Capítulo 5

254 21 1
                                    

6 anos antes.

Quando vi que o teste de gravidez deu positivo entrei em pânico. Como eu posso cuidar de uma criança? Mal terminei o ensino médio e tenho que ir para faculdade. Vi minha vida cair ladeira a baixo, como se tudo que vim construindo nos estudos e sonhos para o futuro tivessem caído de paraquedas e não iriam mais voltar.

Minha vó me disse para me acalmar e que no próximo vôo de Las Vegas para Califórnia iria vir.

Quando me dei conta, na madraduga daquele dia ouvi batidas na porta.
Fui até ela e à abri vendo minha vó com um olhar preocupado. Vê-la na minha frente me fez chorar e corri para abraçá-la.

ㅡ Calma filha, eu tô aqui. ㅡ Ela disse tentando me acalmar fazendo carinho na minha cabeça em um abraço.

ㅡ Vó eu acabei com a minha vida. ㅡ Falei saindo do abraço em prantos. ㅡ Acabou, eu quero morrer.

ㅡ Não diga isso, você não vai morrer. Sei que não é o melhor momento para ter um filho, mas você precisa assumir suas responsabilidades.

ㅡ Vó eu não consigo nem cuidar de mim mesma. Olha o que eu fiz!

ㅡ Amanhã nós vamos em um ginecologista obstreta para ter certeza.

No outro dia pela manhã faltei a aula para ir ao ginecologista, minhas mãos tremiam enquanto esperava ser chamada sentada em uma cadeira e minha vó ao meu lado. Há 1 hora tirei uma amostra de sangue para fazer o exame de grávidez. Na minha cabeça não se passa nada além do medo de eu realmente estar grávida.

ㅡ Maya Lopez! ㅡ Escutei uma mulher me chamar pela porta do consultório.

Olhei para minha vó com medo.

ㅡ Vamos. ㅡ Ela levantou da cadeira puxando minha mão.

A segui até o consultório.

A médica loira me olhou com um sorriso simpático.

ㅡ Bom dia. Sentem-se.

ㅡ Bom dia. ㅡ Minha vó cumprimentou.

Não falei nada. Minha mente não para de girar de aflição.

ㅡ Então Maya, seus exames saíram e constam que você está grávida.

ㅡ Sério mesmo?

ㅡ Sim, você está no início da gestação. Isso é bom para você já poder começar o pré-natal. Como ainda tem apenas 17 anos é necessário um cuidado redobrado

ㅡ Eu... Eu ㅡ Gaguejei.

ㅡ Calma querida. ㅡ Minha vó apertou minha mão com carinho fazendo meus olhos encherem de lágrimas. ㅡ Está tudo bem, eu vou estar ao seu lado, não precisa ter medo.

ㅡ Eu sei que a sua neta deve estar em choque pela gravidez, talvez seja bom dá um tempinho pra ela se acostumar melhor com essa ideia.

Saímos do consultório.

ㅡ Você precisa falar com o seu namorado.

ㅡ Não vó, não dá.

ㅡ Ele tem que saber é direito dele como pai. ㅡ Insistiu.

ㅡ Nós não estamos mais juntos.

ㅡ Quando isso aconteceu? Por que não me disse?

ㅡ Eu não quero falar disso vó, não agora, por favor...

Durante a noite eu não parava de pensar na ideia de ter um filho. Acordei cedo e determinada à tentar resolver essa situação.

Eu não posso desistir tão fácil assim do Henry, talvez agora as coisas sejam diferentes e ele me apoie, afinal ele é o pai.

Um Contrato por AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora