Capítulo XXIX - Combates e Garantias

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Alcancei Steve e Sam no meio do trajeto, nós fomos o mais rápido que podíamos para onde Bucky estava. Encontramos dezenas de agentes caídos no chão próximo à entrada da sala, Rogers verificou a pulsação de um e constatou que estava apenas desacordado, assim como a maioria. Um gemido acompanhado de um pedido de ajuda chamou nossa atenção, vinha da sala/prisão do soldado. Não havia qualquer sinal dele lá dentro, a porta do compartimento blindado foi arrancada e destruída.

O tal psiquiatra estava deitado no chão próximo do compartimento, pedindo por ajuda. Steve entrou na sala, o ajudou a levantar e o pegou pelo colarinho, prensando-o com violência contra a parede.

- Quem é você? O que quer? – Steve rosnou para o homem.

- Ver a queda de um império – ele respondeu.

Sam atravessava a porta da sala com os olhos grudados no homem, eu estava um pouco atrás dele, analisando o meu redor em busca de pistas do paradeiro de Bucky. De repente, ouvi um estrondo de algo colidindo com a parede, seguido do ofegar de Sam.

Bucky apareceu e avançou em Sam, jogando-o contra o compartimento.

- Bucky! – o chamei desesperada.

Ele olhou para mim sem ter um pingo de reconhecimento, os seus olhos azuis refletiam um único sentimento: fúria. Bucky partiu para cima, girando seu braço de metal para me atingir. Desviei do golpe pulando para o lado e me preparei para tentar imobilizá-lo. Chutei uma de suas pernas, diminuindo sua guarda e movi meu braço direito em direção ao seu abdome. Mas ele agiu mais rápido que eu e segurou minha mão a tempo com a sua de metal. Ele a girou, torcendo o meu pulso. Gritei de dor, tentando me libertar de sua mão.

- O que está acontecendo? – perguntei entredentes à ele – Amor sou eu, Bella.

Ele ignorou minha fala e num movimento curto segurou meu pescoço com a mão humana, lançando-me contra a parede mais próxima. Perdi o fôlego com o impacto, a visão ficou turva por um tempo, mas pude distinguir Steve e Bucky lutando.

Esperei meus sentidos se normalizarem e levantei, cambaleando para fora da sala. O "psiquiatra" sumiu e eu pude ver Bucky virando o corredor, fugindo. Ignorando meu pulso queimando e a dor nas costas, corri na direção do soldado. Não havia tempo para procurar Steve, que também perdi de vista.

Cruzei com Natasha, Sharon e Tony Stark – o homem bem vestido que falava no telefone ao entrarmos no escritório mais cedo. Bucky estava à frente deles lutando com agentes desesperados, num lugar cheio de mesas que eu presumi ser o refeitório.

- Não era para você estar algemada? – Tony olhou-me de cima a baixo.

- Quer mesmo discutir isso agora? – o olhei incrédula.

- Vamos pará-lo e se der falamos disso depois - Natasha disse atrás do Stark.

Fomos para cima. Primeiro Tony tentou lutar contra Bucky, utilizando uma luva tecnológica que disparou ondas de som contra o soldado, mas rapidamente Stark foi tirado da luta. Sharon e Natasha entraram no combate, alternando golpes rápidos e letais. Só que Bucky foi mais forte e derrubou as duas. Vendo-as impossibilitadas de continuar, vi minha deixa e tornei a avançar contra ele.

Minha primeira investida foi pular, montar em Bucky e pegar impulso para derrubá-lo no chão junto comigo. Movi uma perna, encaixando-a em forma de chave no pescoço do soldado, de maneira que o sufocasse. O plano era o fazer desmaiar. O problema era que eu não esperava o golpe certeiro e dolorido na minha coxa dado pelo seu braço de metal. Tentei não diminuir a pressão mesmo com a dor, mas foi impossível.

Vietny [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora