15- Marido

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BLANCHE POLLETO P.O.V

Os dias que passei ao lado de Justin foi inesquecível,eu me sentia feliz e ao seu lado e mesmo assim me sentia livre, fazia muito tempo que eu não me sentia desse jeito e hoje, três dias depois em meu rosto não demostrava qualquer sentimento, não por conta de Justin e sim pelo meu trabalho, um transporte escolar e um ônibus, em menos de três horas cinco mortos entre eles três crianças, e eu atendi a todos, eu disse em voz alto o horário do óbito e eu que agora fechava a porta enquanto escutava o grito e um choro em perfeita sintonia em apenas um sofrimento de uma mãe e um pai tentado se fazer de forte para os outros dois irmãos que ficaram com apenas escoriações.

-Doutora-chamei minha supervisora.

-Sim?-perguntou.

-Você pode me trocar com outro funcionário, eu sei que não é profissional, mas já foram três crianças e uma na sala de cirurgia que está se recuperando-falei e ela suspirou me olhando.

-Houve uma vez que eu perdi quinze pacientes em um dia, acidente de avião, então tenta ser forte você tem que aprender para se torna mais forte e quem sabe consegui arrumar uma forma para salvar seus próximos e futuros pacientes-falou.

-Como quiser doutora Cook-falei olhando meu bipe e caminhei até a doutora Ambrósio que me entregou uma ficha.

-Transplante?-perguntei.

-Sim, uma das crianças foi morte cerebral, e hoje você irá saber uma das formas para conseguir um transplante, já é difícil em pessoas adultas e em crianças é quase impossível, era um amor em construção e você vai senti cada dor que esses pais estão sentido, mesmo não sendo mãe, você vai senti e eu preciso que seja forte e infelizmente você tem que aprender como funciona na vida e na morte em seu trabalho-falou me olhando e eu concordei antes de lê a ficha de ambas as crianças antes de direcionar até a sala privada com os pais.

Minha garganta ardia pelo choro que eu guardava enquanto eu escutava a negação e por fim a aceitação sobre o transplante, minhas mãos suavam e meus olhos ardiam para não demonstrar nenhuma dor com aquele momento, até eu assistir eu desligar os aparelhos e o barulho da morte em nossos ouvidos enquanto os pais tinham apenas um minuto para se despedi do filho e corremos para sala de cirurgia e retiramos partes que salvaria pelo menos cinco vidas naquele dia e mesmo com a dor que aqueles pais sentiam eles fizera aquilo que seu filho um dia disse, salvaria vidas, porém não imagina que seria com  a sua.

JUSTIN DREW BIEBER P.O.V

Coloquei o camarão em minha boca enquanto minha mãe me observava depois de falarmos sobre Blanche e o máximo que ela tentava descobri.

-Todos mortos? -perguntou minha mãe curiosa.

-Não, apenas uma tia que a odeia e que não tem aproximação-afirmei me lembrando que a mesma me disse na viagem, fazia dois dias que não nos víamos e eu já estava com saudades da mesma e tentava negar o que eu sentia.

-Por que a tia dela não gosta dela? -perguntou e eu larguei meu garfo.

-Mãe eu sei o que está fazendo, Blanche já sofreu pela família, e não precisamos conhecer ela o suficiente para saber disso-falei.

-Eu não disse nada-falou.

-Eu sei o que está pensando-falei voltando a comer.

-Desculpe, esse é o meu lado materno e você nunca fala comigo sobre seus relacionamentos,e você me conta sobre Blanche e eu penso, que ela vai me roubar você-falou e eu sorri a abraçando.

-Ninguém nunca irá me roubar de você-falei e ela me deu um abraço.

-Até porque meu lado materno rastrearia você não importa onde-falou brincalhona.

-Que possessiva-falei sorrindo.

BLANCHE POLLETO P.O.V

-Terminado com a veia cava-falou a doutora Ambrósio me mostrando a veia.

-A anastomose parece boa-falei.

-Agora vamos retirar as pinças-falou a doutora e eu olhei o duodeno dele.

-Doutora Ambrisio, tem uma mancha no duodeno-falei mostrando e ela olhou.

-Droga-falou ela abrindo espaço para olhar,e logo começou a coagular e eu comecei a tirar aquele sangue enquanto a doutora tentava resolver.

-Merda, vamos Alex você consegue-falou ela e logo me olhou.

-Vamos ter que tirar o órgão-falou largando a pinça.

-Mas ele vai morrer-falei.

-Vamos tentar salva ele Blanche-falou.

E não conseguimos e naquele dia perdemos mais uma criança, eu respirava fundo enquanto lembranças do dia anterior passava por minha mente e eu sabia que eu teria algo para enfrentar assim que abrisse a porta da minha casa, abri meu armário e coloquei minha calça depois meu tênis assim que coloquei minha camisa eu peguei aquele anel que é trazia tantas lembranças, eu nunca apareci com ele nesses meses que e moro aqui, mas olhar aquele verde esmeralda me fazia voltar ao passado na qual aqueles olhos com o mesmo tom estava sempre presente, fechei a porta do armário e a lembrança de ontem me atingiu, o toque da companhia e minha calma indo abri e meus olhos em paralisia.

-Olá Blanche-sua voz grave atingiu meus ouvidos.

-O que..-tentei dizer.

-Eu estava com muitas saudades suas-falou tocando meu rosto e eu te imediatamente acordei e bati em sua mão antes de fechar a porta em seu rosto e me jogar sobre o chão enquanto as lágrimas desciam e eu tentava tampar ao máximo meus ouvidos para tentar minar sua voz que implorava para entrar com batidas em minha porta.

Caminhei até a lateral do corredor batendo meu ponto antes de caminhar pelo corredor indo em direção a saída, o hospital estava com o clima pesado e cada um tentava não demonstrar isso mesmo que deixasse nítido cada expressão, falei previamente com um médico antes de ir até meu carro e dirigir pelo clima frio de Los Angeles antes de respirar fundo em meu carro e me olhar depois no espelho de um elevador e me deparar com aqueles olhos verdes assim que as portas foram  abertas e eu caminhei em confiança em sua direção e bati com força em seu rosto.

-Eu não vou embora-falou ele se aproximando enquanto massageava seu rosto.

-Eu não quero ver você aqui, eu não estou me fazendo de difícil, eu não quero você, eu mudei minha vida por você e você não me respeitou,você não é leal, não é fiel e muito menos confiável, você não irá voltar para minha vida por que eu tenho certeza absoluta que você vai me magoar novamente,então saía da minha vida,eu não quero ver você-falei com raiva e segurando minhas lágrimas enquanto cada palavra  saia da minha boca.

-Eu sou seu marido, aquilo que você fez foi abandono de lar, se você acha que eu vou deixar você viver em paz está encanada, eu e nosso filho vamos ficar e eu espero que você se comporte como uma verdadeira esposa  e uma verdadeira mãe-falou grosso enquanto  seus olhos feroz estava sobre mim, puxei meu braço e sai daquele corredor  o mais rápido que eu pode.

TAG DE HOJE: #Marido

GENTE EU VOLTEI A TRABALHAR PRESENCIALMENTE, EU SEI TRISTE,MAS VOU MANTER TRÊS CAPÍTULOS POR SEMANA NÃO FALTA MUITO PARA ESTÓRIA TERMINAR.

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