35 - No meio do abismo.

166 15 47
                                    

A câmara secreta foi aberta.

Milhões de coisas acontecendo, alunos morrendo, outros desaparecendo e agora isso.

Harry anda tendo visões, ele disse que previu que a câmara ia ser aberta e ninguém o escutou. Nem quero saber o que fariam se eu dissesse que vejo uma louca andando por aí tentando me dizer algo que eu ainda não descobri o quê.

Fora o Tom, não disse pra mais ninguém que eu vi o basilisco. Imagina se acham que eu sou a herdeira de Salazar, vão me mandar pra Azkaban ou pior, vão me mandar pra fogueira.

—Porque não nos mandam pra casa? —Pansy perguntou.

Estávamos todos na comunal, professor Snape e alguns guardas do ministério estavam mais afastados, vigiando.

—Porque o herdeiro está aqui dentro, não querem que ele seja solto. —Zabinni respondeu.

—Então a solução é nos trancar aqui com um assassino e um basilisco? —Ela rebateu Zabinni.

—Pra quem é sangue puro, você está muito preocupada. —Ana disse.

Não falei uma palavra desde que acordei hoje de manhã, Theo me deixou no quarto ontem e saiu as pressas como se o mundo dependesse dele. Até agora não o vi, Edmund também já havia saído do meu quarto quando eu cheguei lá.

Nem Tom, nem Draco, nem Mattheo e nem Avery, que depois de semanas apareceu. Ótimo momento pra ele voltar para hogwarts.

Ana e eu não nos falamos mais, ela me olha como se quisesse dizer alguma coisa mas eu sempre saio. Vi ela algumas vezes com Mattheo, mas não era a mesma coisa de antes da briga.

—Será que eu vou morrer? Meu Merlin, eu não quero morrer. —Edmund dizia do meu lado.

—Você não vai morrer Edmund, pelo amor de Salazar. —Eu o tranquilizei mesmo não adiantando muito.

—Espero que não. —Ele disse suspirando.

—Não se preocupe, Harry vai dar um jeito nisso antes que o basilisco te encontre. —Eu disse e ele sorriu.

Na verdade não tinha certeza se Harry sabia o que estava fazendo, mas ele disse que daria um jeito.

—Poderiam pelo menos nos deixar sair da comunal, não é culpa minha se os sangues ruins estão morrendo. —Pansy disse e eu explodi.

—Porque é que você não cala a sua boca? São seres humanos Pansy, talvez você se tocasse disso se não pensasse só em você. Aliás, você não parece se incomodar com o sangue deles quando bebe nas festas e pega todos que vê pela frente, espero que um dia você melhore e vire um ser humano decente. —Ela me olhava chocada.

E não só ela, Edmund, Ana e Zabinni também. Zabinni até deu um sorrisinho, mesmo eu tendo cem porcento de certeza que ele concorda com ela.

Sai dali deixando um silêncio ensurdecedor, passei pelos guardas e entrei no meu quarto. Lembrei de um grimório que eu ganhei no meu aniversário e decidi que iria ler. Tinha muito feitiço bom aqui, até que uma página me chamou atenção.

A verdadeira magia.

Nos anos iniciais uma mulher de uma pequena aldeia sofria com a morte de um de seus filhos que uma doença desconhecida o levou e agora o seu marido portava a mesma doença.
Depois de ter testado todas as receitas de remédios que conhecia, certa noite ela acordou com o esposo gritando, o homem morreu em seus braços.
Mas a dor daquela mãe e esposa foi tão forte, que quando seu amado deu seu último suspiro ela gritou toda a dor que tinha para fora, alguma coisa eclodiu no cosmo, e repeliu de volta para a mulher.

Um Pé No Paraíso - Tom Riddle Onde histórias criam vida. Descubra agora