31 - Verdade nua e crua.

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"—Que merda foi isso?" —Devo ter repetido isso no mínimo umas 1000 vezes durante a noite.

Noite que por acaso não aproveitei NADA.

Vez ou outra distraía minha mente consertando, ou tentando consertar as coisas que foram quebradas. Mas logo eu lembrava, aquela cena ficava repetindo na minha cabeça de novo e de novo e de repente a noite já tinha passado e a madrugada já estava indo embora também. Droga, eu nem conseguia pronunciar o que inferno ele era.

Meu pai dizia que se você tem uma coisa na cabeça e não sabe se é real ou não. Deve manter ela apenas no pensamento, pois a partir do momento em que você fala, se torna real.

E eu não queria acreditar, eu não podia acreditar.

Eu ainda tinha outro problema além desse, como um raio de poder saindo de mim. É óbvio que quando descobrimos que somos bruxos algo assim acontece, mas não nessa potência, não como se eu tivesse toda a magia do mundo dentro de mim.

Eu estou sentada no meio do quarto com um livro na mão que foi danificado quando Sebastian foi jogado na estante, eu estava tentando consertar.

Quando a porta se abre e a figura de Theodore aparece na minha frente.

—Está pronta para v... —Ele para na porta quando vê a bagunça do quarto e me vê no chão. —Que porra aconteceu aqui?! —Ele vem rápido até mim, me ajudando a levantar e a me sentar na cama.

—Eu tive um pesadelo e acordei apavorada, me assustei com algo que caiu e uma espécie de explosão de poder saiu de mim, fiquei assustada e não consegui mais dormir. —Não podia dizer a ele a verdade, então contei uma meia verdade e ele me olhava perplexo.

—Está me dizendo que isso foi uma bomba de poder que saiu de você, sem a varinha...? —Ele perguntou assustado.

—Sim, eu não sabia o que fazer, nunca aconteceu isso antes. —Digo levantando da cama para ir até o guarda roupas.

—Meu santo Salazar, você tem noção do quanto isso é raro e difícil? Exige muito poder e mesmo tendo muito poder só se pode realizar o básico. Que nem quando Dumbledore fez no salão principal quando deu nossa taça pra grifinoria. —Ele parecia preocupado e andava de um lado para o outro.

—Sim Theo, eu sei. Eu não sabia que isso ia acontecer. Eu nem sabia que era capaz disso, depois das aulas vou pesquisar sobre. —Eu digo tirando meu uniforme do armário. Faltava menos de 30 minutos para o café da manhã.

—Mas não com essa aparência, parece que você não dorme a semanas. Se veste que eu vou pegar uma coisa, passo aqui pra gente ir pro salão principal. —Ele sai do quarto e eu entro no banheiro para tomar um banho rápido.

Merlin do céu, se alguém me dissesse que aconteceria comigo metade do que aconteceu. Eu diria que a pessoa está louca. Toda vez que eu fecho meus olhos eu lembro dos olhos de Sebastian, as veias ao redor dos olhos e as presas, como isso é possível?!

Saio do banho vestindo meu uniforme e pegando meus livros das próximas aulas, História da magia e DCAT na parte da manhã e Aritmancia e herbologia a tarde.

Quando fecho a porta Theo está saindo do quarto dele, ele me entrega uma poção que revigora. Eu realmente preciso, pra tirar o sono e esse cansaço.

Seguimos juntos pela comunal e alguns alunos estão saindo e outros já estão lá. Andamos em silêncio até o salão principal, entramos cumprimentando algumas pessoas no meio do caminho até chegar na mesa da sonserina onde sentamos.

Eu sento no meio, entre Theo e Draco que está do meu lado e o lado dele está Crabe. Na nossa frente estão sentados, Pansy entre Blaise e Goyle e ao lado dele está Astoria.

Um Pé No Paraíso - Tom Riddle Onde histórias criam vida. Descubra agora