Vidas Cruzadas: O Piloto E Eu - Livro 02 [ Desgustação]

23° Capítulo

Caminho pelo corredor estreito do departamento de polícia de Los Angeles em busca dos detetives, mas umas olhada e eu os localizo sentados em suas mesas. Quando um deles nota a minha presença vem caminhando em minha direção.

— Senhor Hemsworth por favor nos acompanhe — entramos numa sala e os três sentamos nas cadeiras em volta de uma mesa de reunião. — Sinto muito por incomoda-lo a essa hora da noite.

— Tanto faz. Eu não estava fazendo nada demais — apenas me lamentando porque fui largado pela esposa. — Vocês me disseram que queriam rever o meu depoimento? — Apesar de tudo já ter sido esclarecido, toda vez que me deparo com esses detetives eu lembro do julgamento que fizeram, quase fui preso por supostamente cometer violência doméstica contra minha esposa.

— Sim, nós chegamos a conclusão de que realmente alguém ajudou o senhor Parker, ele teve ajuda para ter acesso ao seu apartamento. Por favor pense melhor sobre quem mais poderia ter dado a ele o código de acesso ao vosso apartamento. Provavelmente essa pessoa que o ajudou sabe onde ele está e...

— Provavelmente já tenha o eliminado para não ser descoberto, podemos estar lidando com um assassino — a outra detetive termina e eu me dou conta que essa merda é ainda maior do que eu esperava. Mas a morte nem seria uma castigo para aquele filho da puta. O que ele realmente precisa é de uma boa surra.

— Mas vocês realmente acham que esse cúmplice pode ter matado ele? — Eles assentem e a única coisa que penso é que muita gente já teve acesso ao meu apartamento, eu fazia festas naquele lugar. — Como eu disse antes, os únicos que tinham acesso livre ao meu apartamento são a minha família, meus pais, meu irmão e minha cunhada nesse caso, e meus dois assessores, o Petter e a Sabrina.

— E confia cem por cento na sua equipe de assessores?

— Claro. Eles trabalham para mim a anos. Sei que jamais fariam algo assim — pelo menos é o que eu sempre achei. Porra.

— Para além do Devon Parker tem certeza que não tem nenhum outro inimigo que queira te prejudicar? Sendo piloto de carros espostivos imagino que as competições nesse meio temem a ser perigosas.

— Sim, eu tenho certeza. O Devon era o único que enchia meu saco — maldito filho da puta, eu devia ter imaginado que essa nossa rivalidade um dia me custaria muito caro.

— E a esposa dele? Você não acha que como uma espécie de vingança por você ter terminado o vosso caso ela não armaria algo assim com o marido?

— Ela não tinha acesso a minha casa. As vezes em que ela esteve lá foi só em festas que eu costumava dar. Na verdade as festas eram organizadas pela Sabrina sob meu comando.

— E ela é que convidava as pessoas eu imagino — a detetive me olha de um jeito tão interrogativo. Desde a primeira vez ela parece não ir muito com a minha cara — vamos chamar ela aqui para dar mais esclarecimentos e quem sabe nos  dar a lista dos convidados mais frequentes nas vossas festas. Acho que é tudo por hoje.