11° Capítulo

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Nos dias que se seguiram minhas práticas diárias foram dominadas por mim, e com isso veio a rotina

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Nos dias que se seguiram minhas práticas diárias foram dominadas por mim, e com isso veio a rotina. Nada fora do comum, no mínimo apenas notícias do meu marido em capas de jornais e revistas como um dos melhores pilotos da temporada, e é possível que ele conquiste o título de bicampeão esse ano. Pelo que eu li num dos tablóides, um dos também melhores pilotos do país irá perder o seu título de bicampeão para o Richard. E esse homem parece não estar reagindo muito bem a isso, porque vi algumas fotos antigas, de alguns meses antes de eu voltar do Canadá, e nelas Richard e esse homem aparecem com os rostos machucados, motivo dessa briga é uma mulher, a esposa do maior adversário do meu esposo.

A minha rotina não mudou muito, é extremamente a mesma que eu tinha na casa dos meus pais, apenas mudei de ares. E também desta vez eu tenho acesso total a praia, é só atravessar a estrada, e em tempo record eu estarei com os pés metidos na areia húmida.

Eu todos os dias levanto as sete da manhã, normalmente quando Richard está voltando de alguma festa ou competição, preparo o café da manhã para dois memso sabendo que às vezes ele só acorda na hora do almoço. Mas eu gosto de cozinhar, e essa é uma das coisas que mais tenho feito nos últimos tempos. E depois do café da manhã passo o resto do dia me distraindo entre pintar meus quadros, preparar alguma coisa pra comer ou caminhar na praia.

E depois de noite as coisas também não estão diferentes, para além do sexo maravilhoso que nós fazemos toda vez que ele chega em casa e chamando por mim, e ele nem espera que cheguemos na cama. E mesmo assim eu não me sinto completa, ele não me trata como uma esposa, as vezes me trata apenas como uma colega de quarto, e toda vez que transarmos as vezes sinto que esse é o único meio que nos une. Ele parece um lunático fazendo de tudo e me controlando para eu não engravidar, e na verdade acho que no final o meu plano de engravidar para que esse casamento não acabe não vai dar certo.

Suspiro e me viro de lado para encarar o rosto lindo do meu esposo, ele dorme serenamente, não parece em nada aquele homem intenso nas pistas e quando fazemos sexo, e sempre que estamos tendo esse momento juntos eu apenas fecho os olhos e finjo que nosso casamento é normal, que ele me ama quanto eu o amo. Finjo que ao invés de transar nós estamos fazendo amor como um casal perdidamente apaixonado.

Minha mão coça devido a ânsia de toca-lo, de poder sentir sua pele quente em minha mão, tiro minha mão do interior do edredom e a aproximo do seu rosto, e eu quase toco nele, quase, pois sou covarde e não cometo tal ato audacioso. Desisto de sentir ele a centímetros, eu estava tão perto.

E toda manhã é assim quando ele fica na cama dormindo até essa hora, fico observando ele. Fico parecendo uma obssecada em reparar para cada detalhe dele, cada movimento, até mesmo o jeito que suas sombracelhas se unem quando ele está pensando. Fico espiando ele treinando na academia do apartamento, e quando ele está no banho penso em desculpas absurdas só para entrar e poder vê-lo tomando banho, só para receber um convite para me juntar ele.

Vidas Cruzadas: O Piloto E Eu - Livro 02 [ Desgustação]Onde histórias criam vida. Descubra agora