22- Final

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BLANCHE POLLETO P.O.V
Los Angeles; Creche; 8:15 da manhã

-Você vai conseguir ficar aqui? -perguntei.

-Sim mamãe-falou Jesper soltando minha mão e eu suspirei.

-Certo, eu que estou insegura-falei.

-Mamãe o Jesper vai fica bem-falou Jesper fazendo carinho em meu rosto já que eu estava ajoelhada.

-Certo, qualquer coisa liga para a mamãe está bem? -perguntei arrumando seu uniforme.

-Certo-falou e eu fiz biquinho esperando um beijo e assim que o mesmo me deu um selinho rápido e me abraçou ele entrou na sala e eu fui até a professora dele que se encontrava na porta.

-Posso falar um instante com você? -perguntei para professora.

-Claro-falou e nos afastamos um pouco da porta.

-Eu sou mãe do Jesper, o menino que está com a blusa do Hulk, as vezes ele fica parado pensando e acaba chorando, se você ver isso acontecendo você pode me ligar?-pedi

-Claro que sim, mas tem um motivo em especial para isso? -perguntou.

-O pai dele, meu marido faleceu a pouco tempo, e ele estava muito abalado ainda-falei colocando meu cabelo atrás da orelha.

-Tem uma ótima psicóloga infantil aqui, se quiser eu posso passar o número-falou.

-Bem, agora eu tenho um compromisso, porém coloque o número da agenda dele - falei e ela concordou, olhei para sala e vi Jesper conversando com um garotinho e eu me despeço da professora e entro em meu carro indo para o hospital no qual eu trabalhava.

FLASHBACK P.O.V

Dói saber que a pessoa que amamos está com uma bala pressa no coração, é como não pudesse respirar e nem sobreviver e isso dói, saber que a parte ruim e o luto.

Por que?

Simples, o luto nós não controlamos.

Saber que um bisturi está cortado a pessoa  que amamos para algo impossível me machucava.

-Senhora Polleto-escutei a voz do médico dizer e me levantei rapidamente o olhando.

-E então? -perguntei com a voz estremecida.

-Podemos ir para um outro lugar-falou e antes que o mesmo me levasse minhas lágrimas já estava molhado por completo meu rosto.

-O que ouve, o coração dele perdeu muito sangue ou apareceu outra hemorragia?-perguntei e o mesmo me olhou confuso.

-Você sabe algo de medicina? -perguntou.

-Eu sou médica-falou e o mesmo abaixou a cabeça suspirando triste e logo voltou a me olhar e eu fico olhando para as pessoas enquanto o mesmo falava.

Coma era a palavra que estava me matando e as pessoas passavam rapidamente no hospital, alguns estavam preocupados e outros estavam felizes, mas eu, eu estava fria e assustadoramente fria, até os ossos e eu estou ciente de vozes abafadas, muitas vozes abafadas. Mas elas estão no fundo, como um zumbido distante e eu não ouço as palavras. Tudo que eu posso ouvir, tudo o que posso focar, era que meu marido estava morto.


(.............)

-Onde está os documentos? -perguntei para o médico.

-Senhora Polleto, você precisa saber antes-falou o médico.

-Eu sou médica, já falei sobre doações de órgãos para milhares de família, eu estava no hospital assim como você, esperei as horas necessárias para declarar a norte oficial, depois fui falar com a família sobre doações de órgãos assim como você, mas pelo que eu li no relatório meu marido não tem muitos órgãos funcionando, isso por que depois que terám um tiro nele, chutaram, espancaram ele, então esse teve ser os documentos e a UTI do hospital precisa de leitor, então me passe os documentos sem falar nada, era isso que meu marido iria querer, mesmo que ele ainda não esteja completamente morto, uma enfermeira vai até o quarto do meu marido para dizer o que vai fazer enquanto desliga os aparelhos, ela ira desligar qualquer aparelho que o mantém vivo e depois disso eu esperarei seu peito para de subir e ela irá declarar o óbito, então me deixe assinar os documentos e deixe meu marido ir em paz-falei pegando os documentos e assinado.

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