Capítulo 6

25 12 42
                                    

Virando a terceira taça de um vinho que achei na geladeira e não me importo nem um pouco em saber quem era o dono, contemplo minha desgraça. Estou tão decepcionado que preciso me distrair de alguma forma, já que do jeito que eu queria não vai rolar. Já estou a mais de uma hora esperando meu Daddy que precisou atender a um telefonema, que segundo ele, era muito importante, e eu realmente esperava que fosse, por que estávamos em um momento muito bom antes dessa maldita ligaçao. Entao aqui termina a noite, comigo completamente fundido, infelizmente, não do jeito que eu planejei. Pobre vinho que terá a obrigação de me satisfazer hoje.

A garrafa já tá vazia, mas meu corpo está cheio de calor, sinto minhas bochechas quentes e a cabeça brizada, várias coisas passam por ela nesse momento mas não consigo me concentrar em nenhuma, mas entre elas alguma deve ser engraçada porque rio sem nem saber o motivo. Ainda que queira sentir mais um pouco da leveza que o álcool me proporciona, meus sentidos já me abandonaram, e só me resta aceitar o sono que já me toma.

Na verdade não sei se tô dormindo ou não, por que consegui sentir algo percorrendo minha bochecha, é alguma coisa gelada que devido ao calor em meu rosto causa uma sensação muito agradável, solto um gemido de satisfação, é um carinho tão gostoso, será que finalmente Arth saiu do telefone? Quero muito voltar de onde paramos mas meus olhos estão tão pesados — Daddy, me leva pra cama – peço enquanto pressiono a coisa gelada contra meu rosto, sabendo agora que é uma mão, um arrepio corre no meu corpo acendendo a vontade que o vinho não pode extinguir. Sinto ele se afastar o que me deixa triste mas esse vinho era do bom, porque não tenho forças pra abrir meus olhos, preciso juntar muita determinação pra me levantar, quero voltar pra momentos atrás onde suas mãos tocavam todo meu corpo. Mas assim que me ponho de pé a tontura alcoólica toma meus movimentos me levando em direção ao chão — Droga – ouço um resmungo e passos apressados, segundos antes do meu corpo ser amparado.

— Ops – não sei porque começo a rir do nada, chega a ser constrangedor, mas já não tenho controle de minhas ações, um suspiro cansado vem do homem ao qual me agarro, antes de meu corpo ser erguido e prensado contra o seu, o perfume que invade meu nariz é amadeirado e meio cítrico, sinto que seria o cheiro de um alfa, ao qual várias historia descrevem, um cheiro capaz de provocar  desejo e impulsos, junte isso ao efeito do vinho e tente imaginar o quão alucinado estou nesse momento, me imaginando mergulhar naquele cheiro e desfrutar de cada parte daquele corpo firme que sinto tocar o meu, enquanto sinto os movimentos de seus pés subindo as escadas.

Os movimentos param por uns segundos, enquanto ouço a porta abrindo, meu corpo é colocado na cama, sinto ele se afastar mas seguro seu pulso e fazendo um certo esforço abro os olhos mirando em sua direção. Minha visão está muito embaçada, mas meu objetivo e claro, e ainda que com a visão confusa consigo mirar meu alvo, avanço e encaixo minha boca na sua, buscando aqueles lábios carnudos e quentes que me deixam louco.

Sinto novamente uma certa resistência de sua parte e mais uma vez uso todas minhas forças para aproximar nossos corpos, puxo seu corpo em direção a cama e assim que o sinto afundar na mesma, me sento em seu colo, ao contrário do que houve lá em baixo seu corpo não relaxou, pelo contrário ele segura meus ombros e me afasta de seus lábios — Para com isso, você tá bêbado – suas mão querem me levar pra longe de seu corpo, mas não vou ficar abandonado de novo — Eu sei exatamente o que to fazendo – pressiono meu quadril contra o seu.

— Kayke...– a voz baixa e na beira do controle chega até mim, mas controle não é umas palavra em meu vocabulário agora — Daddy por favor – me aproximo novamente e mordo seu lábio inferior, suas mãos apertam meu ombros, sua boca está preste a fala alguma coisa, mas eu não quero esperar mais, pressionou ainda mais minha boca contra sua, minha língua pedindo passagem para encontrar a dele, o aperto em meus ombros relaxa a medida que começo a sentir o calor da sua língua junto a minha, agora ele parece ter se entregado, pois o beijo logo fica mais agressivo, as mãos em meus ombros empurram meu corpo pra baixo, fazendo com que minha bunda pressione seu membro já duro, abaixo de mim. Meus lábios viajam em direção ao seu pescoço, o gemido arrastado sai quando mordo a sua clavícula, sinto seu membro pulsar abaixo de mim e meu próprio membro já está duro deixando a situação insuportável. Estou enlouquecendo perdedndo a sanidade,e... acho que os sentidos tambem, não acredito, justo agora!? Maldito vinho, mas de fato já não cordeno mais meu corpo, sinto apenas a sonolência me tomar, e tudo que posso ouvir antes de apagar é um tipo de resmungo irritado.

Malditas Entre LinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora