se não reconhecesse as pessoas que ama? E se para completar, percebesse que quanto mais sabe sobre sua vida, menos queria saber enquanto se descobre com...