Vidas Cruzadas: O Piloto E Eu - Livro 02 [ Desgustação]

7 º Capítulo

Passo com suavidade o pincel pela tela a minha frente, faço isso com tanta suavidade para que o meu desenho saia perfeito. Estou pintado um faso que contém uma planta aqui no jardim da casa, eu já pintei quase tudo aqui, daqui a nada ficarei sem ter o que pintar.

Apesar de pintar paisagens, também gosto de desenhar pessoas e seus rostos, a maioria das vezes as desenho fazendo o que eu gostaria de estar fazendo, mas tem uma pessoa que eu desenho de um jeito mas especial, uma pessoa que não posso ser, mas a desenho mesmos assim vivendo nas telas tudo aquilo que eu não posso fazer.
Desenho ela rodeada de amigos e rindo, ou ao lado de seu amado enquanto caminham por um jardim ou na areia da praia, e principalmente desenho ela enquanto realiza todos os seus palnos aprisionados na sua mente.

Pensar em tudo isso me leva a projetar aquelees olhos castanhos intensos olhando para mim, o rosto perfeito que joga muito bem com o corpo grande e viril, fico imaginando qual deve ser a sensação de colocar as mãos por cima daquela barba rala ou como deve ser o sabor dos lábios dele.

Eu nunca beijei antes.

Minhas bochechas esquentam violentamente ao imaginar todas essas coisas. Todas essas coisas pelas quais irei passar daqui a alguns dias, muito breve eu estarei casada, finalmente irei me livrar das garras controladoras da minha mãe.

— Anna — saio do meu devaneio quando escuto alguém chamando o meu nome, me viro e vejo Isobel vindo na minha direção ostentando um sorriso enorme no rosto e ela carrega um buquê de rosas brancas — querida olha o que achou de chegar pra você.

— Pra mim? — Questiono espantada. Me pergunto quem será que trouxe elas, raramente recebo presentes de pessoas que não sejam meus pais. — E quem mandou essas rosas Nana? — Pergunto segurando os buquê nos braços após guardar o pincel e a paleta  de tintas no banco.

— E quem mais seria querida a não ser seu jovem e bonito noivo — nunca pensei que ficaria tão feliz em receber um presente como agora, eu estou quase explodindo de felicidade.

— Ele-ele se lembrou de mim — Isobel ri comigo, tiro o cartão e cada palavra que leio eu solto um suspiro e rio feito uma boba apaixonada. E na verdade eu não sei se realmente estou apaixonada – Nana você acha que estou apaixonada por ele?

— Não sei, me diga você — fico cabisbaixa pensando nessa possibilidade — a verdade é que eu vejo você pelos cantos dessa mansão área pensando e às vezes sorrindo como uma apaixonada incurável. — Eu rio e ela me acompanha. — Mas deixa eu dizer que você não deve temer o amor, você merece se apaixonar e assim como também merece ser amada pelo ser maravilhoso que você é, apesar de tudo isso não vou mentir que as vezes o amor pode machucar e nos fazer chorar e querer arrancar ele do coração, mas você é uma menina tão iluminada que acho impossível que qualquer homem não se apaixone.

Assinto e dou um abraço nela.

— Eu vou sentir tantas saudades quando for embora embora daqui. Vou sentir saudades de você conversando comigo e me dizendo coisas bonitas.