50 - Você precisa saber a verdade.

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- Lua on.-

Depois de enviar mil cartas Edmund finalmente respondeu que eu poderia visitar Peter, que ele já estava pronto para ver outras pessoas e estava se recuperando.

Eu poderia ter ido quando Ana me deu o endereço, mas eu me sentia mal por tudo que aconteceu com ele e preferi pedir permissão para ir lá, ao invés de perturbar a paz do garoto.

Eu estava em pé na porta, pensado se eu deveria mesmo fazer isso, eu estava preocupada com ele, claro, mas eu não estava indo lá só pra saber do bem estar dele.

Esperei pensando e repensando meus motivos para estar aqui e quando desci um degrau para ir embora, Edmund abriu a porta.

—Você realmente ia embora? —Ele perguntou e sorriu.

Ele tinha o olhar cansado e estava com a aparência de mais velho, tinha alguns músculos mais aparente também.

—Eu não tinha certeza se queria mesmo fazer isso. —Eu disse baixo.

—Acha que nós não sabemos o que você realmente veio fazer aqui? Ele quer ver você lua, quer falar com você. —Ele disse sério.

—Voce falando assim faz parecer que eu não me importo com ele. —Eu disse entrando e ele fechou a porta.

—Na verdade eu sei que você só quer saber porque se importa. Diferente dos outros que só querem saber o que aconteceu e Peter também sabe disso. —Ele disse e pegou meu casaco me mostrando o caminho.

Edmund me mostrou o caminho e eu o segui, entrando no quarto onde Peter estava.

—Vou estar aqui fora se precisar de mim. —Ele disse para o irmão e fechou a porta.

Ele estava sentado na cama lendo um livro. Ele guardou quando me viu se aproximar e sorriu.

Ele ainda tinha algumas cicatrizes, o olhar era vazio, perdido.

—Oi Peter, como você está? —Eu perguntei me sentando ao seu lado.

—Olá, Lua. Eu estou me recuperando. —Ele disse sorrindo.

—Sinto muito Peter, tudo isso foi horrível, você não merecia nada disso. —Eu disse e ele concordou e soltou uma risada.

—Não é sua culpa, na verdade eu pedi para que Ed deixasse você vir porque eu te devo desculpas. —Ele disse e suspirou.

—Eu sei que você não era você, não precisa se desculpar. —Eu disse e ele discordou.

—Com imperio ou sem imperio ainda era eu e eu te machuquei, então por favor aceite as minhas desculpas. —Ele me encarava com os olhos lacrimejando.

—Tudo bem, eu aceito suas desculpas. —Eu respirei fundo e ele encarou a parede.

—Tenho pesadelos todas as noites, eles vem até mim, me tiram do meu quarto e me torturam, da mesma forma que fizeram... —Ele para engolindo o que ia dizer.

—Tudo bem Peter, você não precisa me dizer nada. —Eu falei segurando em sua mão.

Ele olhou para nossas mãos e me encarou.

Um Pé No Paraíso - Tom Riddle Onde histórias criam vida. Descubra agora