47 - Encontro com a morte.

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Rancor é um sentimento pesado, mas para as pessoas que estão sofrendo, imagino que o perdão seja ainda mais.

Quando eu conheci Sebastian eu queria esquecer Tom a todo custo, eu tinha acabado de entrar de férias de hogwarts e estava de coração partido.

De repente ele aparece me venerando e me tratando como se eu fosse o centro do mundo, e eu amava estar com ele, amava as nossas noites de amor e todas as loucuras que fazíamos, amava me sentir amada e cuidada, mas eu não o amava.

E isso foi o que mais me doeu, eu vivi a minha vida achando que eu tinha me despedido da maneira certa, que eu tinha explicado como me sentia e que nunca foi minha intenção ferir o coração dele.

Que eu não podia amá-lo pois o meu amor já pertencia a outro homem.

Quando na verdade Sebastian viveu me odiando por dois anos, planejando me matar, com mágoa e orquestrando sua vingança contra mim por algo que eu sequer fiz.

Eu queria que ele me desse a chance de explicar, de dizer que eu não tentei matá-lo.

Mas ele não era mais o Sebastian que eu conheci em Veneza, ele era coberto de ódio e desejo por sangue.

Eu não falei pra ninguém sobre o bilhete, eu tinha medo do que Sebastian faria, e conhecendo ele, sei que ele seria capaz de qualquer coisa.

Estávamos treinando mais um pouco de oclumência e legilimencia, ou tentando.

—O que aconteceu?! Você estava tão bem ontem e hoje mal consegue se concentrar. —Tom disse bufando.

—Não precisa surtar, tá bom?! Não sou tão experiente como você. —Eu disse respirando fundo.

—Estamos quase dominando, apenas se concentre em aprender. —Eu revirei os olhos e ele me olhou incrédulo.—Faça isso de novo. —Ele disse andando até mim.

—Você não manda em mim. —Ele sorriu se abaixando até onde eu estava sentada no chão.

—Já tivemos esse diálogo antes, ma belle, você sabe como termina. —Tom disse pegando meu queixo.

A porta de abriu abruptamente revelando Mattheo que tinha uma aparência extremamente cansada.

E só agora eu percebi que eu não o via a dias.

—Você fez, porra! —Ele gritou e olhou de mim para Tom.

—Oi Mattheo. —Eu disse e ele sorriu pra mim e Tom me encarou se levantando.

—Seja mais específico, irmão. —Tom disse e eu levantei sentando na cama.

—Você sabe do que eu estou falando. —Mattheo disse e olhou de mim para Tom.

Tom me encarou e suspirou, como se não quisesse fazer aquilo.

—Você ao menos perguntou?! —Mattheo perguntou e Tom ficou em silêncio. —Você é inacreditável. —Ele respondeu passando a mão nos olhos.

Me perguntei o que Tom fez para deixar Mattheo tão bravo.

—Onde você esteve? —Ele perguntou ficando sério.

—Isso não te interessa. Onde diabos você estava com a cabeça ao fazer isso?! —Mattheo voltou a questionar Tom.

—Isso não te interessa. —Tom revidou e Mattheo avançou e no meio do caminho parou.

Virou de costas e bufou olhando para o teto.

—Tá legal, eu vou nessa. —Eu disse me levantando e saindo, sem olhar pro drama em dose dupla dos Riddle's.

Um Pé No Paraíso - Tom Riddle Onde histórias criam vida. Descubra agora