5 - O beijo

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Olá de novo, boa leitura <3

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No dia seguinte, Seokjin conseguiu convencer Namjoon a adiar a visita de Soobin ao orfanato. O acizentado não contou, mas teve que fazer um grande esforço para os assistentes sociais não virem bater na porta deles, já que, Soobin não podia ficar muito tempo por ali.

Seokjin disse que precisava mais que uma noite para pensar sobre a proposta que o Kim mais velho o tinha feito. O que de fato não era mentira, mas a realidade era que Seokjin não queria sair de perto de Soobin, não queria o levar para aquele lugar e correr o risco de nunca mais o ver.

De toda forma, depois de Namjoon ter acatado o pedido, Seokjin apenas passou o dia em casa junto de Soobin. Ele ligou para Donghae inventando uma desculpa qualquer para faltar o trabalho e assim fez.

Na verdade, foi um dia muito feliz. Seokjin brincou com o garotinho por toda a casa, o deu banho na piscina que tinha nos fundos do terreno e até mesmo Namjoon se juntou a bagunça dos dois. O homem que era conhecido por seus amigos pelo seu vício em trabalho, deixou os documentos de lado e passou boa parte da tarde jogando futebol com Soobin pelo gramado.

Seokjin assistiu os dois a tarde inteira com um sorriso no rosto e preparou várias comidas gostosas durante o tempo que Namjoon o falou que iria tomar um banho e aproveitar para dar em Soobin também para tirar toda a grama e a lama que estava neles.

Com o entardecer, os três se sentaram sobre a clichê toalha vermelha quadriculada e comeram bolos, frutas, pães, sucos e docinhos. Seokjin por um momento parou para pensar que poderia viver todos os dias com essas situações.

Seu coração parecia dançar em seu peito, todas as vezes que via Namjoon pegar Soobin no colo e limpar a boquinha babada, o colocar em seu pescoço e correr com ele vendo o sorriso feliz nos rostos de ambos ou as cosquinhas que o acizentado fazia no nenê que faziam o som da risada dos três ecoar por toda aquela casa.

Era fácil ser feliz ali, era fácil olha para aquilo, olha para.... eles e chamar aquilo de lar. Família? Felicidade? Quantos mais adjetivos passaram pela cabeça do Kim naquele momento?

Séria fácil entregar Soobin ao um orfanato, recusar a proposta de Namjoon e seguir sua vida correndo em editoras e recusando as investidas de Donghae depois de tudo isso?

Não! Definitivamente não seria! Não séria nem para ele, nem para Namjoon.

O acizentado sempre foi um homem sério, sem festas, sem relacionamentos, sem contato com crianças, apenas trabalho e acabou.

Mas veja só agora, um homem e um garotinho moravam a pouco menos de uma semana naquela casa gigante, casa essa que desde que mandou construir sempre foi cinza e silenciosa. E agora? Tem barulho, choro de criança, aonde vai encontra um objeto fofinho colorido e tudo cheira a eles.

Namjoon também não saberia sair mais daquela rotina. Dizem que se acostumar com o bom é fácil, difícil é se acostumar com o ruim e isso é completamente verdade.

Então convenhamos, como você se sentiria de um dia estar correndo com um bebê rindo para você enquanto o homem mais lindo que você ja colocou os olhos o observa com um sorrisinho lindo nos lábios e no outro simplesmente o mais puro silêncio com ternos cinza, casa cinza, carro cinza, emprego cinza e dia cinza.

Sem sorrisos, sem alegria, apenas mais um dia igual o outro.

Tudo na vida de Namjoon sempre foi cinza, até seu cabelo era cinza, então de repente tudo se transformou em azul como os brinquedos de Soobin e rosa como os pijamas fofinhos que Seokjin usava para dormir.

O Destino e o Bebê | KNJ • KSJ [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora