23 - Reconciliações E Música Clássica.

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Sai da ponte correndo, cega pelo ódio. No meio do caminho eu esbarrei em algumas pessoas mas nem olhei para atrás. Até eu esbarrar em alguém que me segurou.

—Ei, ei, vai com calma. Vai acabar atropelando as paredes assim. —Theo disse me segurando.

Como eu não olhei para ele, ele levou uma mão ao meu queixo levantando meu rosto.

—Me desculpa. —Eu falei com as lágrimas ameaçando cair.

—Meu merlin, parece que toda vez que eu te ver essa semana você vai estar chorando. Só me diz que não é por causa do Riddle, por favor. —Ele falou cerrando os olhos.

—Não é por causa do Riddle. —Eu disse dando um sorriso falso.

—Você até que mente bem, pena que eu te conheço. —Ele disse pegando no meu rosto e roçando nossos narizes.

—Eu odeio ele. —Eu falei fechando os olhos e deixando uma lágrima escorrer.

—Eu sei que você tenta não sentir nada. Sei que tentou se manter longe quando ele se afastou e sei que é difícil amar alguém que não pode te amar de volta. Mas você precisa tentar mais um pouco. Me perdoa ter surtado. Eu não suportaria se acontecesse alguma coisa com você e eu não tivesse feito nada. Eu te amo e vou estar aqui para você. Para sempre. —Ele disse enxugando as lágrimas do meu rosto.

—Eu te amo, para sempre. —Eu disse e ele me abraçou.

—Vem, vamos para o seu quarto. —Ele disse pegando na minha mão.

Nós fomos até o meu quarto e ele me fez rir o caminho todo. Theo era uma das poucas pessoas que se importa comigo o suficiente para enfrentar o mundo todo por mim. Ele sempre cuidou de mim, e eu sei que tudo que ele faz é pra me ver bem. Mesmo que do jeito dele, mesmo que as vezes ele acabe me machucando, assim como eu só tenho a ele, ele só tem a mim.

Theo e eu entramos correndo pela comunal ignorando os gritos dos nossos amigos nos chamando. Rimos muito quando paramos na frente da porta do meu quarto. Nós entramos e nos jogamos na minha cama, ficamos olhando um para o outro que nem dois idiotas.

—Sabe que tudo que eu faço é porque eu quero te ver bem, não sabe? —Ele perguntou quando paramos de rir.

—Eu sei, Theo. E te agradeço por cuidar de mim. —Eu falei rindo para ele.

—Lembra aquela vez que nós tivemos que ir a um evento na Londres trouxa e nós ficamos azarando as crianças trouxas escondidos? —Theo lembrou disso e nós rimos muito mais.

—Meu merlin! Eu lembro muito bem disso, quando a mamãe descobriu ela ficou uma fera. —Eu disse ainda rindo.

—Sua mãe é louca. Ela se irritava até com a sua respiração. —Ele disse sério, mas eu não aguentei e ri, mesmo sabendo que ele tinha razão.

Theo pegou um baseado e com a varinha acendeu, aquilo me deu uma ideia bem errada.

—Eu posso? —Eu falei me referindo ao baseado dele.

—Você é maluca ou se faz? —Ele perguntou me olhando.

—Por favor, Theo. Eu nunca usei nada dessas coisas. —Eu falei implorando a ele.

—E vai continuar sem usar. —Ele disse dando outra tragada e soltando a fumaça no ar.

Quando su tive mais uma ideia.

Eu deitei no peito dele para ele achar que eu desisti. E quando ele se distraiu eu peguei o baseado da mão dele e fiquei de joelhos sobre a cama bem rápido. Sem dar tempo de ele falar alguma coisa ou tomar de mim eu dei uma tragada bem funda.

Um Pé No Paraíso - Tom Riddle Onde histórias criam vida. Descubra agora