Capítulo 15

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Na segunda-feira, com Christopher permitindo que Dulce o acompanhasse para buscar a filha no colégio no final da tarde e buscando-a no escritório, os dois andavam lado a lado em completo silêncio até a sala de Luna que assim que os viu se aproximar da porta, prontamente correu até eles, jogando-se nos braços da mãe.

Luna: Você veio me buscar, mamãe.

Dul: É claro que sim, meu amor e agora a mamãe vem te buscar todos os dias.

Desviando sua atenção ao ver Daisy, a mãe de uma das amiguinhas de Luna se aproximar, Dulce pegou a filha no colo e posicionou-se novamente ao lado de Christopher.

Daisy: Não sabia que estava de volta, Sra. Uckermann. Soube que havia ido viajar e que não voltaria tão cedo.

Dul: É, mas felizmente consegui voltar antes.

Forçando um sorriso para ela, Dulce estreitou os olhos ao ver que a mulher não disfarçara o olhar de interesse em Christopher e que este sorrira sem graça e desviara o olhar, mostrando estar desconfortável com aquele tipo de atitude de Daisy. Apesar de sempre chegarem ao mesmo tempo para pegar as crianças na sala de aula, poucas vezes haviam conversado antes de sua ida a Itália e já não gostava dela. 

Dul: Vamos, amor? Eu estou com fome e aposto que Luna também está, não é, bebê?

Luna: É, mamãe. Nós podemos comer um bolo?

Dul: Nós podemos. (assentiu sorrindo) Vamos, Christopher? (o chamou novamente ao perceber que ele estava distraído)

Ucker: Vamos. Até amanhã, Daisy.

Daisy: Até amanhã, Christopher.

Dul: Amanhã ele não vem, querida. Quem vem buscar Luna agora sou eu.

Daisy: Tudo bem. Então até amanhã, Sra. Uckermann. Vai ser bom conversar com você novamente enquanto esperamos as meninas.

Lhe lançado um olhar irritado antes de virar para ir em direção a saída do colégio, logo viu Christopher caminhar ao seu lado e assim que arrumara a filha na cadeirinha do carro e fechara a porta, sentiu ele a segurar pelo braço impedindo que abrisse a porta do passageiro.

Ucker: O que foi? Por que ficou assim?

Dul: Christopher é? (perguntou num resmungo)

Ucker: É o meu nome, não é?

Dul: E o meu é Dulce, mas ela me chama de Sra. Uckermann.

Ucker: E você odiaria se ela te chamasse de Dulce. Por que está surtando?

Dul: Eu não estou.

Ucker: Está sim. Me chamou de amor e há muito tempo não me chamava assim. Por que ficou com ciúmes? Você não é ciumenta, Dulce.

Dul: Vocês tiveram algo nesses meses? Ela não disfarçou o interesse em você e você ficou sem graça. Sei que ela é solteira e ela deu bastante atenção pra você agora.

Lutando contra as lágrimas que começavam a brotar em seus olhos e sentindo o coração disparar com medo da resposta, Dulce desviou seu olhar do dele e cruzou os braços.

Ucker: Sou casado com você, Dulce. É claro que eu não me envolvi com ela.

Dul: Então, por favor, não olhe daquela forma pra ela. Me machuca, Christopher. Apesar de tudo, ainda somos casados e eu mereço ser respeitada. Eu estava do seu lado, sua filha estava do lado. Se quer ficar com outra, ok, não estou no direito de exigir muita coisa ultimamente, mas não faça isso com Luna perto e faça ciente de que estará afundando ainda mais o nosso casamento.

Ucker: Me perdoa. Eu juro que não estou interessado nela e nem em nenhuma outra mulher. Por favor, me desculpa.

Dulce assentiu e assim que sentiu os braços dele a envolverem em um abraço, deixou-se chorar no peito dele. A ideia de perde-lo de vez a deixava completamente apavorada e sabia que se ele pedisse o divórcio não poderia fazer nada para impedir aquilo.

Ucker: Dulce... O que foi? (perguntou assustado) Por que está chorando? Isso te afetou tanto assim? Me desculpa. Sinto muito, não foi mesmo a minha intenção.

Dul: Promete que não vai pedir o divórcio sem antes conversarmos?

Ucker: Prometo. Se acalma, por favor. Lembra que Luna não pode te ver assim?

Dul: Desculpa, eu perdi o controle.

Passando a mãos pelas lágrimas, Dulce sorriu levemente ao sentir ele beijar sua têmpora e assim que ele abrira a porta do carro, acomodou-se no banco do passageiro e logo o viu sentar no banco do motorista e em poucos minutos chegavam a uma confeitaria.

Sentado de frente para a esposa e a filha, Christopher sorria ao ver as duas comerem uma fatia de bolo enquanto conversavam sobre o dia que Luna havia tido no colégio.

Estava feliz por estarem conseguindo manter o clima amigável após a viagem daquele final de semana e por não terem ficado num clima estranho após terem compartilhado a cama naqueles dias.

Aceitando o pedaço de bolo que Dulce lhe oferecera na boca, piscou para ela, rindo em seguida ao ver ela corar.

Ucker: Faz anos que eu não te vejo corar assim, ainda mais sem motivo algum.

Dul: Me sinto uma menininha, como se estivéssemos no começo do nosso relacionamento.

Ucker: Bem, agora é quase isso, não é?

Dulce assentiu e lhe ofereceu mais um pedaço do bolo, e em seguida passou a ponta dos dedos nos lábios dele para tirar o chantilly que ficará ali.

Ucker: Você está uma formiguinha hoje. Estava com uma bala na boca quando eu fui te buscar no escritório. TPM né?

Dul: É. (riu) Amo doces.

Ucker: Talvez certas coisas nunca mudem... (murmurou e Dulce assentiu)

Dul: E nem o que eu sinto por você.

Ucker: Eu sei. É só uma tormenta e eu não vou deixar o nosso barco afundar assim, não sem antes lutar, coisa que eu não estava fazendo antes. Eu espero que apesar de tudo que aconteceu entre a gente, que em algum momento possamos tentar nos entender e estar juntos novamente.

Dulce sorriu emocionada e controlando a vontade que tinha de beijá-lo, logo voltou a atenção para a filha, ajudando-a comer mais um pedaço do bolo.


...

Entre crise de ciúmes, lágrimas e momentos em família, tudo parece estar indo bem, não? Ou o monstrinho do caos está a espreita novamente? 👀

Próximo capítulo teremos uma pequena conversa com Bea!!

Tu Amor - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora