11- Rim

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BLANCHE POLLETO P.O.V

Peguei a taça que Justin estendia para mim e senti seus lábios em minha  testa antes de se sentar ao meu lado do sofá, depois de uma noite agitada no estúdio foi a vez do seu apartamento reconhecer nossos corpos pela casa, e dessa vez o sofá foi testemunha do nosso do nosso prazer e eu tive que tirar da minha cabeça que aquela parte da casa era algo familiar, Justin pegou nossas fotos que tirou no estúdio e colocou em uma pasta acompanhado de nossos nomes,não antes de me entregar algumas cópias, peguei uma pasta que datava o dia de hoje e olhei algumas fotos de duas mulheres seminuas é um homem, na imagem vice poderia sentir o poder masculino.

-As maiorias das fotos são assim?-perguntei curiosa.

-Sim, esse é o meu segmento, as empresas me procuram para captar imagens assim-disse pegando outra pasta e eu fechei a mesma enquanto ele abria a outra.

-Essa é para uma joalheria

Com pessoas peladas

Sim, queriam colocar somente o acessório como a única vestimenta, depois eles vão colocar o nome da cada joias sobre os seios dela-explicou.

-Essa foto ficou perfeita-falei apontando para a foto.

-Ela é uma excelente modelo, eu coloquei a música e foi automático, ela sabe entregar o trabalho dela-respondeu e fechou a pasta.

-Por que você escolheu essa profissão? Ser fotógrafo não me parece fácil-perguntei me enrolado mais no lençol enquanto bebia uma taça de vinho.

-Era uma paixão do meu pai, ele ama tirar fotos, não profissionalmente, mais eu comecei a gostar demais disso na minha adolescência, só que ser fotógrafo em uma década cheia de tecnologia e quase uma burrice, não tem um salário fixo, muitas vezes vão tratar as pessoas como um nada e então eu tentei fazer algo diferente e deu certo, e como você escolheu ser médica? -perguntou se sentado no sofá de sua sala e colocando minhas pernas em seu colo.

-Minha mãe desapareceu quando eu era pequena e meu pai morreu de câncer próstata, então eu fui morar com minha avó, quando eu completei doze anos ela teve uma convulsão causada pela epilepsia, estava chovendo demais e não daria tempo para ambulância e então um médico me falou o que fazer e isso foi minha primeira paixão-falei.

- E sua mãe? -perguntou.

-Depois de três meses ela foi dada como morta, minha avó enterrou alguns objetos, para tentar dar adeus-falei me sentido desconfortável.

-Não gosta de falar sobre isso?-perguntou.

-Você pinta? -perguntei vendo um  quadro de uma mulher em sua parede e abaixo da dela escrito o nome dele.

-Não profissionalmente-falou e eu me levando passando pelo tapete velpudo e foi até o quadro, era detalhado,os olhos, a tonalidade da pele, toquei levemente na tela e logo a tirei com medo de rasgar.

-É minha mãe,pintei dois anos atrás quando comprei essa casa, queria algo família e protetor-falou.

-Você me pintaria um dia? -perguntei o olhando.

-Eu me sentiria honrando-falou.

-Como seria?-perguntei me encostado na parede.

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