Capítulo 5

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Christian: Dulce, por favor, não se estresse com isso agora. Juro que Luna está bem e foram apenas algumas pequenas regressões e está tudo bem. Ela ainda é muito nova e isso poderia acontecer de uma forma ou de outra.

Dulce assentiu enquanto tentava se acalmar e assim que Luna voltara com Christopher, a pegara no colo enquanto ela mamava, olhando-a nos olhos e lhe acariciando o rosto, assim como fazia quando a filha era bebê, tentando ao máximo transmitir conforto e segurança a ela novamente.

O jantar logo fora servido e pouco tempo depois Dulce, Christopher e Luna retornaram para a casa dele.

Dulce passara boa parte da noite calada, falando somente quando se dirigiam a ela. Sentia-se deslocada após tudo que acontecera e sabia que os amigos também não estavam confortáveis com sua presença e muito menos Christopher que nem fazia questão de olhá-la e por isso tentara distrair-se brincando e conversando com Luna e com o filho de Anahí para tentar controlar a vontade que tinha de sair correndo dali.

Assim que Christopher estacionou o carro na garagem da casa, Dulce sorriu levemente ao vê-lo virar o corpo para olhar para trás no banco onde estava, mas logo desviou seu olhar para a filha que estava adormecida na cadeirinha.

Dul: Ela dormiu.

Ucker: Ela está cansada. E já passou da hora dela dormir há muito tempo.

Dulce assentiu e enquanto esticava-se para tirar o cinto que prendia a filha na cadeirinha, viu com o canto do olho o marido sair do carro e então abrir a porta traseira para pegar Luna.

Dulce o acompanhou até o quarto de Luna e Christopher deixou com que ela trocasse a roupa da filha e a arrumasse na cama.

Vendo-a se despedir da filha com um beijo na testa, a guiou para fora do quarto e em silêncio desceram as escadas até a sala.

Estava incomodado com o comportamento da esposa naquela noite e mesmo não querendo conversar com ela, não conseguia mais guardar aquela pergunta para si.

Ucker: Por que não bebeu hoje?

Dul: Não quis. (deu de ombros)

Ucker: Nunca negou uma taça de vinho, Dulce. Te conheço há doze anos e a única vez que te vi sem uma taça de vinho na mão foi durante a gestação de Luna e no pós parto.

Dul: Apenas não quis beber hoje. E estou com um pouco de dor de cabeça e preferi evitar. Não tem motivo pra ficar tão incomodado com isso.

Ucker: Não tem desculpa melhor?

Dul: É a verdade, Christopher. Se não quer acreditar eu não posso fazer nada.

Caminhando até o sofá para pegar a bolsa que havia deixado ali, logo voltou a olhar o marido que a encarava com os braços cruzados e com uma expressão séria. Sabia que ele não estava disposto a conversar sobre qualquer assunto que fosse, mas precisava saber um pouco mais sobre a regressão da filha e não adiaria aquilo.

Dul: No que mais Luna regrediu? (perguntou num murmúrio e o viu suspirar)

Ucker: Em muitas coisas, María, inclusive em coisas a qual nunca teve o costume, como o uso de chupeta.

Dul: Chupeta? Nunca oferecemos chupeta a ela.

Ucker: É, eu sei, mas alguns dias depois de você ter sumido do mapa, precisei deixar ela na casa da Anne e ela viu Peter com uma chupeta e a babá dele acabou oferecendo uma a ela. Eu consegui tirar de vez dela há poucos dias e espero que não volte agora que você decidiu que quer fazer parte da vida dela de novo.

Dul: Eu não queria ter feito isso, Christopher, mas...

Ucker: Mas fez. (a interrompeu num resmungo) Fez a nossa menina sofrer e perdeu muitos momentos importantes da vida dela. E agora saia da minha casa, Saviñon. Eu não aguento mais ver você agindo como se nada tivesse acontecido. Eu não te quero mais aqui e não estou com a mínima disposição para conversar com você.

Dulce assentiu tentando ao máximo controlar as lágrimas que queria se formar em seus olhos e caminhou em direção a porta enquanto ele a seguia.

Dul: Posso vê-la amanhã?

Ucker: Pode. Só não faça com que eu me arrependa. Apesar de tudo, ainda é a mãe dela e ela te ama, Dulce María. Não a machuque mais do que já machucou.

Dul: Não se preocupe. Até amanhã, Uckermann.

Vendo a esposa sair e caminhar até o carro com o qual estava, Christopher logo fechou a porta e subiu em direção ao quarto, jogando-se na cama e passando as mãos no rosto.

Ainda não conseguia acreditar que a esposa estava de volta e que pelo bem da filha teria que deixá-la se aproximar novamente.

Não esperava que ela voltasse a procura-los um dia e apesar de toda a saudade que sentia e de querer explicações do que havia acontecido, tinha medo e não se sentia pronto para escutar os motivos dela para ter feito o que fez pois sabia que acabaria fazendo algo que se arrependeria, mas não poderia adiar aquela conversa para sempre e em algum momento precisariam decidir como ficariam dali em diante. 


...

É, ao que parece ele não vai facilitar pra ela 😬

Amando ler as teorias de vocês sobre os motivos dela 😅 

Acho que aos poucos vocês vão conseguindo fechar melhor uma única teoria se prestarem atenção nos pequenos detalhes. 👀

Tu Amor - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora