1º Capítulo

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Muito feliz observo através da janela do carro a área arborizada lá fora, e ao mesmo tempo estou quase explodindo de felicidade por finalmente estar voltando para casa definitivamente depois de anos no colégio interno. Apesar da ligeira tristeza que senti quando desci do jato do meu pai e apenas fui recebida pelo motorista e pelo segurança, mas depois o fato de poder estar em casa de novo me animou muito, desço um pouco  vidro do carro executivo que é dirigido pelo motorista e  respiro fundo ao sentir a brisa da vegetação  da cidade beijando meu rosto pálido, ficar tanto tempo num país onde a maior parte do ano está nevando me deixou feito um fantasma de tão pálida, certo que nem todo país era assolado pelo clima frio, mas especificamente onde se localizava o meu colégio. Aliás meu antigo colégio, porque afinal de contas não voltarei nunca mais pra lá.

O colégio interno Balmal Hall se localiza em Winnipeg, uma pequena cidade situada a noroeste do Canadá, ou seja, eu estava, quer dizer morava, em um colégio que vlfaz fronteira com o estado de  Alasca, logo, uma cidade coberta por neve, há neve até onde não se possa ver. No íncio foi muito difícil me acostumar com as temperaturas severas do clima frio canadense, mas com o passar do tempo, a neve era só mais um detalhe, naquele colégio que se tornou minha segunda casa. Até hoje lembro do primeiro dia que meus pais foram me deixar lá, nunca vou esquecer do quanto chorei pedindo ao meu pai para que não me deixasse lá, sabia que pedisse a minha mãe ela gritaria comigo, seguro ela eu já era uma mocinha e precisava me preparar para o futuro num dos melhores colégios para moças que existe no mundo, e olha que eu só tinha seis anos.

Naquele lugar eu aprendi muita coisa. Desde diversificados idiomas, aulas de etiqueta, como administrar uma casa, como ser uma boa esposa e cuidar do lar, como ser uma dama da sociedade, diversas artes entre outras coisas.  E em meio a todas aqueles aulas intediantes — que a madame Polly não me ouça — eu descobri que o que eu realmente gostava de fazer, desenhar e pintar. Foi no meio daquelas aulas rígidas de arte e história da pintura que eu descobri que gostava de pintar tudo o que eu via pela frente, mas obviamente que nunca seguirei isso como carreira, meus pais jamais permitiriam, principalmente a minha mãe. Ela abomina qualquer coisa que não esteja dentro dos padrões dela, no meu colégio os professores e monitores eram bem polidos, mas nenhum deles se compara a Grace Collins, minha mãe. A aura que acompanha minha mãe é tão pesada e aterrorizante, que toda vez que eu voltava pra casa nas férias eu mal repirava perto dela quando estivessemos no mesmo ambiente, tudo isso por medo de ser repreendida por alguma gafe que eu cometesse, ou a roupa não estivesse certa para alguma ocasião, ou se meu cabelo está desalinhado.

Sendo ela dona de uma marca de roupas e perfumes, é a pessoa mais exigente no que respeita aos trajes que visto. Sempre achei que quando fosse adulta seguiria os mesmos passos da minha mãe, mas ela sempre esfregou na minha cara que eu não tinha talento para moda, muito cedo ela começou a quebrar todos os meus sonhos de criança. Deve ser por isso que quando entrei na adolescência eu fiquei ainda mais fechada do que já era, não sou muito de conversar e muito menos encarar as pessoas. É por isso que as minhas notas de etiqueta comportamental não eram tão boas como as as outras. Até hoje eu não entendo se ali formam mulheres fortes e independentes ou apenas futuras esposas submissas.

Vidas Cruzadas: O Piloto E Eu - Livro 02 [ Desgustação]Onde histórias criam vida. Descubra agora