16° Capítulo

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Desperto sentindo um amargor terrível na boca e uma certa dormência em meu corpo todo

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Desperto sentindo um amargor terrível na boca e uma certa dormência em meu corpo todo. Ao abrir os olhos me deparo com um quarto pintando em todas as suas paredes de uma cor meio bege, máquinas fazem seu trabalho ao meu redor, o bip parece estar machucando meus ouvidos sensíveis, fecho os olhos por apenas um segundo e toda a cena volta com tudo, como um borrão.

— Vadia maldita... Eu vou acabar com você. — sinto as lágrimas molharem meu rosto, eu tento abrir os olhos outra vez mas não comigo pois me vejo sendo jogada na cama, minhas roupas sendo rasgadas e eu gritando por ajuda com todas as minhas forças. Eu tento escapar mas é impossível, esse é homem é muito mais forte que, eu tento me ajudar mas é impossível.

— Annabelle — sinto o toque de uma mão quente no meu braço e eu volto a realidade afastando minhas mãos de forma grosseira de quem quer que seja que esteja me tocando.

— Não me toca — sussrurro e finalmente me dou conta de que a pessoa ao meu lado é a minha sogra.

— Fica calma querida. Sou eu — ela tem um sorriso simpático no rosto mas me olha de forma apreensiva — como se sente?

— Meio cansada e desnorteada — meu Deus eu não morri? Como isso é possível depois de tudo o que aconteceu, a surra, o empurrão a brutalidade com que meu corpo foi violentando, tudo isso passa como um filme na minha cabeça a cada vez que pisco os olhos, é como se eu fosse reviver aquele momento a cada segundo da minha vida. Então uma enxurrada de lágrimas banha meu rosto, não sei se se terei capacidade de viver com isso.

— Eu já mandei chamar a médica. Estávamos todos preocupados com você. — Ela tenta se aproximar mais eu faço com que ela não avance. Só quero poder chorar minhas em Paz, Meu Deus o que eu fiz para merecer esse castigo, não bastasse a minha vida inteira repleta de infelicidade e falta de amor e eu ainda tenho que suportar isso? — por favor querida não chore, eu imagino como você está se sentindo e...

— Não você não sabe! — A corto imediatamente por ela querer fazer da minha dor uma forma de consolo— Por acaso a senhora já foi estuprada senhora Hemsworth? — pergunto com a voz embargada e cheia de raiva, ela se cala e suspira — foi o que pensei, a senhora não entenderia o que estou sentindo.

Me viro de lado e choro em silêncio simplesmente implorando para que tudo isso apenas passe de um pesadelo no Qual eu vou acordar a qualquer momento. Me sinto dilacerada, sinto que minha vida perdeu todo o sentindo, me sinto suja e sem a menor vontade de nada.

De repente a porta do quarto é aberta e uma mulher trajando um jaleco branco entra no quarto. Será que ainda não perceberam que eu não quero ver ninguém?

— Oi Annabelle. Eu sou a Nicole a médica que está cuidando de você — sorri fraco para mim e eu apenas a observo. — Como está se sentindo hoje?

— Por quanto tempo eu dormi? — Mudo completamente o rumo da conversa.

— Você deu entrada ao hospital ontem a noite por volta das dez, o que significa que você dormiu por cerca de quinze horas, uma vez que o relógio marca uma da tarde e alguns minutos. Mas o seu sono foi induzido uma vez que que tivemos que aplicar um calmante em você — deve ser por isso que estou me sentindo tão cansada.

Vidas Cruzadas: O Piloto E Eu - Livro 02 [ Desgustação]Onde histórias criam vida. Descubra agora